The Librarians

the librarians

Ola Amiches.  Sejam bem-vindos, por favor caso não queiram levar um dos livros, deixem o nas mesas. Não coloquem de volta nas estantes. Profissionais treinados farão isso por vocês mantendo assim o acervo em ordem.

 

É complicado julgar uma série na sua primeira temporada. Logo no inicio muitas séries acabam usando seus primeiros episódios pra testar na base da tentativa e erro. Pra sedimentar os alicerces da sua própria mitologia (ou em caso de franquias, de apresentar as conexões).  Agents of S.H.I.E.L.D. eu parei no quarto ou quinto episódio, mas pelos bons comentários referentes mid-season, voltei a assistir e estava assistindo quando veio o BOOM do episódio 1×17.  Arrow eu parei no episódio 1×09, quando eu um acesso de tédio fiz uma maratona. E ambas as séries eu acompanho semanalmente agora.  Bom, quem não teve que se esforçar um pouco pra passar pela fase do 9º Doutor?

Cassie, Jake, Coronel Baird, Jenkins e Ezekiel.

Cassie, Jake, Coronel Baird, Jenkins e Ezekiel.

THE LIBRARIANS, do canal TNT é um relauch, assim por dizer, da franquia dos telefilmes. No primeiro episódio (pra mim o mais fraco), vemos o atual “Bibliotecário” descobrindo o novo plano da Irmandade da Serpente. E com isso encontrando uma Guardiã e três novos candidatos a bibliotecários.

Tá mas o que isso deveria querer dizer? Você não está falando coisa com coisa Coruja! Bom, imagino que seja isso que vocês estão pensando ao ler isso. Exceto, pelo Nicolas (O Compromissado), o qual pensaria Corujito, ao invés de Coruja.  Bom, vou explicar para que vocês entendam tudo. Ou mais ou menos. Talvez algo. Pode até ser que não.     

ENFIM.

Bruce Campbell fazendo sua participação como a encarnação da bondade humana,  o Papai Noel.

Bruce Campbell fazendo sua participação como a encarnação da bondade humana, o Papai Noel.

Nosso mundo é repleto de Linhas LeFey.  Linhas de energia mágica que convergem em fluxos de magia pura que circundam a terra. Parecido com Final Fantasy.  A magia existe a eras no mundo, em alguns momentos mais forte e outros como agora mais fraco. Mas ela existe. O fato de o mundo ainda estar inteiro é que existe “A Biblioteca” mantendo as coisas em ordem. A Biblioteca é um enorme prédio senciente fora do tempo-espaço, que mantem todo tipo de conhecimento humano guardado em seu interior. De física quântica, até tomos atlantes. Além de servir com cofre para artefatos poderosos demais pra ficarem por ai correndo o risco de caírem em mãos erradas.  Para guardar estes conhecimentos, e manter as coisas em ordem, a biblioteca escolhe dois agentes para os serviços. O Bibliotecário e o Guardião. O Bibliotecário é alguém exageradamente inteligente, com uma gama de conhecimentos dos mais variados possíveis. Física, química, biologia, magia, história, literatura, arquitetura, direito, esgrima, linguás modernas e mortas… imagine Reed Richards + Doutor Destino juntos. É por ai. Mas sem a armadura incrível  e os chifres. Já o Guardião, é a pessoa que mantém o Bibliotecário vivo tempo o bastante pra pensar em algo pra salvar o mundo. Na prática é uma versão de fantasia e mágica de Doctor Who. Inclusive com os efeitos especiais ruins, as piadas nonsense e aquela gosto de aventura meio maluca. É, é bom. Eu gosto.

Baird e Flynn.  A Guardiã e o Bibliotecário.

Baird e Flynn. A Guardiã e o Bibliotecário.

No primeiro episódio somos reapresentados(pra quem viu os filmes) a Flynn Carsen (Noah Wyle), o atual e genial (pra não falar excêntrico) Bibliotecário. Flynn trabalhava sozinho em campo (apesar de ter ajuda quando na Biblioteca), até conhecer sua nova Guardiã escolhida pela biblioteca, a Coronel Baird (Rebecca Romijn). Uma militar durona vinculada a OTAN.  Juntos eles descobrem uma série de assassinatos envolvendo diversos ex-candidatos a Bibliotecário.  O que leva aos três outros (e verdadeiros protagonistas da série).  Jake ( Christian Kane), um homem rústico que esconde de todos seus Q.I. de 190 e formações em Literatura, história e diversas linguás, além de toda uma carreira de tratados acadêmicos através de pseudônimos. É como se de repente, o Evandro fosse secretamente um renomado especialista em poesias do século IX e ninguém soubesse disso. Seria o cara bronco, com cara de mecânico, que segurando uma cerveja chamaria o Flammer de pedante e que ele não merda nenhuma sobre Machado de Assis.

Cassandra - Aquela que você tem vontade de apertar. É tão doce que causa diabetes.

Cassandra – Aquela que você tem vontade de apertar. É tão doce que causa diabetes.

Ezekiel (John Kim), um ladrão de arte. Especialista em invasão, furtividade, sistemas de segurança e informática em geral. Bom ele é asiático. Então ele manja de tecnologia e faz o estilo “vou te furtei”. Como personalidade, é o confiante, de um jeito zueiro.  Ele se acha a última bolacha do pacote, porém sem ser totalmente arrogante. E temos a melhor coisa da série: Cassandra/Cassie ( Lindy Booth). Cassie, tem memória eidética, além de uma gama de conhecimentos matemáticos e físicos.  Seu cérebro é como um computador.  Porém ela possui sinestesia e um tumor no cérebro. O tumor pode mata-la logo. E a sinestesia é um distúrbio sensorial.  Os sentidos delas são embaralhados. Enquanto processamos informações de forma separada e contida, pra uma pessoa sinestésica, 7 é roxo. Sal tem gosto de redondo. E agudo tem textura macia. Além de ser a mais fofa, gentil, insegura e ingênua do grupo. A forma que ela apresenta seus raciocínios é uma das formas mais criativas que eu vi em um show. A série mostra como as referências se cruzam nos pensamentos dela.

jake stone

Jake – Cerveja, um bom bar com piranhas, literatura e pintura é tudo que um homem precisa na vida.

 

Os dois primeiros episódios funcionam como forma de estabelecer o conteúdo da série. Juntar o time e estabelecer o status padrão.  Acontecem alguns problemas e no final Flynn precisa se reinventar. Ou pelo mudar algumas coisas. Então, ele decide continuar com seu trabalho sozinho com os grandes problemas. E deixando as coisas menores para os três “BETs”. Bibliotecários Em Treinamento. E a Coronel Baird, pra garantir que os três sobrevivam em campo, até chegar a vez dos “bets” assumirem o cargo. A partir do terceiro episódio a dinâmica da série segue como deve ser. Os quatro novatos (a guardiã e os novos bibliotecários) cuidando de ameças menores, com o Flynn fazendo apenas participações especiais (atualmente o ator é protagonista em “Falling Skyes”), nos episódios 1, 2, 5 e 10.

Eu vou louba seu pastel de flango.

Ezekiel – Eu vou louba seu pastel de flango.

Ao longo dos 10 episódios essa temporada teve muitos altos e baixos. Episódios horríveis em todos os sentidos, mas divertidos. Sabe quando a coisa é tão ruim, que da a volta e fica bom.  Todos os personagens crescem ao longo do tempo.  Rebecca Romijn e John Kim são os mais fracos em atuação. Kane apesar de ser mediano, salva pelo carisma. Sendo os melhores atores, que por sinal a cada aparição roubam a cena Lindy Booth e John Larroquete (Jenkins).

Jenkins - O melhor personagem. Zelador do Anexo da biblioteca. É rabugento. Reclama de tudo. Vive com roupas impecáveis e adora livros e fazer experimentos misturando ciência e magia.  É o grande mentor relutante do grupo (ou não).

Jenkins – O melhor personagem. Zelador do Anexo da biblioteca. É rabugento. Reclama de tudo. Vive com roupas impecáveis e adora livros e fazer experimentos misturando ciência e magia. É o grande mentor relutante do grupo (ou não).

 

Eu talvez nem recomendaria, mas o último episódio fez toda diferença. Fechando as pontas soltas e apresentando viagem no tempo e realidades alternativas que destacaram muito bem o papel de cada personagem e como suas vidas seriam afetadas pela falta da presença dos outros.

Coruja
28/01/2015