O Grande Dragão Branco
Tijolo não revida.
Algumas pessoas podem lembrar de Van Damme como vilão em Retroceder Nunca Render-se Jamais, mas a maioria costuma apontar o Grande Dragão Branco como o primeiro filme do favo belga.
Foi provavelmente onde a sorte dele começou a mudar e o livraria de fazer vilões descartáveis ou ficar suando dentro de protótipos de roupa de alienígena de borracha.
O filme é inspirado na vida de Frank Dux, o primeiro ocidental a vencer o Kumite, um fechado torneio de artes marciais nas Filipinas.
Resumão.
O moleque Frank Dux invade uma casa de um japonês para roubar, é apanhado, mas o velho se apieda dele passa a lhe ensinar artes marciais. Um sujeito de mais azar seria apanhado por um velho tarado disposto a lhe ensinar artes maritais.
Enfim.
O tempo passa e o filho do velho é morto em um acidente e Dux resolve vencer o kumite como homenagem à ele. Por alguma razão o governo não quer que ele vá lá e manda dois sujeitos para traze-lo de volta. Ele faz amizade com um tipo de caminhoneiro de combate, fica amigo de uma jornalista e atrai atenção negativa do Bolo Yeung e suas tetinhas mágicas, que parafraseia Bruce Lee.
Há uma montagem muito legal das lutas e uma música maneira toca . Um cara rouba um dente de ouro arrancado com um chute. Dux quebra o recorde de nocaute mais rápido que era de Chong Li. Chong Li mostra espirito esportivo e quebra o amigo caminhoneiro de Dux com um nocaute.
Dux e Chong Li se enfrentam na final e Chong Li, joga cocainum na cara de Dux, que tem uma trip muito loca e vê o seu mestre lhe dando lições importantes. Por sorte eram justamente sobre lutar com e os olhos fechados e a cabeça cheia de imagens de velhos dando lições importantes.
Então Dux dá um cacete em Chong Li e volta pra casa.
As cenas de luta são legais e parecem um pouco mais naturais e menos coreografadas do que de outros filmes do período. As lutas de, sei lá, O Rei dos Kickboxers são pouco melhores que as dos Power Rangers.
Na época, Van Damme era quase um desconhecido e esse filme e suas numerosas reprises na Sessão da Tarde o tornaram um grande ídolo no Brasil.
O mesmo não aconteceu com Bolo Yuong e seus mamilos dançantes, que continuou fazendo papel de vilão em filmes cada vez piores. Claro, com a cara de demente daquele sujeito não dá para culpar o diretor de elenco ou o agente dele.
Algum tempo atrás Van Damme estava maluco e resolveu que iria fazer uma continuação do filme. Seria um drama onde Frank Dux iria lutar contra o fato de ser um pedofilo.
Compreensivelmente, o verdadeiro Frank Dux ficou pouco entusiasmado com o roteiro e aparentemente se prontificou a conserta-lo e consertar o alinhamento da coluna vertebral de Van Damme no processo. O filme foi então arquivado. O fato de Van Damme ser um bailarino e não um lutador e Frank Dux, mesmo velho, ter faixas pretas em quase tudo pode ter alguma relação com o cancelamento.
O começo do filme é um pouco lento, mas no momento que o kumite começa, aí sim, vale a pena. A trama dos caras do governo querendo levar ele de volta é bastante dispensável e só serve para Van Damme ter a chance de bancar o Axel Fowley pra cima deles.
O Grande Dragão Branco serve como uma boa ponte entre os filmes de “kickboxer” mais tosqueiras, como os estrelados pelo … ou pelo Lorenzo Lamas e os filmes chineses de artes marciais.
E foi homenageado com uma passagem inteira em Apenas Um Show, no episodio da mesa de hockey.
Em tempo, não se tem muita certeza sobre o quanto Frank Dux inventou essa historia toda. As informações nas Filipinas são desencontradas no mínimo e boa parte pode simplesmente ter sido coisa da cabeça dele. Mas isso não importa.
O importante é A VIIBEEE!!!
Fight to Survive do rei das trilhas dos anos 80, Stan Bush.