Flash – Nascido Para Correr

Humberto Ramos – Nascido Para Fazer Qualquer Coisa Exceto Desenhar

Quando Barry Allen se sacrificou para salvar o mundo durante os eventos de Crise Nas Infinitas Terras, Wally West, sobrinho de Allen e também velocista, decide abandonar a identidade de Kid Flash e começar a atuar usando o manto de seu mentor. Enquanto se acostuma com as novas responsabilidades e identidade, Wally rememora os seus primeiros passos como um super herói.

Nascido e criado no Nebraska, Wally sempre teve  uma  relação distante e conturbada com os seus pais, principalmente seu genioso pai. O único  parente que ele realmente amava e confiava era a sua tia Iris West, que se mudou  para Central City, lugar onde também morava o seu ídolo, Flash. Aos dez anos de idade, Wally é convidado por Iris para passar as férias de verão com ela, e logo ao chegar na cidade o garoto acaba testemunhando o herói em ação contra  um grupo de assaltantes. Quando Flash é atordoado por um dos vilões, Wally consegue distraí-los, dando tempo para o herói se recuperar.

Como forma de agradecimento, Barry faz uma surpresa para Wally, o encontrando no seu apartamento para passar uns minutos com o garoto que o salvou. Enquanto contava sobre como  ganhou os seus poderes, algo surpreendente acontece, um raio atinge Wally e uma prateleira de produtos químicos, no exato local onde um raio atingira Barry Anos atrás, conferindo poderes de supervelocidade a Wally. Barry então resolve tornar o menino seu pupilo, conferindo-lhe a identidade de Kid Flash.

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É… a coisa tava feia na DC nos anos 90 quando se trata de desenhistas. As edições iniciais, de 1992, escritas por Mark Waid e desenhadas por Greg LaRocque ainda são bem boas, tanto história quanto desenhos, o que começa a feder é a próxima edição, de 1995, com roteiros de Tennessee Peyer e desenhos de Humberto Ramos. Esse cara é praticamente um Ed McGuinnes da terceira divisão, como se o original fosse algo a ser copiado. Ok, aqui a coisa não está tão  horrível quanto  o que ele cometeu nas mensais do Aranha, mas ainda assim tá ruim.

A próxima edição, de 97, volta a ser assinada por Waid, dessa vez com o medalhão Jim Aparo nos desenhos. Um dos grandes nomes por trás do sucesso do Batman décadas antes executa apenas um trabalho medíocre aqui, são poucos os desenhistas cuja arte envelhece bem e Aparo faz parte dessa estatística. A última história, um What If… escrita também por Waid vem com traços de Pop Mhan, que parece um Casey Jones da segunda divisão. Eu xingaria muito esse cara se não houvesse a presença do Humberto Ramos no encadernado.

A história extra fica por conta da republicação de The Flash #135, de 1960. Na história, após ser alertado por uma emissária espacial de uma vindoura invasão à Terra, Wally West pede ajuda para Barry Allen a fim de encontrarem as armas enviadas pelo aliados alienígenas e deter a raça conquistadora. A revista marca a estreia do uniforme amarelo do Kid Flash.

Saldo Final: história legal, desenhos na sua maioria bem merdas, edição cara e desnecessária.

PS: não foram inseridas imagens das páginas desenhadas pelo Ramos por recomendação da Vigilância Sanitária

Godoka
23/10/2018