Leia esta merda! – Justiceiro Ano Um
“Sic vis pacem, para bellum”
Parte dois das recomendações de histórias sobre o Justiceiro, cambada! Dessa vez a origem que vale!
Lançado em 1994, Justiceiro Ano Um é uma minissérie em 4 edições com roteiros de Dan Abnett e Andy Lanning, arte interna por Dale Eaglesham e pinturas das capas por Vince Evans. Quando lançada no Brasil, a Abril condensou em dois volumes, usando as capas da edições pares como contracapas (safadeza-za-za!).
A história se inicia com McTeer, um repórter bebum e fracassado encontrando Castle e sua família mortos no Central Park ao lado de um mafioso amarrado em uma árvore. Família errada, lugar errado. Durante a investigação e remoção dos corpos, Frank acorda, e para a surpresa de todos sai enfurecido atropelando quem vê por cima, totalmente desorientado com a situação. Só conseguem contê-lo após uma dose dobrada de sedação.
Com um clima de filme policial, a narrativa se divide em Laviano, um detetive da divisão de homicídios querendo ajudar Frank a obter justiça, o já citado McTeer, que não possui nenhum caráter e só pensa em conseguir uma boa notícia, e o próprio Castle, um homem desesperado e depressivo, bem diferente do que estamos acostumados.
Após escapar de outro atentado no hospital, Frank passa a colaborar com Laviano na empreitada contra o crime organizado. A família Costa é responsabilizada pelos assassinatos, mas como que milagrosamente todos possuem álibis e a investigação é arquivada para desespero de Laviano. E a justiça pela maneira correta falha com Castle pela primeira vez.
Após a pisada na bola homérica com Castle, McTeer passa a ser o parceiro do protagonista principal na investida contra os Costa, só que mexer com o crime organizado pode ser perigoso demais. McTeer é morto e Frank escapa de um atentado cometido por um dos queridinhos dos costa, Bily “Belo” Russo. A polícia não vai levar muito longe essa nova investigação. E a justiça pela maneira correta falha com Castle novamente. Novamente e pela última vez, já que Castle agora não existe mais.
Agora é hora de agir pelo único jeito que conhece, e o único jeito que tem certeza que vai funcionar. O primeiro ataque a rede dos costa é uma combinação perfeita entre os quadros de recordatório e o que acontece nos quadros. As cenas de ação no último volume da revista são muito boas e não é só a lenda do Justiceiro que nasce nessa mini. Billy Russo se transforma no mais conhecido vilão do personagem: Retalho.
Bem, essa é a origem tida como definitiva do Justiceiro no Universo 616. Não existe nenhum momento de alívio durante a história, ela é séria e em alguns pontos triste durante todo o tempo até o momento de catarse presente na edição quatro. Como sou um completo burro em termos de desenhos eu só posso dizer que a história é muito bem contada através deles, você não se perde de um quadro pro outro, e a história flui muito bem pelas páginas.
Pra variar a única vez que isso saiu por aqui era a Abril que mexia com quadrinhos na época, então ou você tira a sorte de grande de encontrar os dois volumes em um sebo ou se torna um rato usuário de scans e ajuda a afundar o mercado editorial brasileiro que vive fazendo merda. Mas entre isso e deixar de ler, é melhor baixar mesmo.
“Sic vis pacem, para bellum” – Se queres paz, prepare-se para a guerra.