Usagi Drop
Um pouco de sensibilidade nesse antro.
Está acabando a publicação do mangá Usagi Drop no Brasil e me parece uma boa hora para dar uma mencionada. Isso porque a publicação parece bimestral, então não é difícil achar os números anteriores.
Mas enfim.
Daikichi vai ao funeral de seu avô de 80 anos mas ao chegar na casa do velho percebe que o restante da família está meio alvoroçada. Logo descobre o porque. Ele havia visto uma menina pequena recolhendo flores no jardim, calada e muito tímida. Ele a confunde com uma sobrinha que não via há desde bebê.
O negocio é a menina de seis anos chamada Rin é a filha do velho. Então graças ao azul amigo (não o Manhattan), o avô de Daikichi arranjou uma filha. A mãe desapareceu. O negócio é que a menina é tratada como um inconveniente e um problema. Cada um ali se preocupa mais em arranjar uma desculpa para passar Rin para frente do que em pensar na menina, sozinha e evitada. Daikichi fica então putasso com o descaso. Ele já estava meio pilhado com os parentes e se prontifica a cuidar dela, por quanto tempo, nem ele sabe. E leva Rin para morar com ele.
Só que depois ele descobre a dificuldade que é criar uma criança pequena e os sacrifícios que ele pode acabar tendo que fazer.
O mangá gerou uma série de anime com 11 episódios e um live action.
Ao contrário de muitas outras séries, as pessoas normalmente preferem o anime, principalmente pelo fato de que o anime e o filme se encerram com Rin ainda criança, enquanto o mangá tem um grande salto de tempo, de quase dez anos e a segunda metade dele é com Rin no colégio.
É categorizado como drama, mas não é um chororo como historias do Fabian Nicieza. A situação é dramática, as pessoas não. Daikichi tem que mudar sua vida de solteirão por causa de Rin? Tem. Ele fica dividido entre procurar a mãe dela e deixar as coisas como estão? Sim, principalmente porque Rin está numa idade muito sensível e tem uma boa razão para não ficar chorando pela mãe. O tom da história, apesar disso, é otimista e engraçado. E por sinal é uma das coisas que muda na segunda fase do mangá.
Não me lembro porque resolvi assistir esse desenho, talvez a premissa da filha de 6 anos de um cara de 80 tendo que viver com o sobrinho neto. Eu sei lá. Não importa. Posso estar ficando mole conforme fico, supostamente, mais velho. Mas não regreto.