Mr Church
Um pouco sobre a vida
Uma das coisas que estão enchendo o saco há algum tempo é o excesso de análise. Aparentemente tudo atualmente tem uma implicação de algum tipo. Um charuto nunca é apenas um charuto.
O mais recente filme de Eddie Murphy acaba caindo nessa excessiva problematização atual.
O filme conta a historia de Charlie, uma menina criada pela mãe, Marie. O pai, casado com outra pessoa, deixa no testamento um tipo de serviço. Seu cozinheiro, o sr. Church, irá cuidar das refeições de ambas pelos próximos seis meses. Tudo está pago, e até um fundo foi criado para as despesas com a comida e salario do sr. Church.
Charlie não gosta disso e quer o sujeito fora dali. A mãe dela tenta argumentar e depois de muitos problemas, Charlie acaba tendo que aceitar aquele cara ali pelos próximos seis meses. O por que desse prazo? Boa pergunta Jimmy. É o prazo que os médicos deram de vida para Marie, que tem uma forma agressiva de cancer de mama, algo que Charlie ignora.
Bem, o sr. Church fica lá por vários anos.
Não é um tipo novo de historia, a do sujeito que entra na vida de uma familia e a altera. Mas é muito bem contada aqui. Algo bastante já visto, mas não é comum ser muito competente.
O problema é que um bom punhado de gente classificou o filme como sendo apenas mais um dos esteriotipos do “Magical Negro”, um negro com habilidades e/ou sabedoria que vem ajudar os brancos coitados.
Mas é o tipo de situação que só haveria derrota, se formos seguir o pensamento dessa gente. Se a situação fosse inversa como em “Um Sonho Possivel” da Sandra Bullock diriam que é um caso do branco ajudando os negros incapazes, o “White Burden”, o fardo do Homem Branco.
Não há vitoria contra esse tipo de imbecil.
Então esqueçam isso.
É um filme bem legal com um Eddie Murphy numa performance foda, dando vários niveis de sutileza ao sr. Church. Então agora vou ser eu a dar uma lição de vida.
Esqueçam os criticos.
Pouco tempo atrás, num post sobre as fantasticas notas que John Wick 2 tem no Rotten Tomatos, questionei a credibilidade do site e entrei num dialogo que quase fica acalorado com o Caio Oliveira, do Cantinho do Caio.
Não questionei John Wick, que é foda, mas a capacidade de criticos de cinema. E sustento.
Desde que lia as criticas dos jornais, isso muito tempo atrás, percebi que essas pessoas sempre falavam mal dos filmes que eu gostava e fui pegando uma certa implicancia sobre essa profissão, que está em terceiro no meu Top 5 Profissões que Não Respeito.
E isso se manteve através dos anos. É um reducionismo foda, mas criticos de cinema são palpiteiros glorificados. Ponto. E de um tempo pra cá isso parece ter piorado, com esse pessoal colocando posicionamentos sociais/politicos até sobre o seu gosto pessoal.
É só ver no Rotten ou no Metacritics a nota de Ghostbusters 2016 se duvida.
Mas enfim, mr Church é legal, criticos são uma bosta e esses são os fatos da vida.