Psone – Colony Wars
Não se faz guerra nas estrelas. São muito quentes pra isso.
Nos idos tempos do Ps1, a Psygnosis fez uma excelente série de 3 jogos chamada Colony Wars.
Inspirada em clássicos do passado como Wing Commander, o jogador assume o controle de um caça espacial no meio de uma guerra, com várias missões a cumprir.
Os jogos tem em comum parte da estrutura. Você começa com uma naveta requenguela e vai adquirindo modelos melhores conforme passam as missões. Há uma historia rolando, algumas cutscenes e o final.
As tais Colony Wars são justamente a luta das colônias nos planetas da League of Free Worlds (Liga dos Mundos Livres) contra a dominação da Terra, representada pela Colonial Navy (Armada Colonial).
No primeiro jogo, você assume o controle de um piloto da Liga. A Liga está contra as cordas, mas planejando uma nova ofensiva. Então é invadir territorio imperial, roubar tecnologia e tals para conseguir virar o jogo.
O segundo jogo, Colony Wars Vengeance, inverte o ponto de vista, onde você é Mertens, um piloto da Armada. Esse jogo se passa, aparentemente, pouco mais de cem anos depois do primeiro. A Liga venceu. Ou quase. Um ataque final à Terra teria sido extremamente custoso, então decidiram fechar o portal para o hiperespaço do sistema solar da Terra, isolando o Sistema Sol.
Os planetas se voltaram uns contra os outros, lutando pelos poucos recursos restantes, mas agora, um líder carismático, Kron reergueu a Armada, pacificou os planetas e está preparado para reabrir o hiperportal e buscar a vingança contra a Liga. O jogo tem uma carga politica muito forte durante as cutscenes.
Vengeance tem vários finais, baseado em sua performance em algumas missões. De fato, é possível avançar mesmo sendo derrotado, pois o piloto é ejetado. Nesse caso, você é encaminhado para uma missão diferente da que seria se houvesse cumprido a anterior. E só há um good end. Nos outros, uma vasta variedade de merdas acontecem.
O terceiro jogo, Colony Wars Red Sun, se passa ao mesmo tempo de Vengance, mas no lado da Liga. Mas o seu personagem, Valdemar, não poderia se importar menos com a briga entre a Armada e a Liga, já que é um mercenário. Esse jogo difere bastante dos outros no sentido de mostrar presença alienígena, relativamente comum. Nos anteriores, a impressão passada é que só haviam humanos.
A historia vai mais para a ficção fantástica, já que o personagem é guiado por estranhos sonhos que podem ter relação com uma nova e imensa nave de combate alienígena, a Red Sun.
Os controles são parecidos nos jogos. Há a aceleração, a ré e o turbo. O turbo recarrega automaticamente depois de um tempo. É preciso primeiro derrubar os escudos da nave inimiga e depois danifica-la. Cada nave é equipada com um tipo de míssil para cada situação e da mesma forma, um tipo de disparo. Atirar com o canhão anti fuselagem contra os escudos é inútil e vice versa.
A sua nave também tem a mesma proteção. Os escudos se recarregam automaticamente e a velocidade que isso ocorre depende do modelo da nave. O fato é que isso acontece com os inimigos também então você vai estar constantemente trocando os disparos.
Uma diferença do terceiro jogo é que, como mercenário, você tem que comprar suas naves, armamento e munição. Há uma boa variedade para escolher.
Há uma boa variedade de missões, desde busca e destruição, resgate, infiltração até as sempre odiadas missões de escolta. O combate é simples. Localize os inimigos, derrube os escudos deles e depois destrua sua fuselagem. Caças vão ser sua principal preocupação, mas ocasionalmente serão destroiers, cruzadores, estações espaciais e alvos em terra. E quaisquer das naves maiores podem acabar com sua raça em poucos segundos.
Os gráficos são bons para os padrões do PS1, mas nada muito espetacular. Agora três coisas se destacam. A trilha sonora é ducaralho. A história é durabo e as lutas, os dogfights são dusacco. Então é um jogaço da porra.
É uma puta série legal, de um estilo que praticamente morreu naquela época. Quando vi que ia sair um novo Wing Commander fiquei animadão e ia morrer uma grana para ajudar no Kickstarter. Só que já se passaram vários anos e mais de 70 milhões de dólares e nada ainda.
Então vou continuar com Colony Wars, que foi realmente ficou pronto.
Segue a abertura foda de Colony Wars Vengeance
https://www.youtube.com/watch?v=d7dijJ30yBU