Ragnarok
Estava um dia desses fazendo meu 547º hobbie favorito, que é garimpar trailers de filmes no YouTube, quando me deparei com o trailer desse filme de nome tão singelo. No momento pensei “caramba, faz tempo que não assisto um filme desses bichos gigantes que fodem a mariola toda!”, provavelmente o último filme que assisti nesse gênero deve ter sido Anaconda 2, e mesmo assim dormi no começo do filme.
Bem, o filme norueguês dirigido por um cara de nome estranho e estrelado por um monte de gente com nomes igualmente estranhos conta a história de Sigurd (que em português é algo semelhante a Zé) um arqueólogo que lidera a pesquisa em torno de uma embarcação viking de um porrilhar (que é a medida inferior a porrilhão) de anos. Sigurd está certo de que os artefatos encontrados na embarcação remetem ao Ragnarok, evento que se assemelha ao Apocalipse para os cristãos. Só que o jovem arqueólogo de franjinhas de Sir Vinnie acredita que o Ragnarok tenha sido um evento real, e não apenas uma lenda, uma profecia não cumprida, e por falar isso durante uma reunião com os investidores todo mundo acaba achando que ele é louco e fecham o projeto. Graaaaaande Sigurd!
Em casa as coisas também não são fáceis. O sonhador, tímido, e (por que não?) gato arqueólogo é viúvo e pai de um casal de filhos, uma garota na pré adolescência e um moleque que não fede nem cheira durante todo o filme. As coisas não vão nada bem no relacionamento com os filhos, principalmente com a mais velha, afinal, adolescente é um porre desgraçado. Mas as coisa toda muda de rumo quando um velho amigo que participou das escavações do navio bate um dia a sua porta com uma porra de uma rocha com runas indicando o local do acontecimento deste evento. E a família feliz mais uns doidos partem felizes para uma aventura.
No geral, um filme divertidinho, daqueles pra assistir domingão na hora do almoço com a família, sabe? Tipo A Múmia, diversão momentânea e tá bom assim. Os efeitos especiais tão legaizinhos, a história não te surpreende, mas também não te subestima muito. Só uma coisa é que eu fiquei bolado. Todos os artefatos que narram o Ragnarok são em formato de serpente, a porra da pedra tem uma passagem borrada que fala tipo “e lá fica a ******** de Midgard”, não dava pra juntar A+B e ver que era uma passagem falando da Serpente de Midgard? O cara era arqueólogo, cacete, não era tão difícil assim! Mas fora essa cagada, é um filminho legal, um blockbuster norueguês pra você falar pros seus amiguinhos hipsters de merda o quanto você é off mainstream ou alguma merda assim.
PS: Já ia me esquecendo de algo importante. Tive o infortúnio de importar uma versão dublada em inglês, fujam disso, é a pior dublagem que eu já ouvi na minha vida! A vantagem é que deu pra assistir de boa sem legendas (as que eu baixei tavam dado defeito), mas é horrível. Quando o moleque gritava chamando o pai no filme, a impressão que eu tive é que deram maconha pro dublador mirim.