Mês da animação de ação – Defensores da Terra

Defensores de verdade é aqui.

Se tem uma coisa destaca esse desenho entre muitos outros é o seu pedigree.

Os Defensores da Terra são um grupo formado pelos heróis da King Features, o Fantasma, Flash Gordon e Mandrake.

 

 

Esses caras mereciam coisa muito melhor.

O negocio é o seguinte. Flash Gordon cai na Terra depois de fugir do planeta Mongo e recruta o auxilio do mago Mandrake e
seu amigo Lothar. Eles pretendem resgatar a esposa de Flash e impedir que o imperador de Mongo, Ming o Impiedoso ataque a Terra.

Eles também recrutam a ajuda do lendário Espirito que Anda, O Fantasma das selvas africanas.

Parece uma premissa ótima não? Herois clássicos se reunindo numa saga cósmica?

Só que tudo dá muito errado.

Para começar, acharam necessário colocar os filhos dos personagens, os adolescentes irritantes Rick Gordon, Jedda, filha do Fantasma; LJ, filho do Lothar e o pior de todos, o filho adotivo do Mandrake, Kshin. E encarnam os piores esteriotipos de crianças e adolescentes de desenhos. E eles tem um bichinho alienigena. Imagina se esse bicho não vai ser um saco de aturar?

O Fantasma recebe aqui o poder da “Força de Dez Tigres”, o que é errado por duas razões: nos quadrinhos ele não tem poder algum e o tigre não é exatamente um animal africano. E claro, sua filha pode se comunicar telepaticamente com sua pantera de estimação. E o Mandrake passa a usar mágica de verdade, sendo que nos quadrinhos ele usa hipnose.

Mas isso não é o pior.

Os roteiros e os diálogos são um treco abominável, mal escritos e clichezentos. A animação não é muito melhor, com erros grotescos de continuidade e de consistência na aparência dos personagens e os visuais também são pouco inspirados, em particular dos cenários e equipamentos. E naturalmente dos moleques.

As musicas também acompanham a qualidade geral da coisa. O tema de abertura, escrita por Stan Lee, se salva no entanto.

 

Há um ou outro ponto… não consigo usar a palavra “bom”… acertado, talvez. Jedda, a filha do Fantasma por exemplo. Embora seja tão irritante quanto os outros adolescentes ali, sua presença tem sentido até mesmo com a historia do Fantasma, já
que a identidade do Espirito que Anda passa de pai para filho.

 

E o fato que alguns vilões morrem de formas bem desagradáveis. O mesmo ocorrendo com a esposa de Flash (supostamente Dale Arden, mas o nome dela não é mencionado), que morre eletrocutada à vista de quem assiste o desenho.

Sabe aquele episodio que vários desenhos tinham, alertando sobre os perigos de alguma coisa, em geral drogas? Aqui também tem. Mas é feito de forma tão ruim que faz o Leão da Proerd parecer um vencedor de prêmios.

 

Esse bateu uma bad porque eu lembro de gostar muito, em geral a galere gostava. São herois fodas que mereciam algo bem melhor. Esse foi um desenho que teve seu momento, mas foi rápido e fugaz.

E não soube o que fazer com esse momento.

 

https://www.youtube.com/watch?v=zIpOluaTQj8&t=13s