Jurassic World – só assisti agora

Dinossauros eram dificeis de limpar as penas pra colocar no espeto. E o carvão ainda estava sendo inventado.

 

Pois resolvi ver agora o Juraci World (Mundo da Juraci, a cobradora do onibus linha Terminal São Mateus- Pq Dom Pedro II). E discordo do nosso amiche Vinnie no post dele aqui. Não é um filme ruim, nivel Transformers de Michael “estuprador de infancia” Bay. É passável, e definitivamente melhor que Juraci Parque 2 e 3.

jurassicworld110404

Vamos ao resumão.

Vinte anos depois da merda inicial, os caras conseguiram fazer o parque funcionar e tudo seguia bem. Mas o numero de visitantes vem caindo ano após ano, já que o fator novidade está acabando.

Agora como caralhos “novidade com dinossauros” pode acabar é que desconheço, por outro lado pode sim ter uma razão pra isso no meta-roteiro. Enfim.

A gerente de operações Claire Dearing recebe a missão do novo dono do parque, Simon Masrani, a tarefa de produzir uma nova atração, mais massaveio, mais foda, maior e tals. Com a ajuda do cientista-chinês-do-primeiro-filme, Dr Who Wu eles criam o Indomimus Rex, um tipo de T Rex 2.0.

A mesmo tempo ela recebe a visita dos sobrinhos que não vê faz anos e tem que lidar com o Encantador de Raptors, Star Lord.

Visto aqui cercado de perigosas e destrutivas criaturas.

Visto aqui cercado de perigosas e destrutivas criaturas.

Claro, sendo um filme de dinossauros, alguma coisa dá ruim e o caos se instaura.

Na verdade fiz esse post mais para mencionar as leituras que esse filme acaba tendo. E não estou vendo referencias junguianas, já que o diretor confirmou em algumas entrevistas umas impressões que tive ao ver o filme. E sim, eu estava tão desinteressado desse filme que só li dois paragrafos sobre ele antes de assistir.

O fato é que, o desinteresse do publico sobre algo que supostamente é eternamente incrivel, levando a criação da aberração que é o Indominus Rex, foi feito para refletir o próprio estado atual da relação do publico com o cinema. Não basta ter algo incrível. É preciso que a próxima coisa surja e seja maior, mais barulhenta e mais fantasticamente foda que anterior. O “normal” não é o bastante.

Num ótimo dialogo do filme, o dr. Wu explica para os chatos paleontólogos de plantão, profissionais ou pior, amadores, o porque das diferenças entre os bichos do parque e dinossauros como sabemos que são hoje (inclusive com as penas nos raptores e talvez até no T. rex). As atrações do parque não são dinossauros. São quimeras genéticas, parte dinossauro, parte outra coisa. Feitos para parecerem “legais”.

Legais

Legais

Há várias referencias aos filmes anteriores, em particular o primeiro, como o Tiranossauro, por exemplo. É a mesma do primeiro filme e as cicatrizes do ataque dos raptores estão ali pra provar. E ela deixa bem claro ao Spinossauro quem manda na ilha Nublar.

O filme ficou em desenvolvimento por 10 anos. Talvez por isso tenha levado só 40 dias para faturar o que os Vingadores levaram 130 dias ter, e é atualmente a maior bilheteria de que não foi dirigida por James Camarão.

O treinamento prossegue bem, mas Chris Pratt parece não ser o suficiente.

O treinamento prossegue bem, mas Chris Pratt parece não ser o suficiente.

Então, no fim das contas, Jurassic World é um filme legal. Não é, e não acabará sendo um clássico,  esse diretor Colin Trevorrow não tem o calibre que Spielberg tinha na época, mas sabe conduzir o espetáculo e deixar sua marca pessoal.

O que é mais que podemos dizer de boa parte dos diretores fazendo blockbusters por aí.

Zweist
05/08/2015