Uma breve análise da Marvel nos cinemas. Parte 1 – Justiceiro

Por quê eu to me sujeitando a isso?punisher_skull_by_discouragedone-d16k71a

Buenos dias, caros amiches. Após uma breve pausa para pensar na minha vida durante o carnaval (mentira, eu tava bebendo e me divertindo, fodam-se vocês) resolvi colocar em prática uma ideia que permeia a minha mente que se transformará em uma série de post que começa aqui e termina quando eu tiver tempo, velocidade de internet e saco para assistir os filmes que faltam.

Bem, não é novidade que a Marvel está dando um belo de um banho na DC em termos de transportar o seu universo quadrinístico para as telonas (e telinhas, em alguns casos que serão abordados em vindouros posts). A coisa tá tão feia do outro lado que resolveram cagar no próximo filme do personagem que vale de lá adicionando o Bátima, já que a fanboyolada se rasga de amor pela morcega e compra tudo quanto é merda que tem esse puto.

Mas foda-se a DC o negócio é comer cu e boceta é falar sobre a Marvel. E pra quem não tem idade ou nunca teve interesse em procurar, a Marvel já tinha dado as suas cabeçadas no cinema muito tempo atrás, brindando-nos com várias pérolas. Pra abrir com chave de cocô, resolvi de cara pegar o meu personagem favorito da editora e provavelmente o mais cagado de todos: O Justiceiro. Vamos aos maravilhosos filmes.

 

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O Justiceiro (1989)

Sinopse: Frank Castle é um policial de Nova York que teve o carro exprudido com sua MOLIÉR e as duas filhas dentro. Na porta de casa. Exato, nada de militar fodão, nem Central Park, nem um casal de filhos, o nome da esposa nem é Maria (é Suzy ou algum nome americano genérico). Após 5 anos de sua jornada contra a máfia somando 125 assassinatos, Castle se vê em uma trama envolvendo a máfia enfraquecia por sua causa ser subjugada pela Yakuza. Agora só ele pode dar fim a esse novo império do mal e resgatar os filhinhos dos mafiosos que foram sequestrados pela chefe da Yakuza, Yoko Ono.

Exatamente, meus caros, Frank Castle salvando criancinhas. Frank Castle invadindo o covil do inimigo com o mafioso que mandou matar a sua família. Frank Castle sem caveira no peito. Estou escrevendo isso minutos após assistir essa joça pela primeira vez e, na boa, que bosta. Tem umas ceninhas legais, o Frank Matando uns caras dentro da mansão no início do filme é legal, mas para por aí.

Dolph Lundgren não pegou muito a ideia do personagem. Não que eu exigisse nem o mínimo de atuação desse tijolo em forma de ator, mas a impressão que passa é que ele fumava uma tora de maconha antes das cenas, é o Frank Castle mais chapado que eu já vi na vida! Sem falar das cenas desnecessárias do cara meditando pelado, sério, pra quê? E mais, o nome do Stan Lee aparece nos créditos iniciais como consultor dessa joça. O que que esse puto fez enquanto tavam filmando isso?

No final, só vale o diálogo quando a japa pergunta quem havia enviado ele e o Lundgren retrucando: o Batman.

 

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O Justiceiro (2004)

Sinopse: O ex-militar e agora agente do FBI Frank Castle mata em sua última missão antes da aposentadoria o filho do mafioso Tony Manero (John Travolta). Durante sua festa de aposentadoria na praia, Manero organiza um rolezinho e mata geral, deixando pra traz apenas Castle, gravemente ferido. Após 5 meses de recuperação na cabana do amor do Negão Vodu Misterioso, nosso protagonista retorna para Nova York em busca vingança.

Tiveram 15 anos de distância entre os filmes, 15 anos pra refletir o que deu errado e corrigir os erros de antes, 15 malditos anos pra olhar a merda que foi feita e produzir algo que preste. E o resultado? Esse cocô.

Pra quê cagar só no protagonista se você pode mirar o cu pra cima e cagar no filme todo? Cagaram com o Castle, com a Joan, com o Sr. Bumpo, com o Spacker Dave, conseguiram até cagar com a porra do Russo! Já é difícil arranjar um vilão decente pra esse puto, e quando eles tem um em mãos o que acontece? Fodem com a mariola toda!

Eu tinha 14 anos quando vi esse filme, não conhecia quase nada do personagem e quando vi a cena final dos carros explodindo e formando a caveira do alto eu achei o máximo. 2 anos e o Justiceiro Max completo depois, eu não conseguia assistir mais nem meia hora dessa joça, e não pretendo reassistir tão cedo. Quem sabe em um dia que eu tenha que escolher entre isso e TDKR, eu resolva ver esse troço ao invés de desligar a tv (o que seria mais sensato).

 

Foto tratada para Um Blog no Planeta Mongo - http://planetamongo.wordpress.com/

Justiceiro: Zona de Guerra (2008)

Sinopse: O ex instrutor das forças especiais Frank Castle tem a sua família brutalmente assassinada após testemunhar uma queima de arquivo da máfia. A partir de então o mesmo parte em uma cruzada contra toda a máfia. Durante um tiroteio nosso protagonista faz caquinha e mata um agente infiltrado, além de mandar o capo Suzuki, O Belo (Yuyu Hakushoadores entenderão) pra máquina de moer vRido, embucetando a cara do vilão. Após cirurgias de reconstrução feitas em uma filial do Dr Hollywood no Suriname, Suzuki adota o nome de Retalho. O vilão da vez resgata Luciano, da dupla Zezé di Camargo e Luciano, do hospício onde estava, revelando que ele era seu irmão e tornado Retalho o outro filho de Francisco. Os dois partem para vingança conta a família do meganha X9 e contra o anti herói mais azarado da Marvel.

Esse aqui tinha tudo pra dar certo, mas resolveram foder com a porra toda nos 45 do segundo tempo. O cara que escolheram pro papel de Frank Castle se encaixava bem no papel, a sangüera rolou solta e sem dó no início do filme, mortes visualmente fodas e até engraçadas de certa maneira, tava tudo muito bom. O problema é que os produtores resolveram meter o bedelho na parada, encaralhando todo o trabalho que a diretora tinha feito até então. Reclamaram da violência e a porra toda, mas que seria idiota o bastante pra esperar um Justiceiro PG-13? No final rolou briga, a diretora Lexi Alexander resolveu abandonar o filme e saiu essa joça aí. O Retalho frenético igual o Coringa, uma cena de ação final bem meia boca, um filme que tinha tudo pra ser legal mas terminou como um coito interrompido.

Confesso que apesar de afirmar que esse filme é ruim, eu gosto dessa merda. Tem coisas ruins que a gente acaba gostando, e esse filme se encaixa nesse quesito. Eu assisto e penso o quão legal ele poderia ter sido. Eu faço a mesma coisa quando escuto o St Anger do Metallica, então minha opinião não é das mais confiáveis.

 

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Menção Honrosa: Dirty Laundry (2012)

Sinopse: Se eu fizer a sinopse de um curta de 10 minutos eu vou contar a porra toda!

Algo me diz que Thomas Jane realmente gosta muito do personagem Frank Castle/Justiceiro. Após assistir esse curta algo me diz também que ele deve olhar a merda de filme que fez em 2004 e ficar muito puto ou envergonhado por aquilo. A prova disso é que ele juntou uma graninha e uns parceiros pra gravar e lançar essa pérola ano passado no yutubiu.

E em 10 minutos eu vi o que eu não vi em 3 filmes: Frank Castle. Amargo, sem fé, cagando pro que acontece a sua volta, até que algo o chame de volta e ele bote pra foder geral.

Conclusão

Com certeza uma das minhas maiores frustrações em relação às adaptações da Marvel. Não veremos tão cedo Frank Castle de volta nas telonas, e eu fico um pouco aliviado com isso. Devemos lembrar que a Marvel não é mais só Marvel, e que a Disney não tem o costume de colocar seu nome, mesmo que indiretamente, em algo que não seja pra toda família. E se for pra esperar um filme PG-13 de um personagem que tem histórias tão ricas e de conteúdo adulto, eu prefiro que gastem esse dinheiro lançando filmes que realmente podem ser leves e de grande abrangência, como Guardiões da Galáxia.

Mas que no fundo ainda fica o pensamento de “ah, se fosse possível…”, isso não dá pra negar.