Pacific Rim A Revolta
Para quem pensou que esse dia nunca chegaria.
Pacific Rim foi um daqueles filmes salvos pelo mercado externo aos EUA. Foi o mercado chinês que praticamente garantiu a existencia dessa sequencia.
E foi bom isso? Vejemos.
A historia se passa bem uns dez anos depois do fim da guerra Kaiju. Os Jaegers continuam sendo desenvolvidos por precausão principalmente, mas partes de sua tecnologia se tornaram publicos, o que gera pessoas tentando construir seu proprio Jaeger.
Jake Pentecost (John Boyega) é o filho do fodão Stacker Pentecost (Idris Elba) e vive adquirindo peças de Jaeger de modo não tributado e vendendo para pessoas igualmente intributáveis.
Nessas as coisas dão errado e em sua fuga ele encontra Amara (Cailee Spaeny), que construiu um mini Jaeger com peças velhas. Os dois acabam sendo capturados por um Jaeger de verdade e Jake tem a escolha de se realistar como instrutor de pilotos ou puxar uma cadeia, mais ou menos como aconteceu com o Mahoney em Loucademia de Policia.
Mas é aqui que o filme começa a mostrar suas fraquezas. Ao invés do interessante grupo de pessoas que Mahoney encontra na Academia, Jake se vê cercado de personagens unidimencionais e em resumo, chatos. Não dá para guardar de cabeça o nome de nenhum deles. Esqueciveis ao extremo. Aquela coisa das partes com os humanos serem quase dispensáveis no primeiro filme é ainda pior aqui.
Não vou me incomodar em avisar de spoilers, pois o filme não pode ficar mais jogadão. Lembram aquele cientista que se une ao cerebro do Kaiju? Não o guerreirinho, o outro. Ele passa a trabalhar para uma empresa privada, dirijida pelo sonho que é Jing Tian, que está construindo Jaegers pilotados remotamente, como drones, e foi mais afetado pela união mental com o Kaiju do que parecia.
Desta vez quem dirige é Steven S. DeKnight e Guillermo del Toro fica como produtor da coisa, e foi o primeiro filme dirigido por DeKnight.
O que é perceptivel. É dolorosamente claro que o filme precisava de um diretor melhor, alguém capaz de ir além do arroz com feijão.
Não é em absoluto ruim. Mas é terrivelmente meh, não sendo capaz de transmitir a empolgação do primeiro filme, com sequencias de ação pouco inspiradas e apenas uma ou outra mais emocionante, sejam contra Kaiju sejam entre Jaegers.
O roteiro básico também tem algumas coisas que parecem ter sido tiradas da bunda do cara que escreveu e meio que invalidam os ataques dos kaiju, fora alguns momentos realmente de cair o cu da bunda, fora que o surgimento de Jake só aumenta as semelhanças com Evangelion.
As referencias ao universo dos animes de mecha continuam, como a revelação de que os Kaijus estavam procurando um metal raro encontrado apenas no monte Fuji, à semelhança ao metal que compõe o corpo do MAZINGER ZEEETOOOOO em várias das versões do desenho.
Falando nos mechas. Achei uma ligeira piora em relação ao primeiro filme também. O visual perdeu um pouco do “peso” das máquinas, por terem em geral ficado mais esguias, e ainda mais parecidos com as Unidade Eva. Mas não são de todo ruins, só que parecem mais “genericas”, variações do Coyote Tango e do Gipsy Danger.
Mais uma coisa. Que caralhos de arma é aquela do Bracer Phoenix? Uma bola com espinhos? Não porra! NÃO! Está errado.
Há apenas um equipamento de construção fodão o bastante para ser usado como arma em mechas de respeito.
Embora o Gipsy Avenger tenha recebido um Rocket Punch e ampliado seu BREEASTO FIIIRAAA!!!, o que é positivo.
Resumindo. Não é um filme absolutamente ruim, mas está perigosamente perto de ser. Embora eu estivesse bastante na sede dessa continuação, cada noticia dela me fazia repensar essa atitude, como saída de Del Toro da direção e a escalação do John Boyega para o papel do filho do Idris Elba. É um cara que não tem moral e capacidade fodacionar de ser sequer o amigo do primo do sujeito que vendia churros para o diretor de uma escola onde o Idris Elba passou na frente uma vez.
No entanto ele consegue alguns pontos de redenção, ao dizer para um cara “você não tem ideia de quem diabos eu sou” e fazer um discurso dizendo para seus aliados confiarem em si mesmos.
De toda forma até rola de assistir, mas só de graça e num dia de tédio.