Punho de Ferro: A Arma Viva

Encadernado novo na praça, galera!Marvel_IronFist_1

Pois é, com a iniciativa Marvel Now, além dos anúncios de séries pela Netflix, o artista marcial da Marvel que vale ganhou uma nova revista solo, com roteiro e desenhos de Kaare Andrews. E será que presta?

Na trama, Daniel Rand está em uma péssima  fase de sua vida. Depois da revelação pública de sua identidade secreta e a destruição da torre Rand (que ocorreram lá na excelente fase com roteiros do Brubaker), a vida do playboy, milionário e filantropo é apenas uma sucessão de dias vazios e sem sentido, rodeados por gente vazia e sem sentido. Pesadelos com a morte de seus pais no Himalaia e seus amigos são constantes.

Um dia, como deve ser comum na sua vida, o apartamento onde mora é atacado por ninjas zumbis cibernéticos. Diferente das outras vezes, o alvo não é Daniel, e sim uma garotinha que estava indo de Kun Lun ao encontro do herói e protetor da mística cidade. Corta pra cidade.

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E Kun Lun está ocorrendo a celebração do sacrifício, em que a dragão Shou Lao morre para que seu chi seja fonte de proteção e prosperidade da cidade. Outra alteração que permaneceu dos dias de Ed Brubaker, o Yu-Ti, governante da cidade, não é mais Nu An (que era corrupto, simplificando) e sim Lei Kung, o antigo Trovejante, título dado ao treinador dos guerreiros que se tornam o Punho de Ferro. A Trovejante atual é Pardal, filha de Lei Kung (uma quebra das tradições que impediam as mulheres de Kun Lun de lutarem) e irmã de Davos, a Serpente de Aço, o pior inimigo de Daniel. E é aí que as coisas vão para a merda.

Davos nunca se conformou por não ter se transformado no Punho de Ferro e muito menos por essa honra ter ficado nas mão de um forasteiro. Inúmeras vezes a Serpente de Aço tramou contra a vida de Rand e de seus amigos, mas dessa vez toda a Kun Lun está em perigo de desaparecer. E a resenha acaba aqui, com o menor número de spoilers que eu consegui colocar.

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Confesso que comprei enganado esse encadernado. Pensei que fosse uma republicação da fase de Ed Brubaker e David Aja, a qual sou fã. Quanto à revista em si, poderia ser melhor, tanto roteiro quanto desenhos. A única coisa que conheço (além dessa revista) escrita e desenhada por Kaare Andrews é Homem Aranha: Postedade, que eu gosto, mesmo reconhecendo que é uma porcaria de história. Kaare parece tentar imitar a fase Cavaleiro das Trevas de Frank Miller, é inegável a influência do mesmo em seus desenhos.

Depois de uma fase tão bem escrita e de certa forma bastante divertida, essa pegada mais dark não me desceu muito bem. Ainda vou comprar os próximos volumes (já que sou fã do personagem) e ainda estou empolgado para ver o desfecho dessa história, mas esse não é o tipo de revista que eu  recomendaria para se conhecer o personagem. Em relação ao encadernado, ele segue o padrão que a Panini adotou com as histórias do Demolidor, 6 histórias, R$19,90, capa cartonada fosca.

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Godoka
21/10/2015