Viúva Negra – Na Mira da SHIELD

A volta dos que não foram.

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Mark Waid, junto com nomes como Paolo Rivera, Mike Allred e Chris Samnee se tornou o responsável por uma das fases do Demolidor que com certeza figurará como uma das melhores do personagem, acabou escrevendo o seu nome (que já era um senhor nome) ao lado de outros mestres como Frank Miller, Ed Brubaker e Brian Michael Bendis (falem o que quiser mas no Demolidos o cara foi um monstro). Bem, tudo que é bom um dia acaba, e as aventuras do Homem Sem Medo hoje estão sendo escritas por Charles Soulle. Só que a Marvel não é boba, e o titio Mark não ia ficar de folga por muito tempo.

Novamente trabalhando com Chris Samnee, chega nas bancas a nova fase da Viúva Negra. Recentemente saíram alguns encadernados em capa dura com a personagem, que apesar de bem bonitos não chamaram muito a minha atenção, mas dessa vez a agente Romanoff teve um anjo intercessor: Jericho, o escritor fantasma do site (tão fantasma que ainda não postou nada). Durante nossas conversar quase  diárias ele me enviou uma foto da capa, e os elogios junto com o nome da dupla criativa foram o suficientes para forçar a minha aquisição.

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Waid é um escritor bem versátil. Apaixonado pela temática e estética do herói clássico, sua fase no Demolidor foi uma janela ensolarada aberta em uma casa que há muito tempo andava fria e escura demais. Só que esse não é o clima esperado em uma história da Viúva Negra, e pra variar não saí decepcionado. A aventura presente nas páginas é bem mais pesada e violenta que seu último trabalho, o que poderia levar a indagar se é mesmo a mesma pessoa escrevendo, se não fosse o mesmo nível de qualidade.

A história já começa a mil por hora, com Natasha destruindo propriedade da SHIELD e quebrando alguns ossos para escapar das instalações da agência de espionagem. Após uma fuga apoteótica, vemos um flashback do que a levou até tal momento. A espiã está sendo chantageada por um espião criminosos russo conhecido como Leão Choroso (o tipo de nome que fica uma bosta quando traduzido). O leão possui informações que Natasha jurava terem sido destruídas há muito tempo e que podem acabar com a sua vida pública como ex-Vingadora, além de abalar antigas amizades. O leão quer que a Viúva retorne para a sua antiga “casa”, afim de buscar arquivos que alega terem sido roubadas dele.

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Ao chegar na Sala Vermelha, Natasha é ferida gravemente por uma garota muito  parecida com ela quando estava em fase de treinamento. Salva por  um de seus antigos instrutores e amigo, ela descobre que alguém está instruindo novos espiões, em um projeto agora chamado Sala Escura. Essa pessoa provavelmente é um antigo membro da Sala Vermelha, e está matando todos os seus antigos companheiros da época soviética. Cabe a Natasha agora invadir tal associação, descobrir quem está por trás de tudo e tentar se livrar da chantagem do Leão.

Como eu disse, o fico aqui não é mais  uma história de super heróis, e sim uma história de espionagem. Mesmo não sendo o tipo de história do meu agrado, tenho que dar o braço a torcer  que essa revista chamou a minha atenção. Outro ponto que mencionei anteriormente  é a violência, a quantidade de corpos e de sangue derramado acabou me lembrando a época de boas histórias do selo MAX. Depois de ler eu até procurei mais atentamente algum aviso de leitura não recomendada para menores de 16 anos, mas pelo visto isso só é colocado quando tem nudez na parada.

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Pode ser impressão minha, mas os desenhos de Chris Samnee estão melhores agora que quando ele desenhava o Demolidor, mas deve ser apenas impressão por ele agora não carregar o fardo de ter substituído o Rivera ou o Allred.Em última análise, Viúva Negra não é uma continuação do que Mark Waid e Chris Samnee fizeram em Demolidor, e sim algo completamente diferente e igualmente bom.

Godoka
09/05/2017