Thor – O Carniceiro dos Deuses & Bomba Divina
Que nome mais esquisito para um segundo encadernado.
É mais fácil resenhar assim, pois os dois encadernados contam a mesma história. A história originalmente saiu lá em 2013, mas a Panini só lançou a conclusão no segundo encadernado recentemente.
Em O Carniceiro dos Deuses, somos introduzidos a como a história será contada: em 3 linhas temporais diferentes. No passado temos Thor, Deus dos Vikings, jovem, orgulhoso, fanfarrão e beligerante. No presente temos Thor, o Deus do Trovão, Vingador e protetor de Midgard. No futuro temos Thor, o Pai de Todos, rei de Asgard, que jaz em ruínas. Um ponto em comum entre eles: Gorr, uma criatura chamada de O Carniceiro dos Deuses, que está a séculos procurando uma maneira de matar todas as divindades.
O jovem Thor se orgulha de ter mutilado Gorr. O Thor atual se arrepende por não ter matado Gorr quando teve a chance, evitando a sim a morte de muitos de seus semelhantes. O Rei Thor no futuro vive prisioneiro em seu próprio reino vazio, tendo as criaturas de Gorr como seus carcereiros. A única maneira de deter o Carniceiro de acabar com todos os deuses e impedir a Bomba Divina e a união dos deuses das três linhas temporais.
Caramba, Jason Aaron e Esad Ribic podem se orgulhar, pois escreveram um clássico moderno. Ao mesmo tempo em que é um dos melhores personagens da Marvel, imagino que deva ser difícil escrever uma boa história com o Thor. Em parte porque ele é um deus, com um nível de poder bem acima da grande maioria dos heróis Marvel, e também porque sempre haverá a sombra da fase de Wallt Simonson, tida até hoje como a melhor fase do herói. Mas mesmo assim os caras conseguiram.
Aaron soube trabalhar muito bem as três linhas temporais distintas, assim como as diferenças de personalidade das versões do herói. O desenrolar da trama também se segue de maneira bem linear, sem diminuir a qualidade ou o ritmo em momento algum.
E sobre os desenhos de Ribic, acho que não tem muita coisa pra dizer. O cara é, na minha opinião, um dos melhores desenhistas em atividade, e um dos mais diferentes. Em alguns pontos essa hq lembra o encadernado Loki, desenhado também por Ribic, mas agora com um pouco mais de variedade, com cenários espaciais e futuristas aliados ao clima medieval.
Os encadernados não possuem muitos extras, apenas algumas páginas com capas variantes, artes originais e estudos de personagens. O grande trunfo mesmo está na nova padronização que a Panini está fazendo. Tanto os encadernados do Thor quanto o do Gavião Arqueiro, que também possuo seguem a mesma linha no verso, interior e lombada. Os encadernados em capa cartonada do Cavaleiro da Lua também já foram lançados seguindo a padronização das lombadas, e dá até gosto de vê-los na prateleira.
Enfim, considero essa história como sendo de aquisição obrigatória para os fãs da Marvel ou até de boas histórias.