Post dos Amiches – Tudo de ERRADO no Homem–Aranha de Sam Raimi por Hellbolha!
Olá, jovos e jovas! Eu, Hellbolha, o sertanejo, invadi os computadores da Sala da Delicia para poder trazer até vocês este mamilesco texto onde irei apontar falhas em uma das maiores e mais populares franquias super-heroísticas da história do cinema: A Trilogia do Homem-Aranha de Sam Raim.
Sei que para muitos, a interpretação do Aranha pelas mãos de Sam Raimi é a definitiva no que tange a adaptação cinematográfica, principalmente depois dos (muito) falhos filmes dirigidos por Marc Webb (eu ainda gosto…ME PROCESSEM). No entanto, apesar do belo trabalho feito no primeiro filme, da popularidade do segundo (que muitos consideram A MELHOR ADAPTAÇÃO DE UMA HQ PARA O CINEMA, o que não é o MEU caso) e do balde de merda que é o terceiro, é preciso reconhecer que TODA A TRILOGIA tem falhas gritantes, seja em termos de produção, caracterização ou mesmo evolução dos personagens. Portanto, comecemos este cabaré (meu sentido de aranha me diz que isso vai me render umas pedradas…):
Turminha da depressão
Sam Raimi é um puta fã confesso do Homem-Aranha da década de 60/70. Ele cresceu lendo essas histórias e levou muito do espírito delas para as telonas, o que é ótimo! Temos um Peter Parker que é um adolescente nerd típico: tímido, recluso socialmente, que se dá mal em quase tudo que faz e que não tem o menos tino com as mulheres. Pra piorar, ele ainda tem que aprender a lidar com seus novos poderes e aprender a ser um herói. E isso foi muito bem passado para o personagem interpretado por Tobey Maguire.
O grande problema aqui é que nos quadrinhos, a autoconfiança que Peter adquire após se tornar o Homem-Aranha acaba refletindo em sua “persona civil”. Temos um Peter menos tímido, mais cheio de atitudes e até mais extrovertido. Isso deveria ter acontecido no segundo e terceiro filmes da trilogia…mas não acontece. Durante todos os três longas temos um Peter apático, depressivo…qualidades que, unidas a cara de bunda de Tobey Maguire, te fazem sentir vontade de dar umas porradas na cara dele e gritar “ACORDA PRA VIDA, CARAI”!
O pior é que essa depressão não estaciona apenas em Peter Parker. Ela se espalha pelos demais personagens centrais da trama. Temos um Harry triste, uma Mary Jane deprê, uma tia May (que já é chata por natureza) pra baixo…entre tantos outros. Parece uma novela mexicana de quinta. Muita gente pode intervir dizendo que os filmes tem momentos de humor envolvendo Peter. Sim, tem! Mas, ao contrário das HQs, o Peter não é o responsável por causar alguns desses momentos, ele é apenas um elemento passivo no centro de uma comédia de erros.
Quem é Mary Jane Watson?
Afim de atrair o publico mais jovem e que conhecia o personagem apenas pelo desenho dos anos 90 ou por HQs mais recentes, foi decidido que Mary Jane Watson seria o par romântico de Peter. Nada de Gwen Stacy e apenas uma breve indicação do flerte entre Peter e Betty Brant nos escritórios do Clarim Diário.
No entanto a personalidade da Mary Jane interpretada pela “não muito Mary Jane” Kirsten Dunst é totalmente oposta à sua contraparte de papel. Se nas HQs temos uma Mary Jane festeira, pra cima e até meio “atiradinha” demais, nos filmes temos uma Mary Jane triste, depressiva, cheia de problemas e questionamentos e CHATA PRA CACETE!
Sei que em algumas histórias é mostrado que ela é alto astral pra esconder os problemas, mas nos filmes ela só falta andar com uma daquela placas gigantes no pescoço escrita “Preciso de um abraço”. Sem falar que ela é meio vadia, já que fica com todo mundo menos com o Peter, até o final do terceiro filme em uma cena até meio deprê de encerramento. Ou seja, tudo dentro dos conformes dessa Mary Jane.
Se formos analisar à grosso modo, poderíamos dizer que a personalidade aplicada a personagem no cinema seria, na verdade, pertencente a Gwen Stacy dos quadrinhos. Mais calma, passiva e amável. Só que essa “Mary Dunst” tem o fator “gótica amadora” que a diferencia em muito da loirinha defunta. Aliás, vale lembrar que Gwen aparece no terceiro filme como uma modelo super pra cima, festeira e gata “bagarai”. Isso te lembra alguém…?
Homem-Aranha: O ninja silencioso…
Adoro o primeiro filme da trilogia. Pra mim, ainda é o melhor filme de origem de super herói até hoje. Já não gosto tanto do segundo por uma série de fatores, que incluem o dramalhão mexicano elevado ao cubo, a insistência de Sam Raimi em vestir seus personagens jovens como idosos, testemunhas de Jeová e hippies, a já citada falta de evolução de Peter entre outras coisas. E é justamente essa falta de evolução que mais me deixa incomodado, pois ela não se limita ao pobre Peter Parker…ela se impregna no próprio Homem-Aranha.
Quem conhece o personagem sabe que uma das principais características do cabeça de teia é seu humor. Ele é um tagarela de marca maior e essa característica nada mais é que uma maneira de deixar o inimigo nervoso e fazê-lo agir por impulso, além de servir para acalmar o próprio aranha em situações de risco extremo, como o próprio já afirmou algumas vezes. No entanto, na trilogia Raimi temos um Peter que põe a mascara e, automaticamente…continua DO MESMO JEITO! Calado, passivo…quase um ninja azul e vermelho.
No primeiro filme podemos afirmar que ele não falava muito pois estava se adaptando a coisa toda, mas para os filmes seguintes não havia desculpas. Muita gente pode detestar, mas é preciso admitir, o Homem-Aranha de O Espetacular Homem-Aranha 2 é a melhor personificação do herói nas telonas até agora. Veja bem, não estou falando da trama, do Peter Parker sk8 vid4 lok4, nem nada disso. Estou falando única e exclusivamente do personagem Homem-Aranha . O uniforme tá perfeito, a personalidade tá perfeita e ainda temos os lançadores de teia de brinde. Quem dera tivéssemos esse aranha nos filmes do Raimi…
Nova Iorque claustrofóbica
O primeiro filme foi, de certo modo, um marco dentro dos efeitos especiais. Era a primeira vez que víamos um personagem 100% digital se mover por entre os prédios com tanto realismo. Pelo menos pra época…
No entanto Sam Raimi sempre optou por fazer filmagens em sets fechados. Por isso algumas cenas soam incomodas pra mim por parecem ter sido filmadas em um cenário do Chapolin, e isso acaba destoando da grandiosidade que o filme deveria ter (e até tem).
Alguns exemplos disso sãos as lutas contra o Duende Verde no primeiro filme (a cena em que eles bate na janela e trocam socos no primeiro embate sempre me causa incomodo), a cena em que o Duende conversa com um baqueado Aranha no teto de um prédio…enfim…muitas (do jeito que falo parece que só acontece no primeiro, mas são TODOS assim).
Talvez a tecnologia da época ou o orçamento não permitisse cenários maiores (o que duvido muito, já que os filmes não foram baratos), mas creio que se tivessem feito boa parte das filmagens em locações, o resultado soaria menos artificial. Mas vai que só eu pense assim…afinal, sou reclamão por natureza…
Enfim, esse são alguns pontos que sempre me incomodaram na trilogia original do Amigão da Vizinhança. Sei que muita gente não vai concordar e talvez até fica puta comigo, mas, lembrem-se: são MINHAS opiniões. O pessoal dos Superamiches não tem nada a ver com elas! Quer descontar sua raiva, desconte em mim! Dou até a dica: Destrua o QG dos Superamiches e será como se estivesse cravando uma adaga em meu peito. Ou me mande um encadernado de “Do Inferno”. Garanto que será uma punição mais que severa me fazer ler aquela obrazinha com desenhos tão feios…
Sim, estou pronto para o sacrifício…
PS: Agora deixa eu correr daqui antes que alguém chegue e me pegue mexendo nos computadores. Minha sorte é que o Godoka gastou todo o dinheiro pagando a hospedagem do site e as parcelas do carro e não sobrou nenhum pra contratar seguranças…
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