Old Boy

O Mangá.

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Essa é a primeira vez que escrevo sobre  um mangá aqui no site? Provavelmente sim. Mesmo sabendo que tem bastante coisa legal por aí, não me interesso muito. Mas eis que um dia a Sampa anuncia o lançamento aqui no Brasil de um mangá que serviu de base para um dos meus filmes favoritos e logicamente eu não podia deixar  pra lá. Só que nem tudo são rosas, amiches.

Por algum motivo (falência? logística? pau no cuzismo?) a editora deu uma pausa nos lançamentos, o que acabou jogando um belo balde de água fria em vosso humilde redator, pois logo depois me mudei de cidade, voltando para minha maravilhosa e sem livraria terra natal, e caçar quadrinho em banca era uma prática até então não praticada por mim. O tempo passa, o tempo voa, e a Poupança Bamenrindus continua numa boa e a Sampa resolve lançar os encalhes de três anos atrás, o que me levou a comprar as quatro últimas edições que faltavam para completar a leitura.

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E outro banho de água fria.

Como dito no primeiro parágrafo, o filme sul coreano homônimo de 2003 dirigido por Park Chan-wook é um dos meus favoritos, logo as minhas expectativas em relação à obra de Nobuaki Minegishi e Garon Tsuchiya estavam realmente altas. Só que, apesar do plot inicial ser o mesmo, as semelhanças aparentam acabar por aqui. O mangá vai por uma linha um tanto mais tradicional e realista, mesmo com os absurdos pipocando aqui e ali. Toda aquela loucura que dá o tom e o charme ao filme não se fazem presentes no mangá.

Gotou é mais sombrio e centrado que o descontrolado Oh Dae-su, assim como as motivações de Dohjima são mais poéticas e bem menos convincentes que as de Lee Woo-jin, a contraparte vilanesca cinematográfica. O desenvolvimento possui bom andamento e não enrola demais, mas o final do mangá é tão anticlimático que você pode acabar esquecendo que acabou de ler  uma história bem escrita.

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A edição  da Sampa é  um cocô à parte. Páginas descolando, papel de quinta categoria, contracapa saindo devido à péssima cola utilizada, eu realmente estou com medo de reler pra tirar novas conclusões e a edição 5 se esfacelar nas minhas mãos, por exemplo, lamentável. Tanto atraso pra isso?

No final das contas Old Boy é uma boa leitura, mas nada demais. Eu gostei, mas não sei se recomendaria.

Godoka
17/05/2016