As duas partes no mesmo post, não quero ter trabalho em dobro.

Ninguém espera o dia do juízo, nem mesmo os homens e mulheres mais poderosos do mundo. Não há poder suficiente no anel do Lanterna Verde para salvar todos, nem mesmo Flash consegue ser mais rápido que a destruição nuclear, o Homem de Aço não pode fazer nada a não ser lamentar ver o seu planeta adotivo morrer assim como o seu planeta natal. No momento isso é apenas um pesadelo, um pesadelo que vez acordando alguns dos principais supervilões da terra noite após noite. Como os heróis parecem impotentes, cabe a eles fazer algo a respeito.

Motivados pela crença de que o mundo em breve irá ser destruído em uma apocalipse nuclear, um time de vilões liderados por Lex Luthor e Brainiac decide tentar salvar pelo menos parte da humanidade. Inicialmente com uma série de boas ações através do mundo, criando vida em regiões inférteis e curando doenças e invalidez irreversíveis, depois convidando todas as pessoas cujas vidas foram transformadas a habitarem cidades fortaleza, cada uma governada por um ex malfeitor.

Entre uma coisa e outra, colocar os heróis fora de ação.

O grande problema dos vilões é a sua incapacidade de formar alianças, mesmo por um breve período de tempo, o que acaba transformando em cinzas a sua maior vantagem: a numérica. Porém com um ideal em comum e uma liderança coesa, esses mesmos vilões quase matam todos os membros ativos da Liga da Justiça, que são salvos muitas vezes por golpes de sorte ou pelos membros reserva. Alquebrados, sem a sua base, pegos de surpresa e com as suas identidades secretas reveladas, a Liga precisa dar o troco logo antes que inocentes paguem o preço.

Heroizão da porra!

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Roteiros de Jim Krueger e Alex Ross, que volta finalizando e imprimindo a sua estética ao lápis de Doug Braithwaite. Quando paramos pra analisar as histórias não apenas desenhadas, mas escritas ou pelo menos argumentadas pelo Alex Ross, dá pra notar uma verdadeira adoração ao modelo clássico e mais romântico de Super Herói, da criatura que usa as suas habilidades extraordinárias em prol da humanidade, sendo capaz até mesmo de se sacrificar pelo bem da mesma. Até mesmo Reino do Amanhã, que trabalha durante quase toda a sua duração com a figura mais fria e amarga do super poderoso ao final resgata essa essência.

Elástico tomando uma mijada do Borracha, uma das melhores partes da história

Bem, a fórmula é repetida aqui mais uma vez. Isso pode ser problema pra alguém, mas com certeza não é pra mim. Mesmo com a leve reflexão do papel do ser superpoderoso em um mundo com mazelas que vão além de um vilão  fantasiado, Justiça é um arco de doze histórias com uma boa, velha e simples dinâmica de histórias de super heróis. Os vilões trama um plano maléfico, os heróis tombam no primeiro embate, se reúnem para planejar o revide, os vilões perdem e o bem  vence no final. Precisa de mais? Não é o melhor trabalho que envolva o nome de Alex Ross, muito provável ela seja tão lembrada mais pela sua estonteante arte que pelo roteiro simples e bem feito, apesar de um roteirismo aqui e ali.

Como a história foi dividida na coleção Eaglemoss em dois encadernados, temos duas histórias extras. No primeiro temos uma parte de More Fun Comics #73, de 1941, onde somos apresentados à primeira origem do Aquaman. Isso mesmo, foda-se. A segunda revista é Whiz Comics #2, de 1940. Essa revista não era da DC e sim da Fawcet, e nela vemos como Billy Batson, um órfão morador de rua é escolhido por um velho mago para se tornar o Capitão Marvel. Nessa primeira história Marvel enfrenta aquele que seria o seu maior inimigo, o Dr Silvana. Essa sim vale a pena ler.

Gostaria de poder opinar sobre qual das duas versões de Justiça é melhor, se essa com dois encadernados ou a edição definitiva da Panini. A diferença de preço é de menos de dois reais a mais na edição definitiva, então deve dar na mesma. por via das dúvidas esperem uma promoção.