Lanterna Verde – Crepúsculo Esmeralda/Novo Amanhecer
Bom, eu gosto.
Superciborgue e Mongul se aliam para derrotar Superman. Seu plano inclui a construção se um super motor para transformar a terra em uma réplica do planeta natal de Mongul, conhecido como Mundo Bélico. A cidade escolhida é Coast City, terra natal do Lanterna Verde Hall Jordan. Ao final de uma extenuante batalha, Jordan consegue derrotar os malfeitores, porém o preço pago foi Coast City ser completamente varrida do mapa, restando em seu lugar nada além de uma cratera.
Mesmo com os anos de experiência e sacrifício heroico, a perda se mostra muito grande para ser assimilada por Jordan, que em uma espiral de dor, desespero, esperança e loucura, parte para Oa em busca de poder para restaurar a cidade e a vida dos habitantes de Coast City. Durante sua jornada amigos e antigos aliados tombam aos seus pés, um absurdo para os outros mas um passo necessário para Jordan. Toda Tropa acaba sendo morta por ele.
Com Jordan trilhando um caminho maligno, John Stewart morto e Guy Garder fora da Tropa, um novo Lanterna humano acaba sendo escolhido. O novo Lanterna é o jovem artista Kyle Rayner, que apesar de sua coragem e força de vontade, não possui nenhuma maturidade ou senso de responsabilidade. Um grupo governamental secreto está em busca do anel da Tropa para usos militares, e para isso resolvem colocar o psicopata Major força no encalço de Rayner, e o mais novo herói vai aprender da pior maneira que ser um herói não são apenas louros.
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Ok, tá aí uma história que eu sempre tive curiosidade de conferir. Aqui vai uma dica: nunca leiam algo cheio de expectativas, pois mesmo se a leitura for boa ela vai te deixar com uma sensação de que faltou algo. Esse não é o caso aqui, até porque eu li sem grandes expectativas, só achei que era uma boa hora pra dar uma dica. Mas quanto à história, ela é legal, mas nunca liguei muito pro Hal Jordan.
É uma boa história, com um final interessante (falando da parte de Hal), mas ok, nada além disso. O roteiro de Ron Marz é muito bom, só que a mudança constante de desenhistas, com momentos de brilhantismo num mar de mesmismo e ocasionais toletes de desenho ruim boiando aqui e acolá estragam um pouco o consenso da história. Quando a história da origem do Kyle Rayner se inicia os desenhos que eram inconstantes se tornam mais uniformes na sua ruindade.
Falando em Kyle Rayner tá aí um personagem que, assim como Ethan Hawke, sempre foi uma jovem promessa até o dia que deixou de ser jovem. O cara tinha um visual único, um passada como artista plástico que garantiria um maior gama de pirações com o anel, o cara tinha até mesmo uma origem menos estereotipada e engessada que seus predecessores, mas acabou sendo tão mal trabalhado através dos anos que hoje em dia é mais fácil achar quem goste da Jubileu dos X-Men ao invés de um fã desse cara.
A história presente nos extras vem de DC Comics Presents #27, de 1980, roteirizada por Len Wein e desenhada por Jim Starlin (que dupla!), marca a estreia de Mongul, em uma tentativa de chantagem contra o Superman para que ele obtenha a chave de uma arma capaz de destruir planetas. O que o Homem de Aço não contava é com o fato da chave ser protegida por ninguém menos que o Caçador de Marte. Caramba, essa história sim deu vontade de ir atrás da continuação, material bom e feito por pessoas de alto calibre.
Saldo final: temos aqui um bom material para fãs o personagem, mas se você, assim como eu, não liga muita pra histórias do Lanterna Verde, principalmente o Hal Jordan, dá pra deixar pra ler em outra oportunidade sem problemas.