Ou o ignorante nome original, Danjon ni Deai o Motomeru no wa Machigatteiru Darou ka?

Vamos começar tirando alguns elefantes brancos do caminho. É um Hárem, ou seja, com um monte de minas interessadas no personagem principal. Embora ele não seja tão patético quando Rito Yukki, o Shinji Ikari do genero. Junto com Basara formam a trindade de personagens-que-deveriam-ser-mortos-com-um-cano-de-aço.

E tem a Héstia, a deusa com uma roupa pouco prática, mas que se alguém reduzi-la a fanservice e um par de peitos, o problema na verdade é essa pessoa.

Mas é um erro compreensivel

O nome poderia se traduzir vagamente como “É errado tentar pegar garotas numa dungeon?” e é com esse pensamento do protagonista Bell Cranel que a historia começa.

E começa errado para ele, já que vemos o novato Bell desesperado, prestes a ser morto por um minotauro, quando ele é salvo por uma espadachim, Bell toma a decisão mais racional, sair correndo antes mesmo de agradecer, ou se limpar do banho de sangue de minotauro que tomou e se informar na sede da Guilda sobre quem é aquela moça.

Posteriormente ele volta para casa, um pequeno templo em ruinas na periferia da grande cidade de Orario e é recebido pela deusa Hestia, antes de descansar e tentar voltar de novo para o Dungeon.

Há muito tempo os deuses resolveram descer à terra para viver entre seus filhos, os humanos. Tiveram que lacrar praticamente todo seu poder, então a principal ajuda que dão é a capacidade de aumentar os atributos daqueles que os seguem, formando as Familias, nem sempre de aventureiros na verdade. Isso permite os humanos a usarem magias e habilidades extraordinarias e se aventurarem pelas dungeons.

É interessante notar que animes sobre dungeons tem mais inspiração nas mecanicas de Dungeons and Dragons que comics de Dungeons and Dragons. Isso fica interessante no proprio calabouço, cujo nome é Dungeon. Uma torre imensa no centro da cidade de Orario, onde os aventureiros entram, matam os monstros que literalmente brotam das paredes ali, avançam até onde for possivel e voltam para trocar na Guilda os drops que recolhem.

Como mencionei lá em cima, Hestia merece uma olhada mais aprofundada. Hestia era a deusa grega do lar e da familia, muito bondosa e gentil, e cujo simbolo era o fogo da lareira. Era uma dos 12 Olimpicos originais, irma de Zeus, Hera e tinha uma posição importante no Panteão. Então como a Hestia do anime tem tanta dificuldade em arranjar seguidores? Justamente porque o poder da benção dela é menos “util” digamos assim, do que os de Hefestos, Loki ou Ganeshi.

Mas é justamente uma forma de ver isso que deu à Bell os poderes que recebeu, o Argonaut/Desejo do Heroi, junto com sua propria vontade de ser um heroi e sua dedicação à unica familia que teve depois da morte do avô e a magia Firebolt, uma torrente de fogo.

A coisa toda seguiu o formato mais comum: light novel, depois mangá e então anime, divergindo em um ponto. O anime teve a primeira temporada e esse ano foi seguido pelo spinoff Sword Oratoria, focado na Familia Loki, spinoff esse que já tinha sido lançado antes, no esquema light novel, mangá e tals.

Há alguns anos tenho tido pouca paciencia com animes de harém mas DanMachi conseguiu prender minha atenção, com personagens simpaticos, uma história bem contada, ainda que convencional na formula do garoto bostinha que vai ficando mais e mais forte e ótimas, muito boas mesmo, cenas de ação.

Uma montanha russa de ação