Mês da animação de ação – Turbo man
“S-se transforme num carro, Morty!”
Eu havia ficado com duvidas entre esse e Tartarugas Ninjas. Mas então pensei: “Já há centenas de bilhões de pessoas falando de Tartarugas Ninjas.” Nós mesmos já abordamos aqui.
Então porque não pegar a estrada menos percorrida? E que maneira melhor de pegar essa estrada do que num carro que na verdade é um adolescente?
Puts… pensando bem, há muitas maneiras melhores.
Turbo Man é um passo além de Ranma 1/2 no quesito “possibilidades absurdas do personagem ser afetado pelo que aciona sua transformação”. Digo, quantas pessoas já molharam por acidente tanto quanto Ranma? Ou caíram em tantas piscinas quanto o Turbo Man?
Mas estou me adiantando.
O jovem Brett, não lembro o sobrenome e não estou disposto a procurar, estava dirigindo com seu carro, um tipo de hibrido do Pontiac Trans Ans (a Supermáquina é um) e Camaro, durante uma tempestade.
É quando perde o controle e acaba caindo de um penhasco no laboratório do dr Chase, no momento de ser atingido por um raio molecular. Isso tem o efeito de fundir Brett e o carro. Quando exposto ao frio, o carro se torna Brett, e ele se exposto a calor, se torna o carro.
Então ele se transforma em um carro e decide que tem que lutar contra o crime. Claro que ele vai ter a ajuda dos amigos e do cachorro.
Se pensar na lógica, vai acabar tendo uma ulcera trombótica no cérebro. Principalmente se notar que o fato dele ter cabos arrancados num episodio,pneus furados em outro, não afetam
sua parte humana. Se ele muda de roupa também não afeta a parte carro. A transformação parcial que ocorre num episodio é terrível de se pensar.
Duas coisas me chamaram a atenção. A grotesca transformação de Brett, coisa que faria David Cronenberg ficar de estomago revirado. Sério.
E as musicas. Ao contrário de muitos desenhos deste mês, a abertura é tão ruim quanto o resto. Mas há algumas musicas durante os episódios que parecem versões esquisitas do tema de macgyver e covers não muito bons de Michael Jackson, entre outros.
Eu admito que fiquei confuso. A principio era quase fisicamente doloroso de assistir.
O nivel de absurdo é tamanho que faz Tengen Toppa parecer Os Lusiadas. Temos um carro que vira de lado para atravessar portas, casas com escadas grandes o bastante para uma Ferrari subir por elas. Ou fazer acrobacias. Mas não como em Pole Position. É mais como Nadia Comaneci.
Comecei então a ignorar a ruindade absoluta que compõe o desenho: animação podre, roteiros pífios, diálogos medonhos, personagens horríveis, e me acabei dando risadas dos absurdos.
Isso melhorou muito a experiencia. Mas aí é que está.
Não dá pra recomendar esse desenho por apenas isso, tanto quanto não dá para recomendar os filmes do Tortura Cinematográfica Show.