Para Ouvir Antes de Morrer – Ghost

Mamilos!ghost

O SA é composto por pessoas de idades, locais, experiências pessoais e. consequentemente, gostos diferentes. E isso é bom, afinal, toda unanimidade é burra, na minha opinião. Por mais que as preferências musicais se assemelhem na superfície, divergências são comuns e mais que bem vindas.

Por que eu escrevi isto antes de escrever sobre a banda? Simples, minha primeira audição de uma música da banda sueca Ghost foi logo acompanhada da opinião pejorativa de um dos membros do site. Não preciso falar que a conversa terminou em um impasse, afinal, quem gosta de Jack Johnson não tem envergadura moral pra falar que algo é ruim (mais uma vez, é só a minha opinião).

https://www.youtube.com/watch?v=6l2FEHr_Yzg

Em relação à banda, não  tenho muito sobre o que escrever além do fato de para mim ter sido uma grata e nostálgica surpresa. Sim, nostálgica, pois suas músicas tem influência fortíssima no metal dos anos 70, principalmente Mercyful Fate e Blue Oyster Cult, duas bandas as quais sou fã desde a época em que tinha cabelo. Inclusive o processo de gravação e pós produção remontam a esse período prolífica da música pesada.

Com um visual extremamente chamativo e impactante, e suas músicas que abordam em grande quantidade temas relacionados ao ocultismo e satanismo, a banda pode parecer um show de horrores que falhou miseravelmente em incutir alguma dose de medo em seus ouvintes. E de certa forma é pra ser assim mesmo, apenas um show de horrores, deixe o satanismo de verdade para as criancinhas.

O  grupo que até o momento possui dois álbuns de estúdio ( Opus Eponymous de 2010 e Infestissumam de 2013), é capitaneada pela figura enigmática que atende pela alcunha de Papa Emeritus, e todos os outros membros são conhecidos apenas como Nameless Ghouls, atendendo cada um por um símbolo alquímico. No momento o vocalista é o Papa Emeritus II, e pelo que parece a cada disco um papa novo assume a banda. Apesar da troca de nome e roupas, os integrantes continuam sendo os mesmos.

Sempre que uma banda se destaca no cenário do rock e metal, ela é logo chamada de salvadora do gênero. Salvadora de um estilo que não precisa ser salva. Com o Ghost não foi diferente, uma pena, pois cria-se uma expectativa que banda nenhuma deveria ter que cumprir. A banda é maravilhosa, as músicas são sensacionais, mas acaba por aí. Não espere a reinvenção da roda, pois a proposta é justamente fazer o que já  foi  feito e não precisa ser mudado. No final, se você é fã dos já citados Mercyful ou Oyster, além de Sabbath, Coven, King Diamond e afins, corra atrás. Pode ser que você venha a amar ou odiar, a única opção não válida é deixar de conhecer.