A serviço secreto de sua majestade. A elegancia.

Os filmes de espião são um dos mais clássicos estilos de cinema, mas foi só com James Bond que o gênero realmente se tornou famoso. De lá pra cá muita coisa mudou, inclusive a forma de abordar os filmes. Os primeiros, com Sean Connery eram mais sérios, embora tivessem muitos elementos bizarros. Depois, com Roger Moore, foram mais pro absurdo, e assim foram indo. Atualmente, na fase de Daniel Craig, está muito boa e enveredou pelo lado sério.

E isso meio que se tornou um padrão, principalmente no cinema. Jason Bourne é um bom exemplo disso e provavelmente ajudou a direcionar inclusive os filmes do 007.

Kingsman segue a contramão dessa tendência. Baseado em uma hq de Mark Millar, conta a historia de um sujeito chamado Eggsy, que acaba sendo recrutado pela agencia super secreta Kingsman.

Os agentes da Kingsman são o melhor que a Inglaterra tem a oferecer e demonstram isso tanto pela eficiência quanto pela sua elegância, no vestir e portar. Por isso adotam codinomes tirados das lendas arthurianas, como Merlin, Galahad e Arthur.

Contra eles está um multibilionário Valentine (o Samuel L. Jackson menos Samuka já visto) e sua guarda costas, a letal Gazelle, uma melhoria nessa categoria desde o Oddjob e o Jaws, ambos prontos para um plano digno do Dr. No.

Kingsman é definitivamente um sopro de ar fresco nos filmes de espionagem, que andam se levando muito a sério talvez. Eu gosto, mas é bom ter variedade. O filme abraça o absurdo do conceito, com os vilões megalomaníacos, aparelhos absurdos e é uma homenagem aos filmes de espionagem mais desencanados, como os do Roger Moore e certamente à séries como Os Vingadores, por exemplo (a série clássica de TV, não o grupo da Marvel ) fazendo referencias até ao Agente 86.

Dirigido e escrito por Matthew Vaughn, tem excelentes cenas de ação, o que era de se esperar do diretor do Chuta Bundas, já parça do Millar a essa altura do campeonato.

A trilha sonora é do caralho, e pontua os momentos muito bem, mesmo que pareça meio fora do lugar com o que está rolando na tela, é justamente esse antagonismo que faz a coisa funcionar.

O diretor já afirmou sua intenção de fazer uma continuação, se esse filme se sair bem nas bilheterias. Seria bom, já que é um filme com um conceito bom o bastante para virar uma franquia.

E agora é esperar o filme live action das Três Espiãs Demais.