Semana da Morte e Afins – Quem é Martin Perto de Cornwell?
Um post curto, pouco inspirado e com poucas imagens.
Game of Thrones é uma bênção e uma praga. Uma bênção pois criou um novo patamar de fidelidade e de orçamento para uma série de TV, tornando o espectador mais exigente em relação ao que assiste. E uma praga pois só se falou e ainda só se fala nessa budega durante o período de exibição, e se você não acompanha por sei lá qual motivo acaba sendo tratado como um pária.
Esse é o meu caso.
Não estou aqui pra criticar a série, muito menos os livros e o seu autor, R.R.R.R.R.R. Martin, tem gente que eu conheço que leu e gostou, tem gente próxima que leu e achou chato. Eu não li mas talvez um dia isso mude, mas eu gostaria de deixar um pequeno aviso para aqueles que acham que o gordinho simpático é uma assassino sádico dos seus personagens:
Vocês não sabem nada!
Bernard Corwell, senhoras e senhores, esse é o nome do ceifeiro. Benard Cornwell concentra o seu talento na confecção de romances históricos, dos quais eu acho que já falei aqui sobre A Trilogia de Arthur e Azincourt. Esses não são os únicos livros dele que eu li, colo aí na lista os dez (até o momento) Crônicas Saxônicas, que eu adquiri por indicação do Coruja e digo com orgulho que passei a maldição para o Sir Vinnie. Como eu havia dito, Cornwell escreve romances históricos, ou seja, histórias fictícias (romances) com um fundo histórico e foco em costumes da época (históricos).
E é aí que mora e desgraça.
Esqueçam os massacres em casamentos, os envenenamentos de reis mesquinhos, as mortes por criaturas místicas, ou nobres sacrifícios, os espetáculos épicos, as mortes incríveis nas mãos de criaturas mágicas. O foco aqui é a realidade, e a realidade significa uma espadada no bucho e uma vala comum. Simples assim. Sabe o que significou a morte daquele personagem que você tanto gostava? Nada. Aquela criancinha linda que morreu de forma cruel foi por um bom motivo? Não. Mesmo o personagem não sendo rico ou da nobreza, o seu nome será lembrado? Nem sonhando.
Espadada no bucho e vala comum. Apodrecendo junto com os seus sonhos e inocência.
Talvez um dia eu tome coragem de fazer um post sobre Crônicas Saxônicas, mas eu gostaria de fazer algo que conseguisse passar o impacto que esses livros tiveram em mim, mas não acho que tenho habilidade para tal, mas uma coisa ficou marcada na minha cabeça pra sempre, a morte de um indivíduo era insignificante antigamente, continua insignificante hoje e vai ser assim até o final dos tempos. Obrigado Bernard Cornwell por ótimas histórias e terríveis bad vibes.