The Melancholy of Haruhi Suzumiya
Sem interesse em pessoas normais, Superamiches é o lugar certo
Tamanha é a produção de animes que eles são lançados em grandes levas, as temporadas, normalmente divididas por estações. Então temos a temporada de lançamentos de verão, outono, etc.
Normalmente surge algum que se destaca entre os lançamentos, e acaba sendo o melhor da temporada. E se torna uma obsessão por um tempo, até surgir o próximo, encerrar, ter uma próxima temporada não tão boa ou impactante, ou mesmo não tendo outra temporada. Alguns ficam na cabeça das pessoas por mais tempo, se tornando o melhor do ano. E alguns ficam ainda mais tempo, se tornando clássicos.
A Melancolia de Haruhi Suzumiya tomou de assalto os índices de popularidade, não só no Japão e creio que possa merecer o status de clássico.
A historia é contada pelo ponto de vista de Kyon, um aluno normal. No primeiro dia de aula, durante a apresentação dos alunos, uma se destaca. E faz todos prestarem atenção nela, mas não apenas por causa da sua beleza.
Ela se apresenta como Haruhi Suzumiya e afirma não estar interessada em pessoas comuns. E declara estar interessada em conhecer quaisquer psíquicos, alienígenas ou viajantes do tempo que estiverem escondidos na sala. E depois disso vai se sentar.
O fato é que, usando métodos pouco ortodoxos ela funda o SOS Dan (e esse SOS é um acronimo maluco, Sekai o Oini Moriageru Tame no Suzumiya Haruhi no Dan, essencialmente Expalhando Diversão por Todo o Mundo com a Brigada de Haruhi Suzumiya. Dan é Brigada), para encontrar em auxiliar esses seres que ela busca. Na sala que ela toma como sede ela encontra Yuki Nagato, a típica garota extremamente quieta e com voz gelada, interessada em ler e que não se importa se Haruhi usa a sala ou se inscreve ela no SOS Dan. Pouco tempo depois, Haruhi praticamente sequestra Mikuri Asahina. Ela afirma que Mikuru será uma aquisição importante ao SOS Dan pois é uma baixinha peituda com cara inocente. E de fato ela não tem forças para lutar contra Haruhi.
Depois entra Itsuki Koizumi, um simpático estudante transferido.
Logo eles jogam no colo de Kyon a real. Koizumi é um psíquico, Asahina é uma viajante do tempo e Nagato uma alienígena. Eles estão ali para vigiar Haruhi por um simples motivo.
Haruhi é, sem que ela mesmo saiba, Deus.
Ela pode alterar a realidade, e foi o desejo dela de encontrar aliens, psíquicos e viajantes do tempo que os criou, e as suas organizações. E possivelmente, pode ter criado o universo.
Haruhi não tem noção alguma disso.
Então eles ajudam nas excentricidades dela, mas evitam que ela trombe com algo real ou que se entedie demais. O tédio a aborrece profundamente e pode ter consequências graves.
A premissa é estranha, mas é realmente valida.
A segunda temporada exige resistência para passar por um arco que foi tão mal recebido,com razão, que quase afundou o desenho, o chamado arco do Infinity Eight.
Há um movie chamado The Disaparessance of Haruhi Suzumiya.
A atual terceira temporada de Haruhi é na verdade focada na Nagato, com uma releitura da personagem, Haruki é meio coadjuvante. E pode haver uma razão para isso.
Parte do problema foi justamente a dubladora de Haruhi, Aya Hirano. Ela teve uns breakdowns nível Miley Cirrus, fez umas declarações imbecis no Twitter e mais algumas besteiras. Então por um bom tempo as produtoras não a contratavam e seguraram os animes onde ela dublava um personagem de destaque.
Isso merece uma pequena explicação de dois fatores.
Primeiro, os dubladores lá tem status de celebridade, a principio com o pessoal que curte animes e tal e depois, talvez até para o publico em geral. Aconteceu com a dubladora de Lynn Minmay de Macross, Mari Iijima.
Segundo, e isso afeta as dubladoras, é a questão da imagem. Como é de se imaginar, dado o fator celebridade envolvido, as dubladoras não bastam ter talento. Precisam ter o visual e a atitude corretas também. Isso significa, sem escândalos. E em alguns casos, admitir ter um namorado já é um escândalo. Não é questão de puritanismo. É uma questão de posse.
Os fãs, em particular aqueles que compram tudo do anime, edições especiais e o escambau são possessivos sobre as dubladoras e os personagens também. Já houveram casos de nego protestando (e não eram poucos) porque uma dubladora admitiu ter dormido com fulano ou até uma personagem mencionou ter tido um namorado antes do período da historia. É nesse nível.
Então, Aya Hirano fez merda. O que complicou é que ela era dubladora das duas personagens principais dos animes mais populares da época, justamente Haruhi e Konata de Lucky Star. A queda da popularidade dela afetou as produções das outras temporadas. Hirano voltou a trabalhar, inclusive na terceira temporada, mas certamente não é tão requisitada quanto antes.
Mas voltemos ao desenho.
Os capítulos não são apresentados de forma linear, o que pode complicar um pouco, mas nada demais. Há bastante material, as duas, tecnicamente três temporadas, o filme, quatro mangás, a série de light novel que deu origem a coisa toda e por ai vai.
A produção é competente e como no caso de Lucky Star gerou uma dancinha. Mas nesse caso, como sendo um anime mais popular, a dancinha de The Melancholy… teve um alcance imenso e global, como outros aspectos do anime, que gerou memes girando principalmente em torno da própria Haruhi.
E a versão vida loka