Gigantomachia – porque Kentaro Miura poderia ser um amiche

Porque um homem tem que dar um tempo.

 

Na mitologia, a Gigantomaquia é a guerra entre os deuses e os gigantes. Nos mangás, duas publicações levam esse nome, alguma coisa qualquer dos Cavaleiros do Zodiaco e a prova da safadeza de Kentaro Miura.

Ou da exaustão do cara, vai saber. O fato é que ele fez isso em uma pausa da publicação de Berzerk. Não deve ser moleza manter a publicação de algo como Berzerk por tanto tempo sem dar uma parada pra espairecer as ideias.

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Gigantomachia se passa num futuro muito distante, depois da Grande Extinção. O planeta está batendo com as 10. E por aí vaga uma dupla de duas pessoas, Delos, um sujeito grande, com uma aparência simpática e Prone, uma estranha menina que viaja literalmente nos ombros de Delos.

Nisso eles encontram alguns dos estranhos habitantes desse mundo de  100 milhoes de anos no futuro, entre eles a tribo Scarave, uma espécie de humano, que, para sobreviver no ambiente hostil se tornou insetoide atraves da engenharia genética do passado. Eles, e outras tribos alteradas dessa forma são chamadas de semi-humanos e vivem com medo dos humanos do Império.

As diferenças de Berzerk são bastante aparentes. Delos por exemplo, é o oposto de Guts. Quase. É tão forte quanto, embora mais baixo e mais largo, no entanto é um otimista e um lutador que não mata, usando a antiga técnica da Luta Livre para dar um submission nos seus adversários. O que inclusive lhe garante o respeito dos semi-humanos e do guerreiro Ogum.

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O tom geral é bastante otimista e até simples, embora tenha as marcas características do trabalho de Miura como o extremo detalhamento na arte e os monstrões estranhos, mas o restante é claramente um Miura sem o peso do mundo denso de Berserk.

É uma edição única, da Panini, custando apenas R$ 15,90, então é uma aquisição interessante de se ter.

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