Strike Witches

Band of Witches

 

Há muitas formas de fanservice na animação japonesa, eles são especialistas nisso. A qualidade da historia varia em muito de obra para obra.

Nas melhores, o autor busca justificar a sacanagem com uma historia legal. A historia de Strike Witches é legal, mas poucas vezes se viu uma desculpa mais esfarrapada para fanservice. Mas já chego lá.

A trama se passa em uma historia alternativa onde a Segunda Guerra não aconteceu. Isso por causa da invasão de seres desconhecidos chamados Neuroi. Um Neuroi se parece, normalmente,  com uma maquina de combate, um tanque ou avião moderno, só que totalmente preto e algo como feita de um tipo de hexagono preto.

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Eles invadem a Terra em meados de 1930 e poucos e o ataque é o que impede a segunda guerra. O ataque é violento e ocorre em diversas áreas do mundo. O armamento convencional é quase inútil contra os Neuroi. Outro problema é o miasma que envolve as áreas onde há atividades Neuroi. Esse gás é corrosivo, e após um tempo afunda a região no oceano.Mas se descobre que eles são vulneráveis a magia.

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As únicas pessoas que podem usar magia são as bruxas, witches. Elas são parte aceita da sociedade e aparentemente não houve caça as bruxas nesse mundo. Se uma witch usar uma arma normal, ela pode carrega-la com magia e assim fazer a munição atingir os Neuroi, fora o fato que elas são imunes ao miasma Neuroi. O problema seria levar as witches até onde os Neuroi aparecem. Quando não estão atacando uma cidade, costumam ficar à centenas de metros de altitude.

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O problema foi resolvido com a construção da Unidade Striker, um tipo de módulo que as witches vestem como se fossem botas de metal enormes, com hélices. O processo é simples. A witch calça o modulo, ativa sua magia e pode flutuar ou voar a grande altitude e velocidade. A Unidade Striker também aumenta a capacidade mágica dela, então elas suportam os ambientes de combate e conseguem carregar armamento pesado. MAS, e ai está a desculpa esfarrapada para o fanservice, o processo é mais eficiente se não houver nada entre a pele e o módulo.

ENTÃO, elas ficam o tempo todo de calcinhas.

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É isso. É interessante que elas não tem vergonha disso, pois andar assim se tornou moda até entre as não combatentes e então não carrega nenhum estigma social. Pois é.

Mas enfim, a historia segue a recém recrutada Yoshika Miyafuji, ela acaba de ingressar no grupamento 501 de voo, um esquadrão multinacional, sediado na Britannia.

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Os conceitos são interessantes. O visual é baseado em uma tendência chamada “Mecha Musume”, basicamente uma garota misturada com algum veiculo ou robô. Há mecha musumes de Gundam, tanques, armas, e no caso das strike witches, aviões da segunda guerra. Houve um grande cuidado da produção em mostrar armamento realista e elas usando táticas reais de combate aéreo.

Cada uma delas vem de um pais que é uma versão daquele mundo de um pais real, como Fuso (Japão) Karlsland (Alemanha), Britannia (Inglaterra), Liberion (EUA)  e tem nomes de grandes pilotos reais, como Charlotte Yagger, inspirada no aviador Chuck Yagger (o primeiro cara a voar acima da velocidade do som).

Fora o fanservice, duas coisas são interessantes no desenho. As sequencias de ação são muito boas. E as personagens são muito simpáticas. É fácil se apegar a elas.

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O desenho gerou duas temporadas e um movie e uma grande quantidade de material, principalmente porque cada ataque de Neuroi é inspirado em uma grande ofensiva da Segunda guerra real. A primeira temporada, é baseada na Batalha da Inglaterra por exemplo. A segunda temporada na guerra na Italia. Há um mangá baseado na campanha da Africa e por ai vai.

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Realmente gerou vários mangás, Light Novels e tals e alguns jogos para PS2, Xbox e DS. Uma coisa comum no Japão, houveram os Image Song (músicas cantadas pelo próprio personagem), que usaram um detalhe bem legal, cada personagem cantou uma música real (do nosso mundo) que era sucesso em seu país de origem na época. Exceto as três  witches de Karlsland (Alemanha). Parece que os produtores acharam que musicas nazistas poderiam pegar mal.

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É um desenho bastante forte no fanservice, mas que pode sobreviver sem ele, ao contrário de Queens Blade por exemplo. E na verdade, se passando por cima do serviço, o que se tem é um bom anime de guerra, com uns tons interessantes de drama, em particular na segunda temporada.

Então sim, dá pra assistir pelo roteiro.

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Zweist
20/10/2015