QUADRINHOS (BARATOS) QUE LI RECENTEMENTE: Parte 7

Sabe aquela HQ que você só lembra que você só lembra que tem quando está mexendo nas suas coisas e encontra sem querer?

Pois esse é o exato caso de Vingadores: A Ira de Ultron, história que saiu pelo selo Marvel OGN (Marvel Original Graphic Novel), um selo que tinha como objetivo trazer histórias fechadas dos principais personagens da editora mas sem grandes ligações com a cronologia principal. Bem, não foi bem isso que aconteceu no final, já que muitos elementos criados para essa série acabaram sendo incorporadas a linha principal tempos depois, como a irmã de Peter Parker (que foi revelado que não era irmã no final da graphic novel Homem-Aranha: Negócios de Família e depois apareceu na mensal como sendo irmã de novo e agora eu não sei em que pé anda já que não leu muita coisa atual) e A Ira de Ultron tem como pontapé inicial uma história antiga doa Vingadores.

Enfim, a trama da graphic novel é a seguinte: Anos atrás os Vingadores derrotaram Ultron usando a distorcida relação de pai e filho que o androide tinha com Hank Pym como trunfo. Após sua derrota, Ultron é jogado no espaço. Tudo parece bem até que, anos depois, Starfox, irmão de Thanos, chega a Terra pedindo ajuda aos Vingadores. Segundo ele, Ultron caiu em seu planeta recentemente e tem espalhado um tipo de vírus tecnológico que esta não apenas transformando o planeta como todos seus habitantes, tornando-os servos de Ultron. Agora cabe aos Vingadores detê-lo mais uma vez e a Hank Pym assumir novamente a responsabilidade pelos atos hediondos de sua criação.

Eu queria dizer que essa história é fantástica, incrível, que você não poderia deixar de ter em sua coleção mas…o fato é que eu li ela há um tempo e não lembro QUASE NADA dela! Por que ela é uma história ruim? Não! Eu lembro que até me divertir lendo, mas foi só isso! Não é uma história memorável que você vá usar como referência pra nada ou servir de indicação pra algum amigo. Aliás,todas as graphic novels que saíram pelo selo Marvel OGN caem nesse mesmo quesito, sendo que algumas são só RUINS MESMO, como é o caso de Vingadores: Guerra Sem Fim. Os motivos pra eu adquiri-la foram 2 apenas. 1- o preço de R$15,00 no meu tão amado stand do shopping,  e 2- os desenhos do senhor Jerome Opeña, que são ÓTIMOS!

Jerome Opeña já havia mostrado todo seu talento no que é considerado uma das melhores fases da X-Force, publicada em 2010 nos EUA e no Brasil a partir de X-Men Extra Nº120 de 2011. Eu confesso que só li essa primeira edição mas havia achado os desenhos do cara destruidores. Em Vingadores: Ira de Ultron, ele chega chutando bundas de novo, e se a história não é memorável, a arte certamente o é! O único ponto que pode-se dizer negativo sobre a arte da HQ é que Opeña acaba sendo substituído durante algumas poucas páginas por Pepe Larraz que, apesar de não ter um desenho ruim, tem um traço bem inferior ao de Opeña. Não prejudica o todo, mas se sente a mudança.

Arte de Pepe Larraz

Arte de Jerome Opeña

Como eu já disse, encontrei essa HQ no stand do shopping, só que ela fez parte de uma série de títulos que passaram rápido por esse stand e nunca mais foram vistas novamente. E, como eu também já disse, não lembro muito da história, mas lembro que tem bons momentos envolvendo a questão de “paternidade” de Hank Pym com relação ao Ultron. Agora que a reencontrei acidentalmente, acho que vou reler. Se indico mesmo com uma memória tão vaga? Se você também encontrar baratinho, sim! É uma aventura descompromissada e divertida, disso eu lembro bem.

Nota:7,5 (uma nota justa, creio eu, pra algo que não é memorável. Mas quem disse que todo produto de entretenimento precisa ser?)