Indicações Semanais de Mangás – Volume 15
Volume 15
1 – Fukushuu o Koinegau Saikyou Yuusha wa, Yami no Chikara de Senmetsu Musou Suru
Acho que a forma mais tranquila de começar é com vingança brutal.
E quem melhor para administrar isso do que o herói Raul, cuja recompensa por ter derrotado o Rei Demônio foi ser torturado e morto junto com seus amigos e parentes pela nobreza de seu país, em especial a bastante dodói princesa Victoria. Então depois de sua morte, Raul convence/seduz a deusa do amor a lhe ressuscitar e permitir usar um perigoso poder dele que ela havia bloqueado em sua vida anterior. Então de volta, ele começa sua retribuição.
Não vou mentir. Só fiquei intrigado pela arte, comum, mas com detalhes ótimos para uma historia com esse tema e para ver que tipo de doidera vai acontecer. É uma historia de filhasdasputas sacaneando outros piores, sem muita sutileza nesse sentido.
2 – Saikyou no Shuzoku ga Ningen Datta Ken
Vamos dar um tempo para a vingança, ok?
Vejamos o caso de Amezaki Youji. Um cara absolutamente normal. Até ser mandado para um mundo de fantasia, como ocorre rotineiramente. Lá ele descobre que os humanos estão extintos a milênios, mas que eram absurdamente poderosos. Um fio de cabelo, se ingerido por um habitante local, transforma o cara no equivalente de um Super Sayajin. Ele ficou fodão ali. Acompanhado pela elfa Ria, Youji tem que se virar para sobreviver ali sem ser tornado em arma.
É aquela coisa. A premissa é pra lá de batida, mas até o personagem principal é bem feito, algo um tanto incomum nesse gênero. Então ok.
3 – Takeda Shingen (YOKOYAMA Mitsuteru)
Uma boa forma de contar Historia com H.
Takeda Shingen era um dos maiores modafokas de um período cheio de caras fodassos, o periodo Sengoku, onde a historia do Japão praticamente foi moldada pelas ações de sujeitos como Nobunaga Oda , Hideyoshi Toyotomi , e o futuro xogum, Ieyasu Tokugawa. E entre eles, competindo pela supremacia no país, Takeda Shingen. O mangá conta, com bastante detalhes a vida de Shingen, desde a adolescência onde aprendeu a comandar exércitos até sua participação no período dos Estados em Guerra.
Não é a arte que vai te manter aqui. Com certeza, embora tenha uma grande atenção aos detalhes da época. A historia tem muitos momentos digamos repetitivos, com dois ou mais caras sentados de frente uns para os outros discutindo alguma coisa. Mas é porque era isso mesmo, a política e a estratégia eram partes vitais daquele momento e o autor resolveu ser bem claro quanto a isso. Só que é uma excelente forma de ver as ações de um cara como Shingen.
4 – Number Girl
Não sei dizer se o oposto de “Senhor Feudal da Guerra Japonês” é “clones de menininhas”. Mas vai servir.
Number Girl acompanha o dia a dia de dezesseis garotas clonadas, cada uma identificada com um numero impresso em seu olho. Elas são tabulas rasas idênticas, mas com o tempo, espera-se, que desenvolvam diferenças entre si. O que pode demorar, já que tendem a ignorar as lições de uma das cientistas do projeto, sua professora de “senso comum”,
Esse é um 4-koma, aqueles quadrinhos verticais de 4 paineis e é bem esquisito e engraçado. Bom para aquela obra rápida.
5 – Tama Kick
Acho que andei pegando muito leve. Vingança, ação, historia, comédia…falta um pouco de sesso.
Mais ou menos. A detetive particular Ayane Kurozumi só se mete em furadas, e felizmente tem o auxilio de um hikikomori (basicamente um ermitão) através de uma câmera e de suas pernas, cujos chutes derrubam paredes com facilidade.
Aqui é o seguinte. Serviço pesado e tals. As historias são bem feitas até, e gosto de Ayane como personagem. Mas não viemos aqui para caçar certo? O desenho é muito bom, o que é vital para esse tipo de iniciativa, feito por alguém com muita experiência em coisas mais pesadas. Procure Inomaru, o artista.
6 – Murenase! Shiiton Gakuen
Acho que posso ter pego muito pesado no anterior então vamos diminuir o tom.
A escola Seton é uma escola onde todos tipos de animais convivem, e para lá acaba indo Mazama Jin, um cara que detesta animais. Ele está lá para ficar perto de Hitomi Hino, a outra única humana do lugar. Mas acaba sendo convocado pela lobo Laika para fazer parte de sua “matilha”.
Pensem em algo como “Meu Amigo da Escola é um Macaco” mas com graça. Graça pra boné, tem passagens ótimas. Os personagens secundários são a melhor parte, como o professor tiranossauro. Jin é um babaca irritante quase o tempo todo, mas a historia não prosseguiria bem sem esse aspecto do cara. Como devem ter notado, quando falei animais, há uma coisa a se considerar. As fêmeas são desenhadas como mulheres com alguma característica animal. Os machos são praticamente fotorealistas. Isso é feito pelo serviço, claro.
Fora que o mangaká realmente faz o possível para colocar o máximo de biologia possível. É possível ser educativo e desenhar pantyshots ao mesmo tempo.
7 – Game obu Familia – Family Senki
Voltemos um pouco para a violência, ok?
Uma família inteira foi invocada para outro mundo, para combater uma invasão de mortos vivos. Agora Hatsushima Sasae, sua madrasta e duas meio irmãs tem que se virar pra tentar acabar com esse problema e voltar. Para isso precisam de poderes e classes de acordo com suas capacidades, que só podem vir com o sacrifício de uma parte de seus corpos. Já que Hatsushima é um cara comum, e as três eram fenômenos mesmo antes, ele aceita o sacrifício de todas para que elas possam lutar com força máxima enquanto ele as apoia das sombras.
Tecnicamente é muito bom, um traço bonito, boniiito. A historia é bem feita também. Mas os personagens levam o bolo. Hatsushima mostra sua capacidade real, manipular seus inimigos, com mágica e inteligência para manter sua família viva. Ou manipular deuses se for o caso, para ter a mágica.
8 – Dr Stone
Finalmente o doutor pedra. Eu até pensei em fazer um post só pra ele quando da estreia do anime mas resolvi seguir o plano original.
Um dia repentinamente, uma grande luz se espalhou pelo mundo e tornou todos os humanos em estátuas de pedra. Milhares de anos depois, dois amigos acabam revertendo de volta, o atletico Taiju e o cientista Sekuu. Eles se deparam com um mundo primitivo, cujos únicos humanos que eles encontram bem depois, estão na idade da pedra. Sekuu então resolve transformar o mundo em seu servidor privado de Civilization, trazer a ciência de volta para o mundo e desvendar o mistério da petrificação.
Esse aqui o Evandro me deu um toque, já que estávamos acompanhando um trabalho anterior do artista Boichi, Sun Ken Rock. Do qual não falei, mas recomendo muito. Leiam Sun Ken Rock.
Mas voltando, afora a ótima arte, a historia é excelente, e gira entre os conflitos dessa sociedade que está começando ali e a busca constante de Sekuu em formas de ciençar ainda mais, buscando materiais e métodos de obter materiais para criar ainda mais ciência num ritmo assustador, já que Sekuu sabe que deve condensar alguns milhares de anos de avanços no menor tempo possível.
Vão atrás do anime, mas leiam isso também.
E por essa semana ficamos por aqui. Tinha também Private Earth, mas tem poucos capítulos e fica para outro dia.