Precisamos falar sobre falar sobre o caso Logan Paul e a importância das coisas na internet
Sério… eu não sei qual título colocar nisso aqui. Não me julguem.
Feliz 2018, gente!!!!!!!
Eu não queria começar o ano assim, mas eu comecei. Eu sou uma pessoa horrível, eu sei.
Eu não estava sabendo disso até 20 minutos atrás (comecei escrever isso às 14:20, por sinal) e é uma coisa que eu quero falar faz tempo, então vou aproveitar a deixa.
Bom… Para quem, igual eu, não sabe, Logan Paul é um Youtuber gigante (que eu não conhecia). Isso não é um problema (até é, mas eu falo sobre isso mais pra frente… prometo), o negócio é que ele subiu um vlog em que está andando pela floresta em que uma galera do Japão comete suicídio (certamente vocês já ouviram falar dela, é a Suicide Forest) e encontra um corpo pendurado.
Eu não sei quando o video foi pro ar e nem consegui ver ele na íntegra, no máximo encontrei uns re-uploads e videos com cenas pontuais e pessoas comentando, então já não sou o melhor exemplo quanto à isso, mas eu também nem fiz questão de procurar. Não preciso disso.
Enfim, como era de se esperar, a internet saiu crucificando o rapaz (com total razão, inclusive), o que não diminui o que ele fez. Não que seja por maldade, nem por sensacionalismo, nem por qualquer outra coisa. O problema aqui é: Ser uma pessoa pública não te torna imune às coisas.
Deixa eu elaborar isso melhor:
Suicídio é um problema sério. Seríssimo. As causas que levam às pessoas a cometer suicídio (seja lá quais forem, não sou estudado o suficiente para falar isso com propriedade alguma) são importantes e não podem ser trivializadas. Ponto.
Ser uma pessoa famosa ou ter um canal com 15 milhões de inscritos, em que um video atinge pelo menos umas 4 milhões de pessoas (eu vi alguns vários que tinham entre 6 e 10 milhões de views), não justifica que você pode falar o que quiser ou fazer o que bem entende. É claro que ele é só mais um cidadão normal e tem o direito de falar o que bem entender, ou de estar errado, mas isso só implica que ele tem que pensar 20 vezes antes de fazer aquilo que ele quer fazer. É preciso lembrar que o que é falado atinge milhões de pessoas, o que deveria ser suficiente para inibir esse tipo de coisa.
Posso passar para o nosso lado. Nós somos um site super pequeno, o que também não tira a importância do que fazemos ou falamos. De um tempo (alguns anos, sendo sincero), eu ando me policiando muito sobre o que eu falo ou, mais importante, como eu falo. É claro que as coisas escapam, o que não me torna melhor, além de eu estar aberto para discussões sobre isso. Inclusive (é a primeira vez que estou falando sobre isso, não tenho certeza se falei para o pessoal do site em si) é por isso que não gosto do podcast de gordos. Eu editei bastante coisa (que ficaram fora daquele extra que foi postado), mas não me senti confortável com o assunto e a direção que aquilo tomou.
Eu sei que fiz muitas coisas duvidosas no meu passado recente e espero que as pessoas ouçam e discutam sobre isso (se não for publicamente, pode ser diretamente comigo), mas eu me sinto bem em pensar que mudei muito da forma que eu pensava. Não é uma diminuição do que eu fiz, mas eu acho importante poder falar sobre e abraçar abertamente a ideia de que a gente pode ser alguém melhor se pararmos pra corrigir essas “pequenas” coisas.
Então… voltando pro assunto do post, eu dei essa volta toda pra falar que somos suscetíveis à erros. Não, nós erramos! O cenário ideal é não soltar esse tipo de coisa, mas sempre devemos nos preocupar com o alcance que temos, afinal mesmo que o nosso alcance seja minúsculo, ainda atingimos pessoas, seja falando sobre o político X ou Y no Facebook, idolatrando a ideologia Z em videos do Youtube ou incentivando o ator W com as ações malucas dele no Twitter. Tudo tem uma repercussão e nós levamos isso MUITO mais levianamente do que deveríamos.
O que eu queria dizer, no final desse desabafo todo, é que precisamos pensar 10 vezes como indivíduos e 50 vezes vezes como “avatares” da internet ao falar qualquer coisa. Não porque precisamos de pessoas mais chatas ou menos engajadas, mas porque precisamos de pessoas mais conscientes e que entendam o alcance das opiniões delas. Afinal, se nós não começarmos a tornar o nosso mundo melhor, quem vai fazer isso?
Me deixem saber o que vocês pensam sobre essas questão de trivialização das coisas por estarmos na internet. E por favor (por favor, por favor, por favor mesmo) nos falem quando acharem que estamos fazendo algo errado ou que, de alguma forma, te incomodaram.
<3