Post dos Amiches – Wild Cards por Coruja
Ae galera, nosso Amiche Coruja mandou uma ótima resenha de Wild Cards do George R.R. Martin
Faaaaaaaaaala galerinha amika! Tudo na paz? Curtindo as vibes boas da vida? Bom, depois dessa entrada estilo tiozão Juba & Lula, vamos ao que interessa. Vamos falar de coisa boa? VAMOS FALAR DA NOVA TEK… Não, pera lá! Não era isso. Não criançada mutcho loka, Tio Coruja, está aqui com uma missão diferente. Vamos falar de Wild Cards.
Bom, imagino que a maioria aqui dos amiches aqui, já leram, “As Crônicas de Gelo & Fogo” ou pelo menos já assistiram a série da HBO, “Game Of Thrones”. Então imagino que o nome George R.R. Martin, já seja conhecido de vocês. Mas não só disso vive o nome não-tão-bom-velhinho. Talvez meu caro, mancebo criado a leite com pera e ovomaltino na Bat-Caverna não saiba, mas Mr. Martin é um grande amiche da cultura nerd. Além de gordo (Churrumino orgulha), usar boina (Flammer pira no estilo) e usar suspensório ( AE E E O Ô Ô Ô), o velhote joga RPG. Nos anos 80, ele e um grupo de amigos costumavam jogar GURPS, um sistema que permitia criar cenários envolvendo superseres, no melhor estilo Marvel ou DC ( ambas conhecidas hoje como “OOOO MAAAALLL”). Esses amiches, chegaram em momento que de indecisão: “Ou a gente para com essa porra e arruma um trabalho, ou começamos a ganhar dinheiro com isso.”
Mais ou menos como o Evandro tenta fazer todo mês, mas não dá certo. Então eles passaram a criar contos nesse mesmo cenário e compilar em livros, com a edição e supervisão do tio Martin. Atualmente já se tem 22 livros dessa série ( e eu sou um verme e vou adquirir todos eles, ao invés de simplesmente investir em outra coisa como agregar valor ao camarote). Mas vamos a estória.
Em 1946, com o mundo ainda se acostumando as mudanças do pós-guerra e com as pessoas tentando se reencontrar em um mundo marcado pela dor e confusão recebemos uma inusitada visita. O primeiro alienígena a se apresentar a humanidade: Dr. Tachyon (na verdade esse é o apelido que ele ganhou, devido a ter um puta nome estranho, tipo Elisroberto Ponciano Júnior). O bom doutor, veio nos avisar que seus compatriotas se encontram numa guerra civil e como o DNA humano é muito similar ao deles, na maior traíragem, mandaram um vírus mutagênico pra terra. Pois esse vírus tem o a capacidade de dar superpoderes a quem sobreviver. Claro que isso em proporção muito pequena, milhares morreriam e muitos outros se tornariam coisas bizarras e sinistras (tipo o Bruno Henrique depois de uma bad trip), mas eles estavam pouco era se lixando. O negócio era só pra testar em nós e corrigir as falhas. Como o nosso amiche ficou com peninha ele veio tentar nos ajudar. Mas o governo como sempre erra e caga pro nosso amiche e acaba dando merda e o vírus é liberado em plena Nova York. Com isso vemos o surgimento de dois tipos de novos indivíduos no mundo e como eles vão influenciando a cultura pop e a própria sociedade.
Por ser muito na sorte, o que acontece com os contaminados, o vírus acabou ganhando o apelido “Cartas Selvagens”. Enquanto a parcela da população que sofreu terríveis mutações físicas, ficando deformados e grotescos ganharam o nome informal de “curingas”, enquanto aqueles pouquíssimos que tiveram sorte de apenas ganhar poderes, se tornaram os famosos “Ás”. Sem contar os “dois de paus” os Buchas que ganham poderes risíveis, tipo falar com plantas, ver em infravermelho ou fazer bolinhas de ouro.
O primeiro Livro, que já saiu no Brasil, chamado “Como tudo começou”, conta esses primeiros anos. O antes do vírus, o momento da contaminação e com suas consequências afetaram os USA, até a década de 80. O livro é uma colcha de retalhos de pontos de vista. Cada conto, com seus próprios personagens, cada um tentando lidar com suas cartas. Sempre primando pela humanidade das ações dos personagens. Ninguém é puramente mocinho ou vilão. Temos bandidos de bom coração como Croyd, o dorminhoco. Que cada vez que dorme por semanas, acorda com um corpo e poderes diferentes, podendo tanto acordar como ás ou curinga. Tanto que ele usa metanfetamina para não dormir ( Eisenberg sorri de algum lugar) e usa o dinheiro pra sobreviver e usar sua família.
Temos a doce e careta Jennifer, que atravessa paredes, numa noite muito louca. O crises sociais nos anos 70 no bairro dos curingas. Brigas em universidades no final dos anos 60. Caça aos comunas e ases nos anos 50 e o combate ao crime com o Tartaruga e o Sombra. Construindo assim, através dos olhos dos seus personagens um mundo muito parecido com o nosso, mas totalmente diferente.
Se permitem a heresia, pra mim Wild Cards, é pros mutantes da Marvel, aquilo que Watchmen é para os super-heróis. E talvez um grande chupa, pra Heroes (o seriezinha que decepcionou). Então, amiche se tiver a sorte de poder ler, está obra, leia sem demora. A Leya tem previsão de lançar os volumes dois e três agora em novembro. E boa sorte com a carta que tirar.
Quer mandar alguma resenha, conto, ilustração para nós, contato@superamiches.com