O filme animado da Supergirl que, por alguma razão, não se chama Supergirl.

Foi lançado recentemente o mais novo longa da nova cronologia (não muito cronológica) DC, Legião dos Super-Heróis. Falarei dele de maneira rápida e rasteira igual anão maratonista porque eu DETESTO teclar pelo celular por motivos de ter dedos de gorila e apertar as letras erradas 90% do tempo. Mas vamos lá e vamos por tópicos, que faz tudo parecer sério e organizado mesmo sendo só uma ilusão.

Snopse:

Kara Zor-El vivia sua vida feliz, lépida e fagueira em Krypton quando, no meio de uma conversa com sua mãe, percebe que seu planeta achou que seria um bom dia pra explodir. Porém sua mãe, a única que deu ouvidos ao seu cunhado, Jor-El, que vivia dizendo “Geeente…eu tô dizendo! Esse planeta vai explodir! E eu não falo ‘explodir’ como uma música merda que vira hit de carnaval porque as pessoas estão bêbadas, chapadas e com tesão demais pra prestar atenção no quanto ela é ruim! Falo ‘explodir’ igual a carreira daquele menino que fez o Speed Racer no filme live action!”. Graças a isso, dona Zor-El havia preparado vários veículos de fuga para grande parte da população e, como boa cientista que é, NÃO TESTOU ESSAS PORRA ANTES DA MERDA BATER NO VENTILADOR! Resultado: convenientemente só uma cápsula funciona e ela manda sua filha pra fora do planeta nela. Aqui cabe dizer que a cena toma um tom de comédia involuntária porque Kara vê as cápsulas falharem, sua mãe a leva até a cápsula, a senta e só quando a cabine fecha e ela está segura começa com o clichezento ” MÃE, O QUE ESTÁ FAZENDO? NÃO!” dando a impressão de que na verdade ela estava pensando “Ufa, ainda bem que uma ainda funciona e minha mãe vai me colocar nela, é claro! Pelo menos meu rabo tá salvo! Ah, é…acho que seria de bom tom fingir um pouco de preocupação por ela, né…?”. Ah, e tinha espaço pras DUAS na cápsula, bastava uma ir sentada no colo da outra!

Enfim…a cápsula é atingida por um pedaço de Krypton, é jogada pra dentro de um buraco negro ou algo assim… blá, blá, blá…Kara só chega a Terra anos depois de seu primo mas é mais nova que ele por conta da viagem temporal via buraco negro ou algo assim… blá, blá, blá…o filme não se fixa nisso! Ele já pula pra Supergirl recém estabelecida na Terra e ainda tentando se acostumar a nossa tecnologia arcaica. Solomon Grundy aparece procurando o Superman mas encontra a Supergirl, o pau come com direto a muita destruição, Superman e Batman aparecem e botam Grundy pra dormir. Batman dá uma chamada no azulão dizendo que a menina não apenas é desleixada como faz a bagunça e caga pras consequências. Superman não fala que concorda mas claramente concordar e afim de não apenas treinar Kara como levá-la pra um lugar onde a tecnologia seja tão avançada quanto a de Krypton deixando-a mais a vontade, a leva para o século 31 para treinar na academia da Legião dos Super-Heróis, justificado o título do filme.

Kara fica reticente até conhecer Mon-El, um fã de Krypton mas que veio de outro planeta e tem poderes similares, e ser derrotada por algo mais poderoso que Kryptonita: hormônios na adolescência. Doida pra ficar a sós com o garoto pra usarem sua visão de raio-x um no outro, Kara expulsa seu super-primo e então conhece o resto da turma, entre eles Brainiac 5 de quem ela desconfia desde o primeiro momento devido a história de seu povo com o primeiro Brainiac.

No meio dessa quizumba toda existe um grupo chamado Círculo Negro que parece interessado em invadir o cofre secreto da Legião. O problema é que só Kara vê e acredita na existência do grupo misterioso e desconfia que Braniac 5 tenha ligações com ele. Agora ela vai tentar descobrir o que esse misterioso grupo quer e tentar provar a todos que não se pode confiar em NENHUM Braniac, não importa o número de série.

Pontos Positivos:

Desde que Superman: O Homem do Amanhã , primeiro longa dessa nova cronologia foi lançado, eu disse que adorava esse novo character design e isso não mudou! ADORO esse traço e a Supergirl está muito bem representada como uma adolescente e não como uma top model como em Superman/Batman: Apocalypse por exemplo.

A qualidade da animação é boa. Não é ruim como em grande parte dos filmes que adaptavam os Novos 52 mas também não é maravilhosa como em Superman: O Homem do Amanhã, o longa tecnicamente mais bonito dessa nova leva. A animação é competente e não incomoda em momento algum, o que é um bálsamo pra alma depois de tantos vacilos da DC. Não temos personagens sem peso deslizando pelos cenários ou carros em CG que mais pareciam caixas de papelão sendo arrastados pelo chão como em Esquadrão Suicida: Acerto de Contas.

Eee…eu acho que é isso! Sim, porque o roteiro…

Pontos Negativos:

O roteiro é mais previsível que meus próximos penteados! A partir do momento em que Kara chega na “Escolinha da Legião” você sabe quem é ruim, quem é bom e talvez não saiba quem é o grande cérebro por trás de tudo mas quando ele aparece, ao invés de você ficar “SANTO DEUS! ENTÃO ESTE ERA O SECRETO SACRIPANTAS SALAFRÁRIO POR TRÁS DESTA ARAPUCA TRAIÇOEIRA?” você fica “Ah, tá…claro que era ele Tinha que ser…😒”.

Pra ser mais exato, o filme se escora nos clichês de filmes adolescentes de garotas chegando em uma escola nova, se apaixonando pelo bonitão, virando rival do nerd tão inteligente quanto ela mas que acabam sendo obrigados a trabalharem juntos em um projeto…e o resto é fácil adivinhar.

Outro problema é o título do filme! Como eu disse no começo do post, ele não se chama Supergirl…MAS DEVERIA! Ou pelo menos “Supergirl e a Legião dos Super-Heróis”, afinal, ela é a protagonista, a Legião são os coadjuvantes e pra piorar, a formação oficial da Legião no filme só aparece NOS MINUTOS FINAIS! E não, não é nós minutos finais pra ajudar a derrotar a ameaça! É nós minutos finais pra dizer “oi” e…fim do filme! A Legião que participa do filme efetivamente são os alunos que estão tentando vaga na equipe! Se bem que é uma equipe grande da porra, afinal é uma legião, então todo mundo vai conseguir mesmo…

O filme não tem muitas cenas de super porrada se focando muito mais na rivalidade entre Kara e Brainiac 5. As poucas lutas presentes também não impressionam ou empolgam, só cumprem tabela.

Quando perdi completamente o interesse:

Olha, vou confessar que esse filme deu preguicinha. Não é um dos piores da DC mas certamente é um dos mais genéricos. Lá pelos 50 minutos eu já tava dividindo minha atenção entre minha TV de 14 polegadas ( sim, é como eu tenho assistido as coisas, via pendrive no aparelho blu-ray ligado a uma tv de tubo de 14 polegadas) e o celular. Tava tão previsível e clichezento que eu parei de prestar atenção na trama de um modo tal que nem sei direito o que a tal máquina superpoderosa que o vilão queria faziam. Acho que mudava a realidade de acordo com seu desejo ou algo que o valha…

Vale a Pena?

Como eu disse , não tá na lista de piores da DC mas tá MUITO longe da lista de melhores! É um daqueles filmes animados que você esquece que existe, como Superman: Unbound, Batman vs Drácula, Mulher Maravilha: Linhagem de Sangue ou qualquer filme animado da Marvel do início dos anos 2000. Mas pode ser uma boa opção pra uma tarde preguiçosa em que você não sabe o que assistir.

NOTA: 6,5

PS: Eu disse que ia ser curto mas olha o tamanho desse post…

É, eu tava mesmo sentindo muita falta de escrever pra escrever desse tanto no celular…