No fundo do baú – microreviews ou não – parte 1

O passado olha de volta.

 

Durante um bom tempo no fim de ano fiquei sem o computador funcionando. E vários outros aparelhos eletronicos. Mas isso foi a desculpa que eu precisava para dar uma arrumada no meu velho armario de revistas. Entre outras coisas achei alguns que nem lembrava ter e resolvi dividir com vocês meus empoeirados achados.

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Um clááásico. Por pior que pareça, o filme do Tom Cruzes é a adaptação mais fiel ao livro original, por assim dizer. E pior, esse livro, eu arranjei com um zelador de escola que estava jogando fora. Vergonha. Essa é uma das obras consideradas um dos berços da ficçao cientifica. São vários capitulos, divididos entre duas narrativas sobre a invasão dos marcianos à Terra, mas precisamente à Inglaterra no final do século 19. É um puta livro que não merece estar naquela categoria de clássicos que todo mundo fala mas ninguém leu.
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Ranma 1/2 em inglês, comprado aos 45 do segundo tempo em uma feira de livros. É um encadernado de várias edições desde a primeira, acabando na primeira maior derrota do Ryoga. Era incrivelmente dificil achar qualquer material de mangá no país.

 

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Don Quixote é considerado um dos, se não O maior clássico da literatura universal. Devo confessar que gosto muito da primeira parte, nem tanto assim da segunda. É extremamente influente, praticamente um João Gilberto da literatura.

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Incrivelmente tenso esse livro. Dá uma agonia terrivel, esses guris isolados numa ilha, depois que a Inglaterra foi atacada por bombas atomicas. Um avião cheio de meninos, acredito que os mais velhos possam ter uns 13 ou 14 anos, cai em uma ilha deserta e eles passam a se organizar para sobreviver e sinalizar para um resgate.

 

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Isaac Azimov foi um dos mais prolificos e respeitados escritores do século passado e com toda razão. O cara, além de um ótimo escritor de ficção escreveu sobre praticamente todos os ramos da ciencia, com autoridade. Fundação, embora não seja a mais conhecida (seus contos sobre robôs são mais, principalmente sobre as “Três Leis da Robótica”, robotica foi um termo que ele inventou por sinal) e são três livros, tratando da queda do poderoso Império Galáctico, que durou milhares de anos, e do periodo incerto que levará a criação do Segundo Imperio Galáctico. Mas para tentar abreviar o terrivel periodo de barbarismo que haverá entre os impérios, o cientista Hari Seldon cria a Fundação, e usa a ciencia da psicohistoria (é complicado de explicar, é basicamente a estatistica usada para prever a direção da historia. é bem mais complicado e menos exoterico que isso). É um dos meus livros favoritos e é inacreditável pensar que começou a ser escrito  nos anos 40.

 

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Uma coletanea de contos sobre ficção cientifica e só os nomes da capa já bastam para atestar a qualidade da bagaça.

 

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Não sei os outros livros, mas o estilo meio árido deste me impediu de compra-los. Não chega a ser ruim, mas segue à risca demais o jogo e é quase didatico nisso, de uma forma negativa.

 

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O Poderoso Chefão é essencial, seja em filme seja em livro para a formação do carater do homem. Se você nunca leu/assistiu a história dos Corleone, sinto muito, mas você é uma barata. Não há exceções.

 

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A próxima idéia de série da Warner é chamada Krypton e teria um ancestral de Kal-el. Esse livro trata da situação de Krypton e dos problemas enfrentados por Jor-el. É uma boa versão do planeta, unindo elementos do Krypton de John Byrne, da Era de Prata e dos filmes do Christofer Reeves. Boa leitura.

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Isso é interessante. Como o autor deixa claro no começo do livro “qualquer um pode ser uma mãe judia, não precisa ser realmente judia e nem mesmo mulher, basta conhecer os principios”. É um livro engraçado pra caralho e com excelentes dicas sobre como fazer as pessoas se sentirem culpadas, mesmo sem elas saberem bem o porque.

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Isso é uma reliquia de uma era passada. Veja, nos tempos antigos,  para adquirir mangás ou animes eram formados times de caçadores/coletores. Esses eram mandados em missões para a não-tão-distante terra da Liberdade e lá, adquiriam essas presas que consumiam muitas vezes sem ter o menor conhecimento da lingua original. Tempos dificeis.

 

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Esse é um livro chamado Hagakure, uma especie de “código de conduta” para o samurai. O bushido mesmo nunca foi codificado, mas é frequentemente mencionado. O Hagakure foi ditado por Yamamoto Tsunetomo e é bastante abrangente, indo desde o cuidado que o samurai tem que ter com sua espada até conselhos para evitar de ficar bebado demais e falar besteiras. Tem umas historias interessantes intercalando. É curioso que esse livro, assim como o Livro dos Cinco Anéis, de Miyamoto Musashi e A Arte da Guerra de Sun Tsu sejam usados como manuais de administração e tals. É fácil ver o porque, o curioso é se pensarmos que esses livros eram originalmente manuais para torna-lo um cortador de cabeças mais eficiente.

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Esse tem um proposito semelhante, mas é mais claro. Trata-se de Poder. E o livro trata de diversas formas de poder, politico, militar, religioso, economico, as formas de entende-lo, como o Poder mudou pela historia e outras coisas mais.

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Um manual sobrevivente do meu Master System. Capaz de ter mais um ou outro por aí. Zaxxon era compativel com os Óculos 3D, um dos velhos clássicos da Sega. Ao contrário dos outros Zaxxon, este não tinha  a visão isométrica. Como de praxe, era muito dificil, mas muito bom também. Os controles e os power ups eram justos e se você morresse, era culpa sua mesmo. Não pude ver como era o 3D, pois não tinha os Óculos.

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Um dos contos mais longos de Lovecaft e graças à porra do filme Prometheus, que não vai virar filme com direção do Del Toro. Essencialmente, uma expediçao cientifica vai até a Antartica e acaba descobrindo horrores indescritiveis. Só esse conto já vale o livro, mas há vários outros.

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Luiz Fernando Verissimo é um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos. E na verdade não precisa de nenhuma apresentação.

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Eric von Daniken ficou famoso com Eram os Deuses Astronautas. E praticamente começou essa coisa dos alienigenas terem vindo pra Terra e feito tudo desde as piramides até o bolinho de carne com azeitona. Ainda que as suas teorias e conclusões sejam absolutamente furadas não dá pra negar que o cara escreve de uma maneira agradável. O que é um grande perigo, pois é justamente esse talento que faz os argumentos parecerem convincentes.

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E pra fechar essa seleção, mais Azimov. A historia é sobre um solitário pesquisador que descobre um terrivel segred0 que ameaça desestabilizar a economia e até provocar uma guerra entre duas poderosas forças espaciais. Considerando que o Trantor ainda é a Confederação de Trantor, a historia se passa muito antes da fundação do Império Galactico de Fundação.

Por enquanto é só. Ainda tem mais coisa, mas fica pra depois.

Zweist
31/03/2015