Romero Britto e os manjadores da vida
Esse é só mais um dos milhares de posts-desabafos que quero fazer.
Ontem (domingaço da depressão) eu estava conversando com a minha mina e, do nada, o assunto Romero Britto surgiu. Aproveitando a vibe da conversa e juntando com mais uma coisinha aqui ou ali, acabei com vontade de fazer essa postagem.
O primeiro ponto (talvez o mais importante disso aqui) é: Eu não me importo com o Romero Britto. Não acho ele nada original, revolucionário ou a última bolacha do pacote. Eu não me importo com ele. Ponto final. O que eu me importo e que acaba me fazendo escrever sobre o cidadão são pessoas que se julgam capazes (ou no dever) de criticar/avaliar o referido sujeito ali. Vamos à algumas questões:
– Ele faz arte sim. Diferente de muitos “críticos” por aí que condenam sua falta de originalidade ou comercialização exarcebada e o categorizam como, apenas, mais um picareta, eu acredito que ele faça arte. Não é o estilo mais profundo, existencialista ou próprio do mundo, mas ainda assim é uma forma de se manifestar esteticamente sobre algo. Isso é arte em si. Eu não acho que ter um estilo visual simplório e pouco inspirado/original é motivo pra condenar sua forma de expressão.
– Os (chamados) críticos me dão preguiça. Aaaahhh, esses caras me cansam. Eu sempre evito qualquer contato com alguma opinião dada por críticos. Não é por nada…. eu entendo o papel deles em qualquer mídia, mas não sei se EU acho que alguém pode me falar o motivo de eu consumir ou não qualquer tipo de coisa. Sabendo disso eu evito eles a todo custo.
– Ganhar dinheiro com arte é algo injusto. Pois é…. e não é injusto no pior sentido, mas sim com a ideia de que arte é uma expressão TÃO subjetiva e TÃO pessoal que fica complicado atribuir um valor, metas de vendagem e até caracterização de sucesso. Isso vale para música, filmes, videos na internet, rabiscos em papéis… qualquer coisa. Em suma, sempre vai ter um público para qualquer coisa produzida e o fato de você não gostar de alguma coisa não tira o mérito dessa coisa ter alcançado o que conseguiu. Usando um exemplo bem prático: Michel Teló faz um estilo de música que não me apetece e ganhou o mundo. Eu gostaria de ver MUITAS bandas (tanto brasileiras, quanto gringas) alcançando o mesmo grau de visibilidade que ele tem, porém (infelizmente) o estilo que gosto é muito de nicho e, dificilmente, iria alcançar tal patamar. Eu, ainda assim, acredito que o Teló fez um trabalho excepcional com sua arte, mesmo não gostando nem um pouco da mesma. A arte pode ser comercializável sim… e isso só te faz ter o trabalho mais legal do mundo.
Eu não estou aqui pra defender (ou atacar) o trabalho do cara. Mas não sou muito fã de tratamentos extremistas sobre qualquer coisa. Ninguém está sendo obrigado a consumir a obra do cara, a ler à critica de alguém ou, muito menos, de concordar com o escrevo aqui, então nem estou tentando tratar isso com tanta importância.
A questão é: se você gosta de algum trabalho, compre. Se não gosta, deixe passar. Se odeia tanto algo para tentar denegrir, faça… você tem liberdade de expressão pra isso mesmo. Se acha que alguma coisa vale a pena, tente passar isso para frente… a liberdade de expressão também funciona pra esse caso. Em geral, faça o que te deixa mais confortável, só não se esqueça de que as outras pessoas podem não ficar confortáveis com isso também.
E pra terminar, só quero ressaltar um ponto anterior: EU NÃO ME IMPORTO COM O ROMERO BRITTO!
PS: O Super Amiches não possui nenhum direito sobre as imagens desse post. Elas foram encontradas pela internet aleatoriamente. E nosso site não visa nenhum lucro especialmente porque não somos capazes disso, uaheahuehahehuaue, :).