Algum tempo atrás, as editoras de comics tinham culhoes e não davam atenção para o mimimi de um bando de frags e desocupados.

Então haviam personagens como o Lobo.

Seu nome significa “Aquele que devora suas entranhas e depois arrota” em khundio e sua maior preocupação enquanto caçador de recompensar intergalático é matar, mutilar e destruir. Ele sempre cumpre sua palavra e sempre consegue sua recompensa.
Na verdade, estou perdendo tempo explicando quem é o Lobo. Qualquer um que não conheça ou é um sacripanta filhote de fragg ou um marveco. De toda forma, é um restolho.

Algumas almas abençoadas resolveram adaptar uma historia em particular para um curta metragem e é sensacional. Se o filme do Deadpool tiver metade da sangreira e zoerage desse, será um clássico.

A historia começa com o Homem entrando em um bar barra pesada. O apavorado barman diz que estão lhe esperando na sala dos fundos.
Lá, um enorme coelho antropomórfico está se divertindo com duas garotas. Lobo manda elas ralarem, tira uma casquinha e senta.

O coelho se apresenta como o Coelhinho da Páscoa e tem uma proposta para Lobo. Os outros feriados estão putaços por causa da desleal concorrência do Papai Noel. Como poderiam competir com o Natal, presentes e neve? Eles só tem ovos de chocolate ou árvores de merda.
Então o trato seria simples, eles querem o Homem mate o velho Santa Claus.

Lobo concorda na hora, afinal ele nunca ganhou um presente (considerando que ele começou a matar ao nascer é de imaginar que ele nunca ficou na lista dos bonzinhos).
O passo seguinte é invadir a fábrica no poló norte. Ela é guardada pelos ferozes duendes, criaturas mantidas pequenas por um cuidadoso processo de cruzamento, famintas mas perigosas.

Logo os duendes soam o alarme. O maior dos malvados chegou e está massacrando geral.
Lobo tem pouca dificuldade em passar pelas defesas do lugar e chegar até o centro da fábrica. O lugar parece abandonado. Mas Lobo ouve uma voz e se vira.

Sim é ele mesmo, Kris “O Esmagador” Kringle!

O velho Noel mostra que capturou o Coelhinho da Páscoa e comeu as bolas dele. Sério. E faz uma oferta para Lobo.
O Homem esquece o contrato com o capado Leporideo da Páscoa e recebe uma bolada, e também… um presente. Um globo de neve com golfinhos dentro.
O coração do Lobo fica tocado. Após tantos anos, finalmente ele recebe um presente. Talvez esse possa ser um novo começo.Mas isso só dura alguns segundos. Ele mete uma bala na testa do Papai Noel.

Hoho fucking ho.

A história original tem o roteiro de um dos criadores do Lobo, Keith Giffen (bons tempos da Liga Cômica) e desenhos do cara que tornou o Lobo uma figura reconhecível, o inglês xarope Simon Bisley.
Foi ele, na série clássica O último Czarniano que transformou o Lobo que aparecia nas histórias dos Omega Men no motoqueiro modafóka from hell que todos amam.

Bons tempos que Lobo não tinha que parecer um refugiado albino de Nos Tempos da Brilhantina.

Bisley era um sujeito tão punk que, tempos atrás ficou circulando por uma Comic Con da vida com uma camiseta escrito “Marvel can suck my cock and die.”

O curta foi feito em 2002 com direção de Scott Leberecht contando com o lutador de westrling Andrew Bryniarski como o Lobo.

A produção ficou muito boa. Quer dizer, dado a estranheza do Lobo principalmente. Ele ficou meio cinzento, ao invés do branco dos quadrinhos, o que acabou sendo melhor. O cabelo massarocado, os olhos vermelhos, as presas. E o próprio Bryniarski atuando melhor que se esperaria. Bem, não deve ser dificil ser o Lobo.

Então, nesse natal deixe de assistir o especial do Roberto Carlos e assista essa bela história natalina, que com certeza não traumatizou a Jenny Quantum do Authority.