Paranoid – Por Thomas Grotto
10 razões para você assistir Paranoid.
Esse mês estreou na Netflix a série britânica Paranoid. Eu como amante do sotaque da terra da rainha não resisti a assistir e vim enaltecer e defender essa série junto aos nossos três leitores (beijo mãe!).
Segue abaixo uma lista de 10 razões (livres de spoliers) para você assistir ao show:
O plot do show
A série é sobre a investigação conduzida pela polícia de uma pacata cidade após uma médica ser assassinada a facadas em uma pracinha infantil. Mas não se engane, não é história tipo CSI, esse assassinato é apenas o ponto de partida para uma trama muito maior.
A linguagem Britânica
A série foi desenvolvida pela ITV para ser uma espécie de mini-série do canal. Não há qualquer confirmação de uma segunda temporada e nem de longe isso significa que o show é ruim, eles apenas não se preocupam com o projeto ter longevidade, não há essa expectativa na história e, por mais que fique a vontade de ver mais, isso não significa que essa vontade será atendida. Além disso, os personagens possuem a objetividade e aspereza comum dos Ingleses e isso resulta em um programa ágil e envolvente.
Indira Varma
Uma das personagens principais da série é interpretada por Indira Varma, e sim, você está reconhecendo ela de Game of Thrones. Mas é muito legal ver como uma atriz espetacular (beijo 3%) consegue interpretar diferentes facetas de uma personagem. Ela é uma policial que possui uma agressividade exterior mas que convence muito quando apresenta um lado mais sensível/frágil. E é linda de mais, né amores?
Estou questionando minha homossexualidade.
O subtexto dos personagens
Certamente estamos diante de um show que não é superficial. Os personagens possuem mistérios particulares, inseguranças, medos, defeitos, qualidades e certamente uma coerência nas suas atitudes.
Quakerismo
Somos apresentados no programa a uma religião/seita chamada quakerismo. Não, eu não me converti vendo a série, mas a presença dessa fé sem ser a salvadora da humanidade (cof, cof, Record) nem sendo a origem de todo o mal, apenas como algo que alguns personagens usam para viver uma vida melhor é bem agradável e diferente do que é apresentado na grande mídia.
Bobby Day
Sabe, uma coisa que incomoda muitas vezes quando vejo séries policias norte americanas é a persistência e força inabalável dos mocinhos. Em Paranoid é praticamente o oposto, especialmente no caso de Bobby Day, um policial visivelmente cansado e que tem ataques de pânico no decorrer da história, além de uma cena foda de onde ele se mostra… covarde, por falta de palavra melhor, mas que é totalmente coerente com o personagem. Méritos para Robert Glenister que consegue entregar tudo isso sem ser caricato.
Não se engane por essa carinha de Lima Duarte. Esse ator é foda!
Trama internacional
Paranoid envolve uma trama que se passa na Europa, onde países inteiros são do tamanho de estados brasileiros. E isso é incorporado à trama com partes da história se desenvolvendo na Alemanha e nos apresentando uma dupla de policiais fantásticos, formada por uma mãe de família bem liberal/empática e um policial gay que serve de alívio cômico sem utilizar nenhum cliché (nem gay-afetado nem gay-hétero-que-chupa-os-amigos-na-parceria).
Não sei por que, mas essa policial é foda.
Igualdade dos gêneros
A série consegue não ser machista sem ter nenhum momento politicamente correto ou discurso inflamado sobre mulheres fortes na polícia. Vemos pessoas de ambos os gêneros nas mais diferentes funções e posições sem que isso chame a atenção ou ainda prejudique a história.
Dino Fetscher
No show somos apresentados ao policial Alec, interpretado por Dino Fetscher, que além de ser um personagem fofo é… muito lindo!
Lindo!
Muito lindo!
Já não questiono mais minha homossexualidade!
Saúde mental e ética
A série aborda um assunto muito interessante que é a saúde mental e as questões éticas dos profissionais e empresas que trabalham nessa área. Somos apresentados a situações onde profissionais abusam do poder que adquirem sob seus pacientes de terapia bom como a questionamentos sobre a utilização indiscriminada de tratamentos medicamentosos.
Quer mais informações antes de ver? Dá o play no trailer abaixo.
Nota: 9.