Lembrando do passado – Skyrim
Então dia 11 de novembro foi o aniversário de 4 anos de The Elders Scrolls V Skyrim.
Eu joguei alguns outros titulos da franquia, como Morrowind e muito tempo atrás, Arena.
Vou tirar os problemas do caminho antes de me aprofundar.
Criar um personagem que seja um mago puro é um desafio. Trocar as magias é o maior problema e não é muito simples. É preciso entrar em menus e navegar por lá, quebrando muito o ritmo em combates.
É um jogo da Bethesda, então não espere poucos bugs.
A história principal, as duas historias principais, são bastante curtas.Em contraponto, a introduçao do jogo, durante a viagem na carroça até o pátio de execuçao é muito longa.
Já que tiramos isso do caminho, vamos ao restante, a parte boa.
No começo, a série já tinha as caracteristicas de grande liberdade e tals, mas a ambientação era um tanto generica. Morrowind e Daggerfall mudaram isso um pouco e já tinham ambientações bem diferentes do medieval tipico.
Mas Skyrim leva isso pra um passo além. A provincia nortenha de Skyrim tem uma ambientação que remete aos vikings, tanto em sua arquitetura quanto em sua cultura e lendas. E convenhamos, poucas coisas são mais legais do que se imaginar um berserker viking.
As cidades são menores do que nos jogos anteriores, mas isso faz sentido. Skyrim é uma provincia distante da capital. É também o mais antigo assentamento humano no continente onde a série se passa, Tamriel. Por isso está repleto de velhas ruinas, inclusive dos antigos dwemers, uma sub especie de elfo que é o equivalente dos anões.
Falando em ruinas, uma constante nos jogos de mundo aberto da Bethesda é algo que chamo de Sindrome de Skyrim. É mais antiga que isso mas eu chamo como quiser.
Você diz “vou só até ali, é uma caminhada de uns dez minutos, depois desligo” e no caminho você encontra uma caverna ou ruina que não tinha visto antes. Entra e explora o lugar. Isso prossegue por várias horas.
Há muita coisa para fazer. Uma quantidade brutal. Nas cidades em si tem algumas quests, mas o grande barato está em andar sem rumo. Isso é facilitado pelo fato de que normalmente aparecem muitos lugares diferentes quando você anda de uma localidade para outra durante a quest.
Talvez por essa grande quantidade de lugares, as dungeons sejam normalmente mais lineares do que em outros jogos da série, mas se houvessem tantos dungeons quanto tem e tão complexos quanto em Morrowind, o jogo seria ainda mais gigantesco.
Tem muitas referencias espalhadas pelo jogo, tanto a fatos da série quanto a cultura em geral, como uma quest que é inspirada em Se Beber Não Case.
O sistema de combate em si é bastante simples e há uma boa variedade de armas e combinações com magia. Não é lá muito estratégico e muita gente acusa de simplista. É divertido e tende a gerar combates frenéticos.
Os gráficos eram bonitos na época e eu diria que não envelheceram mal, mas definitivamente poderiam ser melhores.
A trilha sonora é muito boa, com temas muito bons para colocar no clima. A musica tema, é boa o bastante para ser considerada clássica.
A historia principal. Você está indo para a provincia de Skyrim,(ou voltando para lá, caso crie um personagem natural dali, um nord)nessas você é preso tentando passar pela fronteira, confundido com um espião dos rebeldes Stormcloaks, que querem separar Skyrim do restante do império.
Os oficiais estão pouco dispostos a dar ouvidos para suas explicações e te condenam à morte, junto com o lider capturado dos stormcloaks, Ulfrid Stormcloak. Mas o destino, ou melhor um dragão intervêm.Quando a sua cabeça está prestes a rolar sob um machado o dragão ataca a aldeia e você aproveita a chance para fugir.
Nessas você acaba em Whiterun, a cidade central da provincia e termina matando um dragao e absorvendo alguma coisa dele. Sua voz produz um golpe poderoso e as pessoas o chamam de Dovakhin, Dragonborn, um tipo de heroi lendário capaz de matar definitivamente um dragão, absorvendo a alma e os poderes dele.
Esses são as duas historias principais, o retorno dos dragões depois de milenios extintos e a guerra civil em Skyrim, e são curtas em comparaçao com a vasta, imensa, muito grande de travesti gay, sidequests. Na verdade,a quantidade de coisas fora das quests principais são tão grandes que é plenamente aceitavel chamar as main quests de side quests.
Talvez por isso há alguns fenomenos estranhos que ocorreram. Havia um jogador que resolveu tranformar o jogo em um tipo de Harvest Moon. Ele não usava armas, comprou uma casa em um canto, arranjou uma esposa e está (estava na época que vi) vivendo de colher vegetais. Ele aparentemente ficou meses jogando assim, colhendo vegetais e vendendo. Outro cara resolveu ser um ferreiro e minerador.
O jogo teve três DLCs, e elas além de terem mais historias, regioes, itens e tals, aumentaram esse lado “fora do combate”, com a possibilidade de comprar um terreno, construir uma casa a seu gosto e mobilia-la, adotar crianças, novas opções para cozinhar, plantar e coisas do tipo.
É inevitável dizer que o grande barato são os mods. Há uma quantidade incontável de mods de todos os tipos. A impressão que dá é que a Bethesda não completou o jogo e esperou que a galere fizesse isso. E realmente fizeram.
Há mods para tudo, desde gráficos muito melhores, melhorias no sistema de itens, de magias, alterando a aparencia dos NPCs (e não dá para acusar as mulheres do jogo original de serem bonitas). Há muita coisa absurda, mas mods como o gigantesco Falskaar (feito por um guri sozinho por um ano, para tentar um trampo da Bethesda. A empresa cagou pra ele, mas a Bungie contratou o cara) podem ter mais conteudo do que o jogo e são maiores que as DLCs oficiais até. Tenho um amigo que está com Skyrim desde o lançamento e sei que joga praticamente todo dia. Ele não fechou o jogo ainda.Ele fica tanto tempo brincando com os mods que não terminou nenhuma das main quests.
Skyrim é um épico, no verdadeiro sentido da palavra. Muita gente diz que não é o melhor jogo da franquia, mas não se pode negar que é o mais popular. A ambientação é o melhor atrativo para o jogo em si, e a alta variedade de mods é o que coloca a versão de PC num estágio superior.