Review Sangrento- Mortal Kombat Legends: Scorpion’s Revenge

MORTAL KOMBAAAAAT!

Anunciado no começo do ano e com um trailer que lembrava DEMAIS um remake de Mortal Kombat: Defensores do Reino, aquele desenho que transformou a franquia de jogos de luta mais sangretos da história dos games em uma série animada para toda a família, Mortal Kombat Legends: Scorpion’s Revenge chegou escondendo o jogo. E ainda bem! Porque, meus amigos e minhas amigas…o sangue JORRA nesse longa animado!

https://www.youtube.com/watch?v=1pzbroCGf58

Tendo como protagonista o ninja amarelo mais amado dos games, o longa mostra como a família de Hanzo Hasashi acabou sendo brutalmente assassinada durante um ataque a seu vilarejo perpetrado pelo clã ninja rival, os Lin Kuei, comandados pelo frio ( com o perdão do trocadalho) Sub-Zero. Hanzo acaba por aniquilar os ninjas Lin Kuei invasores mas acaba sendo morto pelo ninja da vila da Brastemp.

Em Netherrealm, o equivalente ao inferno em MK, Hanzo recebe do feiticeiro Quan Chi a oportunidade de voltar ao mundo dos vivos e se vingar de Sub-Zero que estaria participando do torneio Mortal Kombat. Em troca, ele deveria roubar um chave que Shang Tsung mantinha escondida na ilha onde o torneio transcorria, chave essa que serviria para libertar o mestre de Quan Chi, o deus ancião caído, Shinnok.

A storyline do Scorpion é a melhor coisa do filme mas, apesar do filme levar seu nome no título, infelizmente ele não é tão protagonista quanto deveria…

E o grande problema de MK Legends: Scorpion’s Revenge é justamente a história paralela. Ela é, basicamente, um decalque da história do filme de 1995, mostrando Liu Kang, Sonya Blade e Johnny Cage sendo convocados por Rayden pra representar a Terra no Mortal Kombat com direito a Johnny Cage fazendo piadinhas o tempo todo. A coisa só piora quando o Black Dragon, o grupo criminoso ao qual Kano pertence, entra em cena e o torneio é deixado de lado transformando o filme em uma “aventura de corre-corre”. Por mim, o tempo de tela do trio poderia ser diminuído pra deixar o protagonismo de fato com o Scorpion. Na verdade, tomado pelo tédio da quarentena, eu editei o filme diminuindo a participação do trio mas ainda os deixando nas partes em que eram realmente necessários a trama, e de uma hora e vinte o filme ficou com uma hora apenas. E tava ótimo se assim fosse!

Outra parte que me incomodou DEMAIS foi a chegada do trio ao salão de Shang Tsung, que parecia mais um rip-off da cena da cantina em Mos Eisley na versão remasterizada de Star Wars, com direito a piadinhas com criaturas bizarras e comida esquisita, destoando do clima da coisa toda.

A animação, no geral, é muito boa, sendo sempre MUITO SUPERIOR quando envolve o Scorpion, claro, sempre protagonizando cenas de luta muito bem feitas. Mas quando os demais personagens vão lutar, parece que os animadores deixaram essas cenas meio “qualquer nota”, e algumas são realmente decepcionantes, como a primeira luta do torneio entre Johnny Cage e Baraka, que se resume ao ator engraçaralho fugindo e jogando coisas no bichão dentuço. Sonya Blade é a única que protagoniza uma luta animada acima da média contra Reptile, mas é SÓ! Depois ele cai no time de lutas medíocres até o fim do filme.

O character design ficou a cargo da dupla Steven Choi e Zak Plucinski, ambos responsável por muitos dos characters designs dos longas animados da DC, o que é mais que normal já que a DC Etertaiment é uma das responsáveis pela animação do longa. E ele é muito bom, com um visual mais angular e o uso de pequenas sombras chapadas, muito similar ao que foi visto no ÓTIMO Batman vs Tartarugas Ninja . O problema é que alguns personagens acabaram ficando a cara de personagens da DC, como o Quan Chi que ficou a cara do Coringa e o Shang Tsung que ficou a cara do Ra’s Al Guhl.

Enfim, apesar de ter a violência que uma produção baseada em MK merece e o plot do Scorpion ser bacana, o filme se perde lá pela metade e se torna um “Aventureiros do Bairro Proibido” com muita correria (ironicamente, o filme que serviu de inspiração para a criação do Rayden) e esquece o mote principal, que deveria ser o Mortal Kombat e a vingança do Scorpion. Uns bons minutos a menos focados no trio ternurinha e mais foco no Scorpion e nas lutas do torneio, e teríamos o melhor filme de Mortal Kombat já feito até então. Ficou devendo.

Nota: 7,0

PS: Espero que saiam mais filmes focados em outros personagens, e torço por uma animação baseada em Mortal Kombat Mitologies: Sub Zero, mas não sei se vai acontecer pois o plot do jogo é similar demais ao do filme, só mudando o fato do Sub-Zero ser o protagonista e o que o Quan Chi pede é um amuleto e não uma chave. Mas não custa torcer.

PS2: Ia esquecendo! O Scorpion em Netherrealm é a cara do Samurai Jack cabeludo da quinta temporada!