Monstro do Pântano – Regênese vol. 1
Que maravilha!
Desculpem a mancada de lançar uma análise sobre essa revista só agora, quando o volume 2 já está chegando às bancas, mas tá foda ultimamente começar e terminar algo no mesmo dia por aqui. Mas falando de quadrinhos e não sobre a minha vida pessoal, Regênese compila a fase escrita e desenhada por Rick Veitch e arte finalizada por lfredo Alcala (além de Brett Ewins, Tom Yeats e o fodão John Totleben). Pra quem não sabe, ela se inicia logo após a incrível passagem de Alan Moore pelo título, a qual se lida toda de uma vez pode gerar efeitos adversos como visto nesse post do Zweist.
Alec resolveu dar um fim à suas aventuras e viver em tranquilidade junto com Abby Cable os pântanos da Louisiana, porém a vida quase nunca transcorre da maneira que planejamos. Enquanto o Monstro esteve vagando pelo espaço, o Parlamento das Árvores iniciou o processo de geração de uma nova alma para ser o avatar do Verde, por achar que a ausência do representante anterior significava a sua morte. Com o retorno de Alec ao planeta, só resta a alternativa de matar essa alma, porém o Monstro recusa tal proposta e parte para casa.
Ao voltar aos pântanos, Alec se depara com a inconveniente presença de John Constantine (vale lembra a todos que o mago inglês surgiu nas páginas do Monstro do Pântano como um simples coadjuvante). Constantine também sabe do novo avatar, chamado de o Broto, e quer a ajuda de Holland para encontrá-lo, mas o Monstro permanece relutante. Porém John está ciente de que dois avatares do Verde simplesmente não podem existir ao mesmo tempo, e a quebra desta regra significa um desequilíbrio planetário que pode por em risco toda a humanidade. A saga pelo destino do Broto ainda incluem nomes como Solomon Grundy, Jason Woodrue (o Homem Florônico) e até uma breve participação do Morcego de Gotham.
Rick Veitch já estava colaborando com Moore durante seus últimos números na Saga do Monstro do Pântano, então nada mais justo que deixá-lo continuar. Moore após o arco Gótico Americano havia enchido o saco de histórias de terror e começado a imprimir um ar de ficção científica nas revistas, e Veitch reassume a postura mística,além de manter o alto nível dos roteiros. Falar do desenho aqui é chover no molhado, os traços do autor finalizados por Alcala são simplesmente de encher os olhos.
Dessa vez a Panini não cometeu a cagada que anda fazendo em encadernados da Vertigo, optando por papel jornal de péssima qualidade. Agora o acabamento é em papel revista bonitinho e capa cartonada, com uma variação até que leve do preço. Pra se ter ideia, o último encadernado da fase Moore tinha 212 páginas e saía a 24,90 Dilmas Golpeadas, e esse novo está a 23,90 Golpinhos do Temer com 164 páginas no total. Vale à pena o investimento? Pode apostar que sim.