Mulher Maravilha – O Círculo
É…
Resenha de número dezessete da revista número dezessete da Coleção Eaglemoss, acho que uma série de posts nunca foi tão longe aqui, mesmo demorando pra cacete pra sair post novo. Tô pensando em parar de trabalhar pra me dedicar ao site e lançar posts com mais regularidade, ma aí lembro que não quero morrer de fome.
Escrito por Gail Simone e com desenhos de Terry Dodson, O Círculo compreende um arco de quatro histórias lançadas em 2008. Na época, mudanças em relação ao status quo da personagem estavam sendo implantadas. Diana trabalhava como agente no Departamento Americano de Assuntos Meta Humanos usando uma identidade secreta. Devido a um feitiço de Circe, a amazona estava presa à condição humana e só possuía poderes ao usar o seu traje e Themiscyra está vazia, já que Athena baniu as guerreiras de lá após Hipólita, também sob influência de Circe, lidera um ataque aos Estados Unidos. Apenas a rainha permanece lá, ou quase.
Com a ilha mágica desprotegia, a mesma acaba sendo tomada pelo Capitão Nazista (vencedor do prêmio Homem Absorvente de pior nome possível) como base de operações de seu exército. Cabe a Diana encontrar uma maneira de chegar até sua terra natal para libertá-la e salvar a sua mãe. Paralelamente, uma história relacionada ao passado de Hipólita e nascimento de Diana se desenrola, revelando detalhes até então não explorados sobre a única criança nascida e criada naquela terra.
A história principal transcorre de maneira bem simples e leve, chegando a ser bastante sem graça na verdade. A história por trás do nascimento de Diana acaba roubando a atenção, mas não consegue segurar o clima. Sempre escutei duras críticas ao trabalho de Simone, mas nunca fui atrás de nada para tirar minhas conclusões, e o que li aqui está longe do pesadelo que esperava encontrar, é um história ok, não vai muito além disso mas não é horrível. Já em relação ao trabalho de Dodson, não tenho o que criticar, a arte é simplesmente linda e a maneira como Diana é retratada fisicamente é ótima. Vale a pena ressaltar as cenas de ação e maravilhosas capas.
Nos extras temos duas histórias escritas por Bob Kanigher e desenhadas por Ross Andru e finalizadas por Mike Esposito. Wonder Woman 98 (1958) e 105 (1959) foram as primeiras edições a explorar melhor as origens da princesa das amazonas. Não se pode esperar muito dessa histórias, e não dá pra avaliar de maneira justa um trabalho dos anos 50 com a visão de 2016, e para os desavisados a personalidade mais donzela e aventuras inocentes acabam não lembrando em nada a heroína forte e independente dos dias de hoje, mas ainda sim te um valor histórico interessante. Vale ressaltar e Andru e Esponito estrearam na edição 98 e permaneceram no título por dez anos.
Concluindo, O Círculo acaba sendo um trabalho muito mais bonito que interessante. Para quem não conhece a personagem o encadernado Sangue, dos Novos 52 pode ser uma introdução bem mais empolgante.