Esse ano completam-se 13  primaveras do início do drama de Max Payne. E de nossa alegria.

Max Payne é um jogo de tiro em terceira pessoa lançado em 2001 para PC, Xbox e PlayStation 2. No mesmo ano o jogo foi o ganhador do BAFTA e se tornou um sucesso de popularidade, sendo considerado por muitos o melhor jogo lançado naquele ano. Em termos de jogabilidade o jogo é bem simples, focado quase que inteiramente na ação, com um comando de movimentação e troca de armas bem simples. Uma inovação trazida pelo jogo foi o recurso bullet time, que quando acionado permitia ao jogador ver as balas do inimigo em câmera lenta e acertá-los com mais calma e precisão. Em termos de gráficos, o jogo apresentava uma qualidade muito boa para a époça, principalmente em relação aos detalhes de cenários.

Esses gráficos eram ótimos para a época.

Com a história narrada ora durante a partida, ora em storyboards apresentados como uma história em quadrinhos (outra grande sacada), a trama do jogo é digna dos melhores filmes policiais dos anos 70 e 80. Max era um policial bem sucedido, casado com uma bela esposa e pai de uma bebê de poucos meses. Possuía uma bela casa, estava vivendo o sonho americano ao vivo e a cores. Mas tudo muda no dia em que Max chega na sua casa e descobre que ela foi invadia dor usuários de uma nova droga chamada Valquíria. Os homens que entraram na casa assassinaram brutalmente sua esposa e filha sem nenhum motivo aparente além da psicose gerada pelo uso da droga. Arrasado pela perda e sem nada a perder, Max pede transferência para o Departamento de Narcóticos, onde resolve comandar uma investigação infiltrado na máfia para descobrir de onde vem a droga responsável por destruir a sua vida.

Storyboards em formato de hq

Somente uma pessoa sabe que Max é um agente infiltrado, essa pessoa é Alex, grande amigo e ex-parceiro de Max. Durante uma missão, Alex é assassinado e a culpa cai sobre Max, que agora tem a cabeça à prêmio tanto pela máfia quanto pela polícia, chefiada pelo detetive Jim Bravura. Sem nada a perder além da vida, Max começa a construir uma trilha de sangue qua não vai parar enquanto não conseguir provar a sua inocência e conseguir sua vingança.

Esse é com certeza o meu jogo favorito e o jogo que mais joguei em toda minha (até então) breve existência. Por mais que o jogo seja atraente em vários pontos em relação a sua jogabilidade o ponto realmente forte dele é o roteiro. Assim como Max, você não quer descansar até o fim da história, e a diversão trazida pelo jogo aliada à simpatia que você cria pelo personagem tornam a jogatina em uma experiência incrível.

Pense numa parte que da cagaço…

A ambientação do jogo também é um capítulo à parte. O jogo todo acontece temporalmente em um período de tempo muito curto, então sempre é noite, e os tons escuros de marrom e verde em grande parte dos cenários te passam aquela sensação de decadência de abandono, Max está realmente abandonado à própria sorte. A trilha sonora é bem pequena, aparece uma música ou outra apenas em curtos momentos chave, mas a sonoplastia do jogo de maneira geral é muito boa, tanto nos barulhos das armas quanto em alguns momentos cabulosos como os sonhos de Max, que são fases que até hoje me dão uma certa agonia.

Quanto ao set de armas, não tem muita coisa a se falar. O jogo disponibiliza uma quantidade e variedade de armas muito grande, tudo dentro da normalidade, nada de armas surreais. De pistolas 9mm a lançador de granadas, tem para todos os gostos, mas um dos truques é saber administrar a munição. Tem horas que é melhor deixar a shotgun descansando e usar as duas Beretas, tudo varia de acordo com quantos inimigos estão na próxima fase e quantas balas você tem em cada arma.

Pra encerrar, Max Payne é m daqueles jogos que sempre vale a pena correr atrás, mesmo que os gráficos não sejam de última geração. A história do jogo compensa, e muito, as horas passadas em frente ao computador ou videogame.

Como curiosidade: Sam Lake, o roteirista do jogo e também criador da história de Alan Wake foi escolhido como modelo para o rosto de Max .

Tal pai, tal filho.