Rambo Até o Fim – por Zweist

Violencia só se resolve na porrada.


Eu meio que tinha passado ao largo desse filme, já que o quarto parecia ter encerrado perfeitamente
a historia de John Rambo.

Mas quando vi a gritaria e choradeira da critica, pensei que seria o tipo de filme que definitivamente vale
uma olhada.

Vamos ser sucintos.

Depois de voltar da agradável Burma, Rambo se estabelece no rancho de sua família. Dez anos depois vemos o cara cuidando dos cavalos e vivendo com sua sobrinha Gabrielle e a avó dela. Mas notamos que o sujeito ainda é meio desregulado, já que encheu o lugar de tuneis parecidos com aqueles nos quais ele teve que lutar com os vietcongue e está sempre ali fazendo uma coisa ou outra, como facas.

 

“Estou pensando em fazer talheres. Vinte centimetros é pouco para uma faca de manteiga?”

 

Tudo vai bem até que uma amiga de Gabrielle a contata dizendo que encontrou o pai dela, que se mandou anos atrás, vivendo em uma cidade no México. A despeito de todos os avisos em casa, Gabrielle resolve ir para lá e cai nas garras de um simpático grupo de traficantes de mulheres.

Nosso amiche Hellbolha comparou com Taken, o que é válido. Mas pra quem engole Lian Neeson como ator de ação. É bom, mas não é pra tanto.

O filme é realmente lento no começo, já que é preciso construir a situação toda com Gabrielle e demora
para começar a passar aquela impressão que costumamos ter de Rambo. Lá pelos 40 minutos começa a pegar o bicho e mesmo assim demora um tanto mais para chegar ao pedaço onde pedaços de escroques começam a voar.

E é glorioso.

 

Felizmente Rambo terminou a tempo sua faca de manteiga e está pronto para colocar no enxoval.

 

Vamos colocar algumas coisas em pratos limpos.

Rambo em particular sempre foi politico, em certo grau, mas não como os criticos esperam.

Stallone normalmente escreve baseado em alguma noticia que leu e de boas, não aconselho ir atrás das historias que inspiraram Rambo 4. Já a desse filme com certeza foi a historia de Don Alejo Garza Tamez. Essa é uma boa ir atrás.

Mas nunca foi o “modus operandi” de Stallone jogar seus filmes para um lado ou para outro de uma discussão politica, exceto talvez em Rambo 3, com aquela questão do Afeganistão contra os russos.

É compreensível a agitação toda em relação a questão do México e dos Eua, mas o filme não passa muito perto desse assunto. Principalmente se soubermos que o filme foi escrito quase depois de Rambo 4, dez anos atrás e só foi colocado de lado pois Stallone estava focado nas sequencias de Os Mercenários.

Curiosamente vi muita reclamação sobre a violencia do filme. E fiquei me perguntando, qual a parte de “Filme do Rambo” essas pessoas aparentemente não entenderam?

Rambo joga faca na cara dos outros, não livros do Vinicius de Moraes.

Vendo que o filme ficou chocando algumas sensibilidades mais frágeis, deixem o titio Zweist mandar uma real. Existe o mal. Não na forma de algo metafisico ou semelhante. Simplesmente o Mal. Gente disposta a sair de seu caminho para prejudicar alguém por muito pouco, ou mesmo por nada.

Mas enfim.

Mesmo Rambo está mais tranquilo agora, já que sua contagem de mortos nesse filme fica em dois digitos apenas.

Vendo as coisas, e notando que Terminator Dark Fate estreia daqui pouco tempo, novembro creio, é pra se pensar que Xuarza deveria se apoiar no exemplo do seu parça Stallone. Talvez fazer uma consultoria com o velho Sly antes de aceitar fazer filmes que só serão manchas no seu legado.

Então acaba que não é o melhor Rambo, o 4 é, nem o pior, esse é o 3, mas mesmo um filme mais fraco do Rambo ainda é bom pra caramba.

Só não é muito mais fraco e nem deve ser o ultimo.

Afinal, pode não parecer, o mundo precisa de mais filmes do Rambo e menos comédias romanticas.