Lego Batman – resenha
Sempre seja o Batman
Da mesma forma que em 2014 o filme Lego foi o melhor filme de herois daquele ano, não tenho muitas duvidas que Lego Batman repita esse feito.
O filme é meio que uma continuação do filme de 2014, não por ser o mesmo Batman, mas por ele ocasionalmente construir veiculos com as peças ao redor dele, a Master Building.
Na trama, o Bátima frustra mais um plano do Jóker, que pretendia destruir/conquistar Gotham com o auxilio de outros vilões. Nessas ele joga uma real pro Coringa. Ele nunca considerou o Jóker seu arquivilão, ele mal pensa no cara.
Esse acaba sendo um dos motores da trama, a incapacidade, proposital, do Batman de se relacionar com quem quer que seja. E o Coringa fica genuinamente triste com isso e pouco disposto a deixar barato.
Esse ponto da personalidade do Batman, somado com uma extrapolação da arrogancia dele são as bases da construção do personagem.
“Mas Zueir, tá na cara que ficou legal porque a DC copiou a Marvel e fez um filme que não é sombriu e tem piadinhas….. mimimi…” E se você acredita nisso, você é um imbecil baboso.
Esse filme está tão distante dos filmes da Marvel quanto estes estão distantes dos filmes da Warner.
Veja, a questão é que a interferencia da Warner aqui foi minima.
Vi três problemas e na verdade apenas um tem relação com o filme realmente. Chega um momento nas cenas de ação que a movimentação se torna tão frenética que fica dificil entender o que está havendo. Ou melhor, aproveitar a beleza da cena.
Porque, é definitivamente um filme bonito. Desde a movimentação meio truncada dos personagens, para remeter um pouco a stop-motion até os cenários e efeitos de particulas.
O que me leva ao segundo problema, que foi não ter visto em 3D. E o fato de que a unica sessão legendada é das dez e meia da noite, num shopping longe pra cacete. Eu queria muito ter ouvido G.O.B. e George Michael como Batman e Robin.
Não que a versão dublada seja ruim, muito longe disso. Há várias das vozes que nos acostumamos a ouvir como o Superman do Guilherme Briggs, o Batman de Duda Ribeiro e o Coringa do Marcio Simões. E com certeza eles tiveram muita liberdade para improvisar.
Há uma quantidade absurda de easter eggs, desde detalhes do cenário até os vilões que o Coringa reune eventualmente, indo desde ao Voldemort, passando pelo King Kong até chegar ao Sauron. Tem até referencias à Marvel. Só não tem vilões da Marvel, porque a Marvel não tem vilões bons.
A explicação para o uniforme do Robin é genial, da mesma forma que o fato de que aquele Batman é o mesmo Batman desde sempre, desde os anos 40.
O desafio será, quando sair a versão caseira, pausar a cada 10 segundos para ver todas as referencias. Mas é um bom desafio