LJA – Torre de Babel
“Mas que filha da puta, veja você!”
Terceira história da DC, quarto encadernado e até o momento tá tranquilo, tá favorável.
Torre de Babel é uma arco com lançado em cinco edições que saiu entre julho e dezembro do longínquo ano 2000. Na história, Rhas Al Ghul, o bioterrorista fodão e inimigo do bátima resolve colocar um audacioso plano para diminuir drasticamente o número de seres humanos que infectam o planeta todos os dias com sua existência. Para isso ele desenvolve um transmissor capaz de embaralhar o cérebro de todas as pessoas do mundo, fazendo com que as mesmas fiquem impossibilitadas de compreender a língua escrita e até a fala.
Um plano simples e efetivo, já que sem a compreensão da escrita alguns serviços básicos como transporte até ações que afetam milhares de pessoas como transações na bolsa de valores e limites territoriais de países à beira de um conflito mergulham no mais completo caos. Mas acontece que um vilão de quadrinhos vive em um mundo onde existem heróis de quadrinhos, pra ser mai exato a Liga da Justiça, que nessa época contava com os heróis mais poderosos do mundo, além do Kyle Rayner, o Aquaman e o bátima.
Mas acontece que Rahs Al Ghul não é nenhum idiota, e antes de colocar o seu plano de desordem mundial ele encontra um meio de desabilitar os membros da Liga um a um de acordo com suas maiores fraquezas e medos. Ajax (Caçador de Marte é milha rola!) é sensível ao fogo, Aquaman depende da água para viver, então hidrofobia no seu caso seria letal, o maior medo de Kyle Rayner é ficar cego. Mas como Rhas saberia dessas coisas? A resposta é simples: bátima.
Todo mundo sabe que o bátima é um pau no cu, um filho da puta que tem que traçar um plano cinquenta anos antes da ação pra não voltar pra casa dentro de uma latrina. Então era de se esperar que esse bosta tivesse um plano e arma para derrotar cada um de seus “amigos”, até mesmos os mais antigos, como o Superman. Disso para o vilão da vez conseguir uma maneira de colocar suas mãos maléficas nos esquemas da morcega é seis palito!
Os roteiros ficaram por conta de Mark Waid, e nuca li nada do cara que eu achasse ruim. Não, eu não li a fase dele no Hulk. A história tem um desenrolar maneiro, sem muitos mistérios, sem suspense desnecessário ou alongado além do suportável e é bem fechadinha até, li o encadernado em uma sentada. Mas o que pega nessa edição é a arte.
A DC devia estar passando por maus bocados nessa época. Parece que alguém resolveu chamar o sobrinho que gosta de desenhar e está começando a fazer aulas em vez de chamar um desenhista de verdade. Eu nunca li nada de quadrinhos dos anos 90, mas acho que isso aqui chega perto, que troço horrível. Todo mundo do tem cara de retardado nessa porra de história, sem falar na anatomia sofrível. Nunca tinha visto nenhum trabalho do Howard Porter, e depois desse eu espero nunca mais ver outro, até o momento esse é o pior desenhista em uma coleção de encadernados que tem nomes como Jim Lee e Ed McGuiness.
Pra não dizer que o encadernado é um lixo completo, os extras salvam. O extra, pra ser mais exato. The Brave and The Bold nº 28, de 1960 mostra a primeira aventura da Liga da Justiça, enfrentando Starro, a estrela do mar gigante alienígena capaz de controlar mentes. A história é pueril, o que pode surpreender os velhos e virgens fãs de quadrinhos ao lembrarem que quadrinhos (principalmente os de super heróis) eram e continuam sendo produdos voltados para o público infantojuvenil. Mas não deixa de ser um momento histórico, mesmo não senda a primeira reunião de vários heróis da DC (Sociedade da Justiça nunca esquecer!).
No saldo final, história boa com arte de sangrar os olhos, comprem por sua conta e risco.