Você tem que cortar meu olho Mickey

Começa o 9 round! O desafiante está quase caindo, costelas e bom senso afetados, mas ele continua! É Incrivel!

Já deve ter ficado bem claro algumas coisas. O Capitão Barba, a floresta, tudo é coisa da Kobik. Ali ela mostra que na verdade estão próximos do fracassado projeto da Maria Hill, Pleasant Hill, onde boa parte dessa zona começou. Se é a verdadeira cidadezinha ou algo dentro da consciência do Cubo como algumas teorias, ainda não sabemos.

Só o que importa é outro lugar, onde Capitão Nazistão recebe a visita do Barão Zemo que lhe traz o Pantera Negra, direto de Wakanda, capturado em algum spinoff bagaceira.

Não importa mais, importa?

Depois da tradicional troca de ameaças, o Capitão decide que irá mata-lo numa transmissão. Ele tem como prisioneiro um cara que é quase um Batman e o mantém de uniforme. Aquele mesmo uniforme que o Capitão sabe estar cheio de tecnologia wakandiana. Pra mata-lo depois. Esse é o grande estrategista do Nick Spencer.

O que não é importante.

Esse tipo de coisa deve ter escapado da sua cabeça, porque ele ordena que Zemo ative o “Exercito que Dorme” e se prepara para receber a Rainha Branca e seus amigos. Que estão atrasados, provavelmente por causa da puta luta do lado de fora.

Que deve estar muito intensa mesmo já que tem caças de combate voando a 3 metros do chão. E não me venham com “Isso é tecnologia avançada Zuerti! Nick Spencer é um gênio, Imperio Secreto é legal e vou dar pra ele!”

Se querem fazer um veiculo que faz coisas que caças não fazem, não façam um caça. Façam algo bem ficçao cientifica.

Mas isso também não importa.

Porque olhando pra cima temos Starbrand e Hyperion, dois caras que estão na escala DC de poder, ou seja, capazes de acabar com essa putaria toda sem dificuldade, ocupados em atacar a nave da Hydra enquanto o Homem Aranha finalmente aparece, depois de oito edições sendo mantido prisioneiro do Dan Slott.

E continuam vindo mais, os U.S. Avengers, Capitão Britania e sejam lá quem forem, todos para se juntar a luta.

Mesmo com esse poder de fogo enorme, quem quer que seja que está narrando essa porra perde as esperanças quando vê os reforços da Hydra.

Que medão! Hyperion não deveria ter dificuldade com esses caras. Diabos. O Speedball deveria ser capaz de cuidar de metade deles.

Mas isso não importa tão pouco.

Porque a reunião da Rainha Branca com o Lider Supremo não está indo bem, com um lado acusando o outro de ser um cusao. Emma traz o pedaço dela do Cubo em troca de um cessar fogo. O que Rogers recusa. Pra quê? Ele ia se livrar deles de toda forma mesmo. Esse acordo que eles tinham era pra ser temporário, como ele explicou pro Magneto.

Que por sinal está lá fora e pouco amistoso com a Hydra.

Só que naturalmente as ações de um cara que controla magnetismo contra um pedaço de metal gigantesco flutuando, não importam afinal.

Lá dentro Zola fala com o Lider Supremo. Ele meio que se desculpa pelas vezes que questionou sua autoridade e coisa e tal, e resolve mostrar pro Steve um treco legal que pegaram do laboratorio do Tony Stark.

Lá fora o pau está comendo ainda, com os Xismeins chegando e se juntando aos outros. Inclusive aos safadamente reunidos Defensores.

E um robo junto com eles, acho que é um robô,

Mas se é ou não, não importa.

No meio da pancadaria alguém fica observando e sendo narrado a distancia. Essa pessoa está prestes a tomar uma decisão, ou a chegar a uma conclusão que pode mudar os rumos dessa luta.

Sim, ele mesmo, o filho de Odin percebe que está lutando do lado da Hydra. Algo que parece lhe ter escapado. Mas não dá pra esperar que esse Thor, que acha que um genocida cósmico está correto, seja um primor de inteligencia.

Uma decisão tardia que pouco importa também.

Quem também toma uma decisão são dois dos Vingadores do Capitão Hydra, justamente o Formiga Negra e o Treinador. Eles notam que as coisas estão começando a feder e a Hydra paga eles salário do governo. Não inventei essa ultima parte. Então o Treinador, como um mercenário pouco profissional, resolve trocar de lado e para isso vai soltar as crias de herois que prenderam na ultima edição: Aranha Morales, Hulk Brotherzão, Falcão Sombrero, Vespa “sou a filha de 16 anos de uma mulher morta há 20”, Garota de Ferro e Cortana.

Com a condição que os moleques não batam neles e digam pros mais velhos que foram bem tratados e tal. Tudo acertado, os guris correm para ajudar os outros, afinal, tudo que herois veteranos precisam é que um bando de adolescentes mal treinados venham os salvar. 

Embora por essa cara da Miss Marvel não dá pra saber se ela tem 16 anos ou está na menopausa.

E isso não importa.

Com o reforço da Moon Girl, que nas historias dela é creditada como sendo mais inteligente que Reed Richards e aqui seu melhor plano é atiçar o Dinossauro Demonio, Vivi consegue se aproximar do Visão e livra-lo do virus que a Hydra implantou nele. Porque não fez isso antes, ou que raios de super androide é esse que não tem nem sequer o antivirus Baidu instalado é uma questão para as próximas gerações.

Isso porque o Dr Estranho está encarando a Feiticeira Escarlate, que está possuida por Chthon. Para lidar com isso ele vira três manas brancas e duas vermelhas para invocar She-Thor.

Que chega já metendo a porrada e colocando Wanda à nocaute. Isso a despeito de estar confusa e sem saber nem onde está. Quer dizer, a primeira reação foi socar e ela poderia ter batido em qualquer um.

Só que Thora está sem o martelo e reverte para Jane Foster. Como pessoas com cancer terminal seriam de pouca ajuda, o Capitão Asa a leva para longe.

A importancia disso é nenhuma.

Já que lá dentro, provavelmente da nave que já deveria estar em pedaços, o Barão Zemo conduz o Pantera por um tour, claro que revelando seus planos e tudo mais, inclusive o tal “Exercito que Dorme”, nada mais que os vilões que ajudaram a Hydra lá na frente. Eles tomaram um Boa Noite Cinderela do Dr. Faustus e foram colocados em conservas enormes, já que mante-los poraí poderia ser um risco de segurança.

Antes que Zemo consiga levar o Pantera para a lojinha de lembranças da Hydra, o Soldado Infernal aparece metendo o pé na boca dele. Eu disse pé. Não é como se a Marvel fosse atender os desejos daqueles que querem que Bucky seja mais que amigo do Capitão. Pelo menos não agora.

Só que a manobra audaciosa do Jason Todd comuna não importa.

Mas logo ele leva uma sapecada e um tiro na canhotinha que ainda não é bionica. Como voce é canalha Zemo.

Isso deu tempo o bastante para Zemo ser apanhado distraido pelo Pantera, que aplica uma variação do golpe que usou para derrotar o Surfista Prateado, enforcando Zemo com a corrente de sua algema. Só que pra apagar o cara, o Pantera dá uma cacetada na cabeça dele.

Quer dizer que ele consegue fazer o Surfista ficar sem ar, mas não o Barão Zemo?

É uma questão de nenhuma importancia.

Porque logo vemos Sharon Carter, mandando veneno no Dr. Fausto. O sujeito pensou que a tinha hipnotizado de novo, mas não contava com duas coisas: as astucia de Sharon, que ficou meses ouvindo gravações da voz de Faustus para se tornar imune, e a idiotice de quem acha que hipnotismo funciona desse jeito.

O Pantera, na surdina, segue o Hydra Supremo e Arnin Zola, que parece estar implantando no peito do Ex-Capitão o Cubo incompleto, baseado nos desenhos de Tony Stark. Felizmente um biologo geneticista consegue melhorar os projetos de um dos maiores engenheiros da Marvel.

Já que haviamos estabelecido que pedaços do Cubo servem para alguma coisa, a despeito de anteriormente, em toda a historia da editora, quebrados nem servirem nem como decoração, bem, por que não?

Afinal as inconsistências não importam também.

Porque na destruida Silent Pleasant Hill, Capitão Barba começa a lembrar. Logo depois de quase ser morto pelo Ossos Cruzados, ele acordou ali e foi encontrando pessoas que ele conhecia, como os caras que caminharam com ele, que na verdade eram Bucky e Sam. A elfa, na verdade Sharon Carter, e o Caveira, na verdade, bem, o Caveira mesmo.

Simbologia cagada só pode te levar até certo ponto.

Kobik o leva então até um poço para mostrar quem é o verdadeiro inimigo. Tchan Tchan Tchan!

Ele mesmo!

Quando você pensa que Nick Spencer já secou sua fonte de analogias ruins, ele mostra uma fonte literal delas.

Isso chega perto de ter alguma importancia.

Afinal faz o Capitão perceber que não estão na mente dele, e sim da da Kobik. Ele pede para ela restaurar sua mente por completo, o que a menina não faz, por estar assustada demais com alguém que só saberemos na próxima edição. Então ela foge, enquanto o lugar todo começa a tremer.

No Royal Rumble, Carol e Capitão Voador se encontram e discutem como na verdade isso está bem divertido, aquela coisa de todos se reunirem para dar porrada e coisa e tal. Todos sorridentes e derrotando a Hydra com a facilidade que sempre fizeram em 50 anos de Marvel.

O problema é que isso não importa.

Todo esse otimismo foi injustificado, porque o Pantera chega correndo dizendo para todos se mandarem. E ele espera que ouçam a voz dele no meio dessa zona.

Ou talvez só queria dizer depois que tentou avisar, porque logo são atingidos por um feixe generico de energia e derrubados. É hora de encarar o chefe final, uma arma que ultrapassa Metal Gear.

Capitão Brasil América!

Essa foi uma das menos piores edições. Poucos Deus Ex Machina, poucas buracos descomunais de consistência com tudo que sabiamos da Marvel até hoje.

Quase se poderia acreditar que Nick Spencer fez essa edição aceitável justamente para dar aquele gás que o leitor precisa para sobreviver ao ultimo numero.

Só que isso seria dar muito crédito a capacidade de Spencer.