Review – 12 Monkeys: The Series

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Primeiramente, quero deixar algo bem claro: Eu adoro viajem no tempo. É o meio sub-gênero da ficção científica favorito. O mindfuck, o vai e vem da trama, aquela maneira de contar uma história do ponto de vista de já ter sido contada, todas essas coisas, o Mestre Terry Gilliam faz nos 12 Macacos originais com primazia.

Como acho que já ficou claro, o original é um dos meus filmes favoritos, logo as expectativas para essa série ser algo mais do que razoável eram baixíssimas, especialmente se tratando do do canal SaiFai (me nego a escrever SyFy, que tosquera pelamor) que não possui exatamente o melhor registro de séries com conteúdo, digamos assim, decente.

Segundamente, vou tentar manter essa review sem spoilers. Atenção especial para palavra TENTAR.

A série já abre, mostrando o futuro fudido que James Cole tem que impedir (ou criar), onde a fauna não reina na superfície, mas é uma merda igual, algo que no filme original, fora bem pouco explorado. James pega um relógio de um cadáver em total decomposição. Prestenção no relógio, ele vai ser bem importante pro resto da série, não só uma maneira forçada do roteirista nos dizer quee isso é uma história sobre viajem no tempo.

Ok 12 Monkeys: The Series, você tem a minha curiosidade.

Tudo parece similar ao filme, Cole volta, e atormenta a vida da pobre coitada da Madeline Stowe médica chamada Cassandra Railly, que convenientemente para série, não é uma psiquiatra, mas uma médica especializada em doenças contagiosas, que após ser sequestrada pelo nosso personagem principal, sofre da síndrome de seu nome após presenciar um (bem fraco, e quase nada paradoxal) paradoxo temporal.

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E assim como no filme original, Cole toma uma ruim da polícia, mas (não tão misteriosamente) desaparece, deixando a doutora pirada das idéia, transformando ela na mitológica Cassandra. Procurem no google, por que não estou a fim de explicar, (ou assistam o filme, o mestre Terry Gilliam explica lá também) seu bando de folgado.

A seguir, mais explicações de como o futuro veio a ser: Uma praga dizimou a raça humana e apenas um punhado de sobreviventes, que demonstraram imunidade ao patógeno. Gente morrendo na rua, covas gerais, nego queimando cadáver com lança chamas, uma loucura.

Ok 12 Monkeys: The Series, agora você tem a minha atenção.

Depois da raça humana ser dizimada, óbviamente, o próximo passo lógico era encontrar uma máquina do tempo, e mandar um filho da puta qualquer, sem treinamento, sem experiência (não que ALGUÉM iria possuir experiência em estuprar as leis da física) e muito menos saúde mental de volta no tempo, por causa de uma baboseira como “destino”.

Perae. DESTINO?! Numa série sobre viajem no tempo?! 12 Monkeys, sua safadinha, vai puxar a carta do “Profecia que se auto cumpre”. Ok. AGORA SIM você tem meu interesse.

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É aí então que a série começa a se divergir do filme consideravelmente; onde as viajens mindfuck do mestre Terry Gilliam, são substituidas apenas por um tom mais sombrio e destituto de esperança. As pessoas do futuro, que sequer fica claro serem de fato cientistas, parecem tão apáticas e sem esperança de que isso vai dar certo, que torna o clima um tanto mais sério e pesado.

Então eles procedem em colocar o infeliz do Cole dentro de um acelerador de partículas. O que não só faz o cara ser capaz de viajar no tempo (que segundo ele não é uma “Ciência Exata”) mas como lhe garantiu algumas, coisinhas a mais, como SER IMUNE A PARADOXOS (sinto que isso vai ser algo focal pra série, só sinto) entre outras coisas mais.

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Num geral, fiquei surprendido com a série. A atuação é boa, pela maior parte, por que convenhamos, é difícil de comparar esses atores com nomes como Bruce Willis e Brad Pitt, mas num geral o Birkhoff da série nova da Nikita (recomendo muito, diga-se de passagem) mandou bem no papel do viajante no tempo meio piradão e a médica loirinha gata manda bem também. O clima e atmosfera do filme atinge perfeitamente a audiência, e a trama é (ligeiramente) confusa e cheio de momentos “WTF” assim como todo bom filme sobre viajem no tempo tem que ter.

Num geral, o piloto consegue te prender, e numa escala de 1 a 5, dou a esse episódio 3,5 paradoxos de nota. Faz o trabalho bem feito, te deixa empolgado pro póximo episódio e tem uma quantidade ABSURDA de potencial.

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Ah sim, o Brad Pitt na série é uma mulher. Lidem com isso.

 

 

 

 

 

Grifter
20/01/2015