Primal – por Zweist

Rosnado. Grunhido.

Vamos deixar uma coisa bem clara. Genndy Tartakovsky é o ultimo dos grandes diretores de animação nos EUA.  Há outros nomes por aí, mas nenhum que chege ao seu patamar.

Então, quando o homem anuncia que vai fazer alguma coisa, convém prestar atenção.

É o cara que conseguiu fazer Hotel Transilvania ser viável. Eu queria muito que ele tivesse conseguido fazer o Popeye…

Mas enfim. Depois de encerrar a saga de Samurai Jack e ficar fazendo os já mencionados Hotel Transilvania, ele resolveu dar sua visão para o velho desenho DinoBoy.

 

 

Ah, qualé?

O protagonista do novo desenho é claramente uma versão Tartakovskiscada do Ugh. Com um teropode como companheiro/montaria ao invés do sauropode. E sem o menino. Ainda bem.

O que ganhamos trocando um velho desenho da Hanna Barbera por Genndy Tartakovsky trampando por conta propria?

Em primeiro lugar, muito sangue. O treco é brutal e não alivia nada para contar uma historia em um mundo ficticio onde humanos e dinossauros conviviam.

 

 

Depois, as famosas historias de Genndy Tartakovsky sem dialogos. O que faz absoluto sentido, já que o dinossauro, Presa, naturalmente não fala, e o homem, Lança, não desenvolveu linguagem para alem de urros.

Os caminhos de ambos se cruzam depois que a familia de Lança e morta e devorada por uma matilha de sauropodes, que parecem Ceratosauros. Lança passa a vagar sem rumo até encontrar outra familia, uma femea, Presa e seus dois filhotes, que parecem ser alossauros. Pelo menos no tamanho.

Devido a como os fatos se desenrolam, Lança e Presa passam a viajar juntos pela Terra primitiva.

 

 

Ah sim. Por favor. É fantasia. Sabemos que humanos e dinossauros não conviviam, nem que morcegos não tinham aquele tamanho todo e os mamutes na verdade eram menores que elefantes africanos modernos. Ninguém vai te achar inteligentão por ficar apontando isso.

Foi um recado bem especifico.

Com apenas cinco capitulos (os proximos cinco serão lançados em 2020), Primal faz juz ao seu nome, é primitivo, e brutal.

Tartakovsky mostra que conhece de direção de animação como poucos e faz um exito que poucos na atmosfera superior da animação se arriscariam a fazer, contar uma historia sem dialogos.

Mas isso é algo que esse cara domina, desde O Laboratorio de Dexter ele já fazia um ou outro episodio mudo, algo que passou a fazer com muito mais frequencia em Samurai Jack.

Como disse antes, são apenas cinco episodios que passam terrivelmente rápido, então não há desculpas para não ter assistido ainda.