Sim, resolvi voltar a escrever. Mas em doses homeopáticas.

Recentemente a Amazon fez algo que não fazia há uns 3 anos, colocou quadrinhos em promoção a preços ridiculos. Tudo que a empresa vinha fazendo ultimamente era colocar Omnibus de R$400 por “apenas”R$300 e como sou pobre e não pago mais de R$30 num gibizinho porque tenho coisas mais importantes em que gastar meu dinheiro como comida, água, luz e energia, fiquei mais que feliz ao ver encadernado Panini por até R$6,00. O título de que vou falar hoje custou R$13,99 mas como comprei pelo aplicativo do banco e ele tem cashback, saiu por R$12,87. O cashback é pouco mas já garante uma paçoca e uma mariola pro lanche.

Mas qual é o título de que falarei nesse post (se não houvesse prolixidade não seria um post meu)? Tratase de Fabulosos Vingadores: Contraevolucionário, arco que se passa após os acontecimento da saga Vingadores e X-Men: Eixo, que eu não li e não tenho planos pra ler nem tão cedo. Mas o que me levou a comprar esse encadernado? Tão somente o preço? Bem…também! Mas não só isso. Acontece que anos atrás eu comprei alguns encaedernados em capa dura na Amazon na casa de uns R$11,00. Dentre eles estavam os 3 encadernados que formavam o arco dos Fabulosos Vingadores onde eles enfrentavam os Gêmeos do Apocalipse e culminava em um combate com um Celestial pronto pra destruir o mundo. Não cheguei a fazer post dessa saga mas falei dela em um post onde apontei as similaridades que ela guardava com o filme Vingadores: Ultimato e você pode ler clicando AQUI.

Pra quem não lê X-Men ou Vingadores há anos ou não leu no período em que essas histórias foram publicadas, o resumo rápido do porque o grupo se chama “Fabulosos Vingadores” foi uma iniciativa de Steve Rogers pra mostrar ao público que os mutantes não eram uma ameaça e que poderiam conviver em harmonia com os humanos comuns, simbolicamente demonstrando isso em um time misto de Vingadores com X-Men. Como não li o inicio não sei exatamente os detalhes e se eu tiver errando algo, me corrijam nos comentários.

Pois bem, a saga dos Gêmeos do Apocalipse me pegou de surpresa. Rick Remender escreveu uma trama que segue num crescendo vartigionoso e empolgante e culmina numa das batalhas mais épicas que li em muito tempo. Por isso, quando vi Fabulosos Vingadores: Contraevolucionário na promoção pensei “Porra…é o Remendaço! Só pode ser coisa boa!”. Errei feio, errei feio, errei rude…

Mas antes de dar meus dois centavos de opinião, uma pequena “constetualização” da trama:

Wanda e Pietro Maximoff descobriram que não são filhos de Magneto. Pior ainda! Descobriram que não são mutantes de nascimento mas, sim, vitimas de experimentos do Alto Evolucionário. Afim de descobrir quem era seu pai, a dupla de irmãos vai até a Contra-Terra, o planeta comandado pelo vilão. Lá eles vão descobrir que o sujeito é mais maluco do que se pensa e que uma guerra civil está em curso. Enquanto isso, os Fabulosos Vingadores restantes partem em uma missão de resgate de ambos antes que o pior aconteça.

Apesar do que eu possa ter deixado transparecer antes da sinopse, Fabulosos Vingadores: Contraevolucionário não é uma tragédia grega! Só que ela é uma história mais carregada nos clichês e MUITO MENOS empolgante que a saga dos Gêmeos do Apocalipse. Tem bons momentos mas, em suas magras 116 páginas, consegue se arrastar em outros.

De positivo temos o momento em que os membros da “sociedade perfeita” do Alto-Evolucionário percebem que seu amo e senhor não pensa duas vezes em destruí-los só porque eles mantém traços humanos ou problemas genéticos comuns. Também temos os refugiados que foram considerados imperfeitos mas fugiram pra tentar derrubar o Alto-Evolucionário em uma guerra praticamente perdida.

De negativo temos MUITAS tramas que são demasiadamente encurtadas e poderiam render boas discussões e até algumas que são resolvidas quase que num passe de mágica, como é o caso do Capitão América (nessa época, Sam Wilson) sendo transformado numa espécie de Homem-Árvore, sumindo da história pra só aparecer no final e tendo sua mutação revertida com uma dipirona e um copo d’água (metaforicamente).

A formação dos Fabulosos Vingadores aqui também não é a mais empolgante. Pelo que li internet afora antes de decidir comprar esse encadernado, os acontecimentos da saga Eixo fez o time se remodelar e muitos integrantes presentes na saga dos Gêmeos do Apocalipse deixaram o grupo. O time que segue nessa história é composto por Capitão América, Visão, Vampira, Dentes de Sabre, Irmão Vodu e os fugitivos Mercurio e Feiticeira Escarlate. As interações entre eles não convence, é um time bem sem quimica e sem graça.

O roteiro de Rick Remender sempre tem momentos bem sombrios e aqui não é diferente. E esse clima sombrio só é reforçado pela arte do Daniel Acuña (sobrenome que renderia muitas piadotas aqui no Nordeste) que, junto com sua sensacional colorização, dá a impressão de que estamos lendo uma graphic novel e não apenas uma revista regular de linha.

Enfim, Fabulosos Vingadores: Cotraevolucionário é uma HQ do tipo “leu, esqueceu” tanto que eu tinha esquecido que tinha comprado até encontrar ela acidentalmente dentro do guarda-roupas e lembrar de escrever esse post. Eu não pagaria o preço de capa de R$33,00 mas por R$13,00 não ofendeu. Engraçado que as edições do sujeitinho que provavelmente vai figurar na próxima parte dessa série de posts me davam a sensação de que eu iria gostar MUITO menos que essa de Fabulosos Vingadores…e foi o contrário! A vida do leitor de quadrinhos é mesmo cheia de surpresas. E isso é ÓTIMO!

Nota: 6,0