We AreTwisted F*cking Sister e Como o Rock Atual Está na Merda
Que documentário, amiches!
Twisted Sister foi uma pérola em meio aos porcos. Na ativa desde os anos 70, a banda que só conseguiu sucesso mundial quase na metade dos anos 80 era dotada do peso de grandes nomes como Judas Priest, Motorhead enquanto utilizava do visual andrógino de bandas como New York Dolls e David Bowie, visual inclusive que foi adotado por grupos lamentáveis como Poison, Cinderella e Motley Crue um pouco adiante.
Mas voltando a falar de banda boa, eis que a Netflix disponibiliza um fodelaço documentário de 2 horas sobre os primórdios da banda que fez o seu nome nos bares de Nova York. E vendo os perrengues e peripécias de um dos meus grupos favoritos, cheguei a uma triste constatação.
O rock está morto.
Está cada vez mais engomadinho, mais polidinho, mais mansinho que paga de nervoso. E cada vez menos espontâneo, menos áspero, menos verdadeiramente selvagem. E não estou nem falando de coisas como Gloria, One Direction e afins, tô falando de coisas que são realmente considerados rock como Franz Ferdinand ou Strokes. Caramba, onde foram parar os culhões do rock? E antes que me acusem de homofobia: Rob Halford e Fred Mercury são representantes da música com culhões.
A impressão que eu tenho é de que para cada Halestorm (Lizzy Hale S2 S2) ou Wolfmother que encontra o seu lugar ao sol, uma enxurrada de outras salvações indies para o rock são enfiadas goela a baixo (ou ouvidos a dentro) daqueles que ainda tentam não ter aquele apego doentio ao passado. Mas tá difícil. O metal continua vivo e bem fora dos holofotes, mas o rock…
Enfim, para todos os amantes do bom e velho rock n’ roll e também para os apreciadores de boas histórias. Esse é um documentário mais do que necessário.