Paprika
Paprika é um anime de 2006 baseado no livro homônimo do Yasutaka Tsutsui. Na trama, um laboratório de pesquisas em psiquiatria desenvolve um aparelho capaz de conectar os sonhos das pessoas que o estiverem usando. Não apenas isso, os sonhos podem ser gravados e as pessoas podem interagir umas no sonho das outras. O problema ocorre justamente quando três protótipos são roubados do laboratório, se tornando uma grave ameaça, pois esse tipo de aparelho na mão erradas podem tanto ser usados para inserir ideias nas mentes do outras pessoas quanto fazer com que as pessoas percam a noção do que é real e do que é sonho.
Entre os pesquisadores, uma das principais que encabeça a equipe é a Doutora Atsuki Chiba. Atsuki estava trabalhando em uma pesquisa a parte e sem autorização, e para não sofrer com os efeitos por exposição prolongada ao uso do aparelho acabou por criar um alter ego completamente destoante de sua personalidade chamada Paprika. A sinopse acaba aqui para evitar os spoilers.
Cara, que filme foda! Esse é um daqueles que todo mundo me falava pra assistir e eu enrolava, mas quando eu finalmente assisto bate aquele arrependimento de não ter assistido antes. A história é até bem simples, mas a maneira que é contada é do caralho. A partir de um certo ponto eu não fazia ideia de quando havia começado o sonho e quando era realidade. E falando em sonho, puta que pariu, é aí que o fato de ser um anime ajuda muito na trama, pois não existem barreiras com efeitos especiais e o escambau, então a lisergia e a falta de noção rolam soltas.
Em termos técnicos, a animação é muito bonita, muito bem detalhada e trabalhada, assim como a trilha sonora, só que essa não me impressionou tanto quanto outras animações, como Akira ou Ghost In The Shell (que em breve vai ganhar uma resenha).
Agora, uma breve polêmica. Essa animação é de 2006, e é baseada em um livro. O filme A Origem, de Crhistopher Nolan (o superestimado) é se 2010 e aborda o mesmo tema, contando uma história menos épica, porém com os mesmos elementos: máquina dos sonhos, inserção de ideias, perda da noção de limites sonho\realidade. Entre as duas tem uma diferença importante, eu tentei reassistir A Origem esses dias e não consegui. Mesmo considerando-o um puta filme, a mania do Nolan de querer explicar os detalhes da trama a cada 5 minutos o torna meio maçante se você já assistiu. Já em relação a Paprika, pretendo assistir novamente o mais breve possível, com mais calma pra ver se deixei de notar algo.